THIAGO
BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
Curitiba, Paraná
(Brasil)
Vida em família e laços
de
parentesco
Apresentamos nesta edição o
tema no 42 do
Estudo Sistematizado da
Doutrina Espírita, que
está sendo aqui apresentado
semanalmente, de acordo com
programa elaborado pela
Federação Espírita
Brasileira, estruturado em
seis módulos e 147 temas.
Se o
leitor utilizar este
programa para estudo em
grupo, sugerimos que as
questões propostas sejam
debatidas livremente antes
da leitura do texto que a
elas se segue.
Se
destinado somente a uso por
parte do leitor, pedimos que
o interessado tente
inicialmente responder às
questões e só depois leia o
texto referido. As respostas
correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no
final do texto abaixo.
Questões para debate
1. Que significa para nós,
humanos, a família?
2. Quem são as pessoas que
se encarnam numa mesma
família?
3. Quantas espécies de
família existem?
4. Quais as características
dos verdadeiros laços de
família?
5. Que diz o Espiritismo
acerca das famílias unidas
somente pelos laços
corporais?
Texto para leitura
A família é abençoada escola
de educação moral
1. A vida familiar deve
merecer a mais ampla atenção
de todo homem integrado na
unidade social denominada
família. Esta palavra –
família – pode ser
compreendida num sentido
mais restrito, em que se
consideram apenas os
familiares consangüíneos,
como num sentido mais amplo,
em que se levam em conta
também os grupamentos de
Espíritos afins, quer
intelectualmente, quer
moralmente.
2. A família é abençoada
escola de educação moral e
espiritual, oficina
santificante onde se lapidam
caracteres, laboratório
superior em que se caldeiam
sentimentos, estruturam-se
aspirações, refinam-se
idéias, transformam-se
mazelas antigas em
possibilidades preciosas
para a elaboração de
misteres edificantes.
3. A família é, pois, o mais
prodigioso educandário do
progresso humano. Sua
importância não se mede
apenas como uma fonte
geratriz de seres racionais,
mas como oficina de onde se
projetam os homens de bem,
os sábios, os benfeitores em
geral.
4. A família é mais do que
um resultante genético. São
os ideais, os sonhos, os
anelos, as lutas, as árduas
tarefas, os sofrimentos e as
aspirações, as tradições
morais elevadas que se
cimentam nos liames da
concessão divina, no mesmo
grupo doméstico onde medram
as nobres expressões da
elevação espiritual na
Terra.
O corpo procede do corpo,
mas a alma não procede da
alma
5. Quando a família
periclita, por essa ou
aquela razão, sem dúvida a
sociedade está a um passo do
malogro. A vida em família,
para que atinja suas
finalidades maiores, deve
ser vivenciada dentro dos
padrões de moralidade,
compreensão e solidariedade,
porque sua finalidade
precípua consiste em
estreitar os laços sociais,
ensejando-nos o melhor modo
de aprendermos a amar-nos
como irmãos. Por isso, a
vida em família é, talvez,
de todas as associações, a
mais importante em virtude
da sua função educadora e
regenerativa.
6. Existem duas espécies de
família e, em conseqüência,
duas categorias de laços de
parentesco: as que procedem
da consangüinidade e as que
procedem das ligações
espirituais.
7. Os laços do sangue não
criam forçosamente os liames
entre os Espíritos. O corpo
procede do corpo, mas o
Espírito não procede do
Espírito, porque este já
existia antes da formação do
corpo que o serve. Não é o
pai que cria o Espírito de
seu filho. Ele mais não faz
do que lhe fornecer o
invólucro corpóreo,
cumprindo-lhe, porém,
auxiliar o desenvolvimento
intelectual e moral do
filho, para fazê-lo
progredir.
8. Os que encarnam numa
família, sobretudo como
parentes próximos, são as
mais das vezes Espíritos
simpáticos, ligados por
anteriores relações, que se
expressam por uma afeição
recíproca na vida terrena.
As famílias espirituais são
duráveis e se perpetuam
9. Pode, contudo, acontecer
sejam completamente
estranhos uns aos outros os
Espíritos que se encarnam
numa mesma família,
afastados entre si por
antipatias igualmente
anteriores que se traduzem,
na vida terrena, por mútuo
antagonismo, que lhes serve
de provação.
10. É fácil entender que não
são os da consangüinidade os
verdadeiros laços de
família, mas sim os da
simpatia e da comunhão de
pensamentos, os quais
prendem os Espíritos antes,
durante e depois de suas
encarnações.
11. As famílias unidas por
laços espirituais são
duráveis, fortalecem-se pela
purificação dos Espíritos, e
se perpetuam no mundo
espiritual, através das
várias migrações da alma.
12. As famílias unidas
apenas por laços corporais
são frágeis como a matéria,
extinguem-se com o tempo e,
muitas vezes, se dissolvem
moralmente já na atual
existência.
Respostas às questões
propostas
1. Que significa para nós,
humanos, a família?
R.: A família é abençoada
escola de educação moral e
espiritual, oficina
santificante onde se lapidam
caracteres, laboratório
superior em que se caldeiam
sentimentos, estruturam-se
aspirações, refinam-se
idéias, transformam-se
mazelas antigas em
possibilidades preciosas
para a elaboração de
misteres edificantes. A
família é, pois, o mais
prodigioso educandário do
progresso humano.
2. Quem são as pessoas que
se encarnam numa mesma
família?
R.: Os que se encarnam numa
mesma família, sobretudo
como parentes próximos, são
as mais das vezes Espíritos
simpáticos, ligados por
anteriores relações, que se
expressam por uma afeição
recíproca na vida terrena.
Mas pode acontecer que sejam
completamente estranhos uns
aos outros os Espíritos que
aí se encarnam, afastados
entre si por antipatias
anteriores que se traduzem,
na vida terrena, por mútuo
antagonismo, fato que lhes
serve de provação.
3. Quantas espécies de
família existem?
R.: Existem duas espécies de
família e, em conseqüência,
duas categorias de laços de
parentesco: as que procedem
da consangüinidade e as que
procedem das ligações
espirituais.
4. Quais as características
dos verdadeiros laços de
família?
R.: Não são os da
consangüinidade os
verdadeiros laços de
família, mas sim os da
simpatia e da comunhão de
pensamentos, os quais
prendem os Espíritos antes,
durante e depois de suas
encarnações.
5. Que diz o Espiritismo
acerca das famílias unidas
somente pelos laços
corporais?
R.: As famílias unidas
apenas por laços corporais
são frágeis como a matéria,
extinguem-se com o tempo e,
muitas vezes, se dissolvem
moralmente já na atual
existência.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos,
de Allan Kardec, item 774.
O Evangelho segundo o
Espiritismo,
de Allan Kardec, cap. 14,
item 8.
As Leis Morais,
de Rodolfo Calligaris, pág.
115.