Auto-ajuda pelo
pensamento positivo
O pragmatismo fez com
que os norte-americanos
concebessem diversas
técnicas de auto-ajuda
baseadas na força do
pensamento. No mais das
vezes, tais técnicas,
quase sempre associadas
a orações, visam a
melhorias na saúde
física e mental, no
desempenho orgânico, nos
relacionamentos
interpessoais e, até
mesmo, a obtenção de
bens materiais ou de um
bom casamento (segundo o
imediatismo humano,
conseqüência de nossa
baixa elevação
espiritual). As técnicas
se apóiam no
conhecimento das
propriedades do
pensamento e da vontade
e sua atuação sobre o
organismo, bem como na
sugestionabilidade do
inconsciente.
Importa-nos, espíritas,
compreender essa ação do
pensamento, com vista à
sua utilização em favor
de nossa elevação e dos
que compartilham conosco
os mesmos degraus
evolutivos.
O pensamento é um fluxo
fluídico, matéria sutil
do corpo espiritual;
logo, concreto e
tangível. A vontade, por
sua vez, é imaterial,
força abstrata do
Espírito, o senhor do
corpo. Sabendo hoje que
os mecanismos da vida
são basicamente os
mesmos em todos os
seres, animais e
vegetais (constituição
celular, princípios
genéticos, processos
evolutivos da espécie
etc.), vejamos, por
analogia, como funciona
a atuação dos fluidos
humanos sobre as
plantas.
Uma planta, como nós,
também possui um corpo
fluídico. Sendo tocada,
suas células tornam-se
excitadas, podendo essa
excitação ser detectada
por um aparelho chamado
galvanômetro, o qual,
conectado a uma
impressora, faz
representar sobre papel
o estímulo recebido. Em
geral, as plantas
“respondem” a um
estímulo exterior por
meio de reações
detectadas somente por
aparelhos. São as
chamadas reações
elétricas. Contudo, há
espécies que reagem com
movimento. Trata-se da
reação motora, como é o
caso daquelas plantas
cujas folhas se fecham
ao serem tocadas. Ligada
a um galvanômetro
suficientemente
sensível, uma planta
exibe “respostas” a
pensamentos, emoções e
mesmo intenções de um
ser humano. Pensamentos
e estados emocionais dos
homens são
exteriorizados por
cargas fluídicas mais ou
menos densas.
Suponhamos, então, que
uma pessoa queira
maltratar um vegetal. A
qualidade vibratória dos
seus fluidos, diferente
das suas emissões
habituais, despertará na
planta uma “reação”. É o
que o galvanômetro
detecta: reação pela
diferença de potencial
elétrico. A planta não
“verá” nem “sentirá”
dor, mas não quedará
indiferente.
Significativos casos
exemplificam o poder do
pensamento e da fé dos
humanos sobre as
plantas. Conhecido
pastor e químico,
Franklin Loehr, em
numerosos testes,
empreendeu a ação da
prece na aceleração da
germinação de sementes,
reduzindo em 20% o tempo
germinativo normal.
Sementes de centeio
embebidas em água, cujas
garrafas o coronel
húngaro Oskar Estebany
teria segurado,
germinavam e cresciam
muito mais rápido do que
outras, plantadas nas
mesmas condições, mas
sem o toque do militar.
Esses exemplos nos levam
à conclusão de que é
muito útil a nós,
espíritas, sempre
pensarmos positivamente,
confiando na Providência
Divina, pois, conforme o
tipo de vibração do
nosso pensamento,
poderemos atrair ondas
semelhantes.
Enfermidade ou saúde,
conflitos ou paz, tudo
isso depende da natureza
e direção dos nossos
pensamentos; sem
olvidarmos, porém, as
limitações que nos impõe
nosso próprio passado,
os sofrimentos
terapêuticos a que nos
destinamos na atual
encarnação.
Em consonância com o
exposto, Ney Prieto
Peres, autor espírita de
renome, propõe a
auto-sugestão para
fortalecimento da nossa
vontade. Explica que
somos sugestionáveis com
facilidade e que podemos
fazê-lo por meio da
repetição (de frases).
Indica repetirmos ao
longo do dia frases como
“abandonarei o cigarro,
decididamente”. Segundo
o autor, a sugestão
provoca a ação
correspondente ao
pensamento emitido. Como
recurso associado,
aconselha a oração, a
fim de obtermos a
assistência superior na
consecução dos nossos
propósitos.