ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)
A "cirurgia"
definitiva
"A
intervenção
cirúrgica
corrige
transitoriamente
as deficiências
físicas. O amor,
trabalhando nos
tecidos sutis da
alma, purifica e
redime para a
Eternidade.”
(Francisco C.
Xavier)
Basta sairmos às
ruas ou
visitarmos
determinados
hospitais para
constatarmos o "desfile"
de misérias
físicas e
morais.
Estropiados de
vários matizes
são facilmente
encontrados em
toda parte. Mas
isso não é de
causar surpresa,
vez que a Terra
é, além de
outras coisas,
um grande
hospital para
almas enfermas.
Não obstante o
avanço
tecnológico da
engenharia
médica,
felicitada a
cada dia com
novos e
sofisticados
equipamentos e
técnicas cada
vez mais
ousadas, ainda
não conseguiu o
homem promover
as modificações
internas do ser:
dá uma "caiação"
superficial, mas
o interior
continua
contendo o
fulcro da
desarmonia. A
cirurgia faz
desaparecer as
anomalias
inibidoras ou
deformantes de
implementos
somáticos,
porém, o
perispírito
conservará no "arquivo
em ser" a
reprodutriz
geradora da
deficiência e,
sendo ele (o
perispírito) o
Modelo
Organizador
Biológico (MOB)
dos futuros
corpos físicos,
projetará a
imperfeição nas
reencarnações
futuras.
A medicina
terrestre,
embora
realizando
prodígios
impensados há já
alguns anos,
nada pode fazer
para erradicar
as "matrizes dos
equívocos",
sendo, portanto,
impotente para
corrigir as
anomalias
orgânicas em
criaturas que
sofrem processos
de resgates
cármicos. Sem
embargo, como na
contabilidade
divina não
existe problema
sem solução,
alteia-se, em
seu contexto, um
recurso
infalível –
único –
capaz de
aformosear o
Espírito em seus
mais íntimos
refolhos,
erradicando de
vez com as
nódoas mais
renitentes.
Esse recurso é o
amor.
Já dizia Pedro
(I Pedro, 4:8):
"Mas, sobretudo,
tende ardente
Caridade uns
para com os
outros; porque a
Caridade cobrirá
a multidão de
pecados".
Também Tiago
registra:
"Saiba que
aquele que fizer
converter do
erro do seu
caminho um
pecador salvará
da morte uma
Alma, e cobrirá
uma multidão de
pecados".
A Doutrina
Espírita apregoa
altissonante: "Fora
da Caridade não
há salvação".
Paulo de Tarso
acrescenta:
"Se eu não tiver
Caridade, nada
sou. Agora
permanecem as
três virtudes:
Fé, Esperança e
Caridade, mas
a mais excelente
é a Caridade”.
João, o
Evangelista, já
velhinho,
repetia
incansavelmente:
"Meus filhinhos,
amai-vos uns aos
outros".
O Meigo Rabi
sintetizou todas
as Leis no
Amor a Deus e ao
próximo como a
si mesmo.
Portanto, como
diz Lázaro (1),
“o Amor
resume a
doutrina de
Jesus toda
inteira”.
Só quem não quer
mesmo enxergar
não entende,
porque está mais
do que claro que
o aformoseamento
e saúde do
Espírito passam
pela
condicionante do
amor, isto é, a
definitiva
cirurgia da Alma
está no amor que
"purifica e
redime para a
Eternidade".
Poeticamente,
conclui Maria:
Nada se perde. A
dor é o berço da
alegria.
O gelo
unicamente é a
ausência do
calor,
Tudo o que foge
à Lei, de novo
se inicia,
Tudo a Vida
refaz nas
gradações do
Amor.
Bibliografia:
(1) KARDEC, A. O
Evangelho
segundo o
Espiritismo.
Capítulo XI,
item oito.