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Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 42 - 10 de Fevereiro de 2008

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniamva@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Honrar o talento exige
humildade e coragem

Na contemporaneidade, muitos indivíduos afirmam boas razões para se considerar entediado e infeliz. Estranhos para si mesmos referendam os versos de George Herbert: 

Uma nave ao léu,
batendo contra tudo...
Meu Deus, sou eu mesmo.
 

A tarefa de desenvolver o talento nos testa em muitos níveis, pois precisamos valorizar nossos dons, explorando-os com discernimento e responsabilidade. Contudo, apesar disso, para o nosso próprio bem, é importante que sejamos nem mais nem menos do que humanos, o que requer humildade. E por que isso é difícil? 

Muita gente é facilmente influenciada pela vida aparentemente “perfeita” dos famosos e rejeita o fato de desempenhar um papel banal na sociedade, pois seduzida pela ameaça de insignificância, que assombra o mundo contemporâneo, sucumbe às ilusões do culto à imagem e ao desejo infantilizado de fama... 

Na vida real, é fundamental que tenhamos disponibilidade para reconhecer nosso talento para desenvolver nossas tarefas com base em nosso sentido de vocação verdadeiro, pois a busca de metas que estão além do alcance das próprias habilidades claramente pode conduzir o sujeito a situações perigosas, como é o caso de desastres psíquico-emocionais tecidos em sonhos grandiloqüentes ou estranhos às aptidões pessoais. 

William James explicou certa vez que aqueles que se preocupam em tornar o mundo melhor deveriam começar por si mesmos. Poderíamos ir mais longe e alegar que a valorização da nossa forma pessoal de colaboração, sem o erro da imitação ou da comparação, seria realmente a nossa justa e digna cota junto aos nossos semelhantes.

Ainda, é preciso coragem para estruturar e dar ritmo ao próprio talento. Não é sem sentido a confissão de Rollo May: “em minha experiência profissional, o maior bloqueio que encontrei no desenvolvimento da coragem é ter que adotar um modo de vida que não se baseie nas próprias aptidões”. (1) E sua definição de coragem também é oportuna: “Coragem é a escolha positiva, não uma opção feita por não haver outro recurso; neste caso, onde estaria a coragem?” (2)  

Nossa sociedade necessita não somente de gênios e famosos, mas de pessoas comuns dispostas a trabalhar em silêncio em prol de si mesmos e dos outros, seus irmãos.

Ao exercitar os nossos dons, podemos auxiliar a mudança de alguns séculos de individualismo competitivo, cuja motivação principal reside no poder sobre os outros, para a construção do novo paradigma civilizatório, no qual, com base na cooperação e no respeito mútuo, possamos dar crédito à nossa aptidão verdadeira sem ignorar nossos limites humanos. Dessa maneira, despidos das ilusões, causadoras de frustrações e angústias, poderemos dar cumprimento aos nossos compromissos reencarnatórios com serenidade.

Bibliografia:

(1) MAY, Rollo. O homem à procura de si mesmo. Tradução de Aurea B. Weissenberg, 24 ed., Petrópolis: Vozes, 1998, p. 192 (itálicos meus).
(2) Op. cit., p. 196.
 

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita