WASHINGTON L. N.
FERNANDES
washingtonfernandes@terra.com.br
São Paulo - SP
(Brasil)
A paranormalidade no
cinema e
no teatro internacional
desde
1925 − o fantasma da
ópera
Todos já ouviram alguma
vez a expressão O
Fantasma da Ópera,
invariavelmente para
expressar algo jocoso,
para fazer graça acerca
de algum fato ou alguma
coisa. Para os
interessados nos
fenômenos paranormais
(mediúnicos e anímicos),
temas como esse, porém,
muito interessam, porque
expressam de alguma
forma a realidade
transcendental da vida,
em todas as épocas e
culturas. Afinal, O
Fantasma da Ópera é
uma “estória” ou uma
“história”, uma lenda ou
uma ópera, um filme ou
uma peça de teatro? Isso
é que vamos esclarecer.
Um Fantasma que ficou
famoso
O Fantasma da Ópera
é o nome de um filme de
cinema, citado por
muitos como um dos dez
de maior sucesso na
história
cinematográfica. Ele foi
refilmado pelo menos
cinco vezes desde seu
lançamento, em 1925, e
inspirou um musical pop
pelas mãos de Andrew
Lloyd Webber, e até hoje
inspira peças de teatro
em todo o mundo. Seu
roteiro é baseado em um
livro de Gaston Leroux
(06/05/1868-15/04/1927)
e foi escrito por
Elliott Clawson, com
auxílio de James
Spearing, Robert Schrock
e Bernard McConville.
Gaston Leroux já era
famoso quando, de volta
de suas viagens (diz-se
que ele andou também
pelo Brasil), em 1910,
ouviu relatos de que
havia um fantasma na
Ópera de Paris. Soube
que objetos
desapareciam, vozes e
estranhos barulhos eram
ouvidos, uma figura de
rosto vendado era de vez
em quando vista a
distância (que estes
fenômenos fiquem bem
salientados em nossas
investigações). Com base
nisso, Leroux escreveu
um livro, lançado em
1911. Nos anos 1920, sua
obra foi examinada por
Carl Laemmle que, em
1922, fora feito
presidente da
Universal Motion
Pictures, e se viu
defrontado com o
problema de como
utilizar o ator Lon
Chaney, que acabara de
ter grande êxito como
Quasímodo, em O
Corcunda de Notre Dame,
de Victor Hugo
(1802-1885). Este ator
precisava de um novo
grande papel, digno de
seu talento e Gaston
Leroux deu a Laemmle um
exemplar de seu livro,
que acabou se
transformando no filme.
A história se passa na
Casa da Ópera de
Paris, recentemente
comprada pelos senhores
Richard e Moncharmin.
Tão logo efetuam a
compra, eles são
alertados sobre a lenda
de um fantasma, que
habita o camarim número
5. A princípio, os novos
compradores riem da
história mas, assim que
visitaram o referido
aposento, se deram conta
de que realmente havia
coisas inexplicáveis
acontecendo... Para
muitos, o fantasma era
Erik, o sobrevivente de
um desastre que atingiu
a Casa de Ópera
no passado; para outros
era um louco, músico
autodidata, mestre em
magia negra; havia quem
o identificasse com um
misterioso persa visto
na casa, sobre quem
pouco se sabia. Gaston
Leroux chegou a escrever
que o fantasma da ópera
existiu mesmo, mas ele
tentou associá-lo com
pessoas envolvidas em
determinados crimes
ocorridos na Casa da
Ópera. Interessante
suas conclusões pois,
não esqueçamos, os
primeiros comentários
que originaram a
história ocorreram com
fenômenos inexplicáveis
que ocorriam no local
(barulhos, aparições e
desaparecimento de
objetos, voz direta etc)
os quais, além de não
possuírem explicação,
não tem o menor sentido
vê-los relacionados com
crimes passados.
Se tomarmos como
referência o ditado
onde há fumaça há
fogo, ninguém
duvidará de O
Fantasma da Ópera,
um grande sucesso
internacional, e
concluiremos que muito
provavelmente ele teve
sua origem em fenômenos
paranormais realmente
acontecidos na Casa
da Ópera de Paris, e
em manifestações
espirituais que lá
aconteceram.
Porém, como as pessoas
envolvidas nestes
acontecimentos nada
sabiam de
paranormalidade,
naturalmente que elas
buscaram explicações sem
levar em conta o
transcendental e tomando
por base sua
incredulidade. Fica o
registro desses
acontecimentos que falam
da vida além da morte,
inexplicáveis pelas leis
ordinárias...