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Quanto à questão da
preferência religiosa,
um cônjuge que seja
adepto do Espiritismo,
ao casar com outro que
não o é, estará
colocando em risco a
estabilidade do seu
casamento?
Raul Teixeira:
As coisas não se passam
bem assim. Sendo maduro
o casal, saberá
dialogar,
preferencialmente
naqueles períodos
chamados de namoro e
noivado, a respeito das
suas diferenças
posturais perante a fé
religiosa, como diante
de outras situações da
vida. Se são
amadurecidos, de fato,
os dois saberão
respeitar-se,
entender-se,
compreendendo que o
verdadeiro amor está
muito acima das muralhas
humanas construídas com
os rótulos mais
diversos. Quando o casal
não tem essa vivência de
maturidade, ainda quando
seja da mesma crença
religiosa, costuma
debater-se em praças
escuras de absurdos e
desentendimentos, de
imposições infantis e de
ignóbeis preconceitos,
marchando, muitas vezes,
não só para a
desestabilização do
casamento, como para a
destruição do lar. E
tudo em nome do amor a
Deus...
Do livro
Desafios da Educação,
1a
edição, questão 31, de
Camilo, psicografado por
J. Raul Teixeira e
publicado pela Editora
Fráter Livros Espíritas,
de Niterói-RJ.