O caso
Richthofen,
que
abalou o
País
algum
tempo
atrás,
suscitou
muitos
debates
e
algumas
polêmicas
concernentes
ao
verdadeiro
papel
dos pais
na
formação
do
caráter
dos
filhos.
Uma
frase,
dita no
calor
das
discussões
por
conhecido
psiquiatra
paulista,
causou
compreensível
impacto
com
respeito
ao
assunto:
“Há
pais que
apenas
criam os
filhos,
mas,
evidentemente,
não
basta
criá-los:
é
preciso
educá-los”.
Educadores
de
renome,
como
Tania
Zagury,
autora
de duas
obras
sobre
educação,
entendem
que na
formação
do
caráter
da
pessoa,
quer
queiramos
ou não,
quem
mais
influencia
são os
pais, e
eles o
fazem
não
apenas
com
palavras,
mas
sobretudo
com
exemplos.
Se os
pais não
dão a
mínima
importância
para
isso e
entregam
a
educação
dos
filhos à
escola,
obviamente
não
podem se
surpreender
depois
com a
conduta
ou a
insensibilidade
dos seus
rebentos.
Na
educação
de uma
criança,
ninguém
discorda,
os
exemplos
falam
mais
alto que
os
discursos.
Se o pai
fuma, o
filho
poderá
imitá-lo,
ainda
que
teoricamente
receba
em casa
a
informação
de que o
tabagismo
é danoso
à saúde.
Se os
pais são
arrogantes
ou
mal-educados,
dão
exemplos
que a
criança
tenderá
a
assimilar.
É como
diz a
educadora
Tania
Zagury:
“Gente
sem
princípios
forma
maus
cidadãos”.
À luz do
Espiritismo,
tais
idéias
estão
absolutamente
corretas.
O papel
dos pais
na
formação
dos
filhos é
fundamental
e é isso
que
confere
o
caráter
de
missão à
paternidade.
Os
filhos
são
Espíritos
que
vieram
até nós
para
que,
pelo
exemplo,
pelo
afeto e
pela
compreensão,
possamos
guiá-los
a um
novo
patamar
evolutivo,
como J.
Herculano
Pires
sabiamente
escreveu
em sua
obra
Pedagogia
Espírita,
à pág.
182:
“Os dois
problemas
– o da
educação
no lar e
o da
educação
na
escola –
giram em
torno de
um mesmo
eixo. Os
pais são
os
professores
no lar e
os
mestres
são os
pais na
escola.
Muito
mais do
que um
fenômeno
biológico,
a
paternidade
e a
maternidade
constituem
uma
relação
psíquica
e
portanto
espiritual.
A
criança
já nasce
com o
acervo
pessoal
de suas
conquistas
no
processo
evolutivo.
A tarefa
dos
pais,
como a
dos
mestres,
é
ajudá-la
a
integrar-se
na posse
desse
acervo e
enriquecê-lo
ainda
mais”.
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