Ana indaga: O que é
mediunidade e como
desenvolvê-la?
Allan Kardec deu-nos a
respeito do vocábulo
médium dois
significados:
-
Todo aquele que
sente, num grau
qualquer, a
influência dos
Espíritos é, por
esse fato, médium.
Essa faculdade é
inerente ao homem;
não constitui,
portanto, um
privilégio
exclusivo. Por isso
mesmo, raras são as
pessoas que dela não
possuam alguns
rudimentos.” (O
Livro dos Médiuns,
cap. 14, item 159.)
-
“Médium: pessoa que
pode servir de
intermediário entre
os Espíritos e os
homens.” (Obra
citada, cap. 32.)
Diz Emmanuel que a
mediunidade “é aquela
luz que seria derramada
sobre toda carne e
prometida pelo Divino
Mestre aos tempos do
Consolador, atualmente
em curso na Terra”, e
não deve ser fruto de
precipitação nesse ou
naquele setor da
atividade doutrinária,
porque em tal assunto a
espontaneidade é
indispensável,
considerando-se que as
tarefas mediúnicas são
dirigidas pelos mentores
do plano espiritual. (O
Consolador, questões 382
e 384.)
Ensina Léon Denis que o
homem tem de se submeter
a uma complexa
preparação e observar
certas regras de conduta
para desenvolver em si o
precioso dom da
mediunidade. É preciso
para isso,
simultaneamente, a
cultura da inteligência,
a meditação, o
recolhimento e o
desprendimento das
coisas humanas.
Divaldo Franco é, no
tocante ao assunto,
categórico. Segundo ele,
a educação mediúnica
exige, em primeiro
plano, o conhecimento
pelo estudo da
mediunidade. A seguir, a
educação moral e, como
conseqüência, o
exercício e a vivência
da conduta cristã.
Através dos hábitos
salutares do estudo e do
exercício do amor, o
médium se libera de
quaisquer atavismos para
fazer-se ponte entre ele
e o Criador, sob a
inspiração dos Espíritos
Superiores.
Para Yvonne A. Pereira,
o melhor meio de
desenvolver a
mediunidade é não se
preocupar com o seu
desenvolvimento, mas
preparar-se moral e
mentalmente para poder
assumir o compromisso de
se tornar médium
desenvolvido. E esse
preparo não poderá ser
rápido. Se a mediunidade
não se apresentar assim,
espontaneamente,
naturalmente, é sinal de
que ainda não está
amadurecida o bastante
para explodir.
Chico Xavier tinha
pensamento semelhante. O
desenvolvimento da
mediunidade, dizia ele,
deve ser o burilamento
da criatura em si,
porque o aperfeiçoamento
do instrumento
naturalmente permitirá
ao Espírito comunicante
manifestar-se em
melhores condições.