ANGÉLICA
REIS
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Londrina, Paraná
(Brasil)
O Grande Enigma
(7a
Parte)
Léon Denis
Continuamos nesta edição
o estudo do clássico
O Grande Enigma, de
Léon Denis, conforme o
texto da 7a
edição publicada pela
Federação Espírita
Brasileira. O estudo
está sendo aqui
apresentado em 10
partes.
Questões
preliminares
A. Com vistas à
finalidade maior da
vida, que conselho nos
dá Léon Denis?
R.: Ele nos conclama a
todos: “Trabalha, ama e
ora! Cultiva tua
inteligência e teu
coração! Desenvolve tua
consciência; torna-a
mais vasta, mais
sensível. Cada vida é um
cadinho fecundo, de onde
deves sair purificado,
pronto para as missões
futuras, maduro para
tarefas sempre mais
nobres e maiores”. E
acrescenta: “Nas horas
de hesitação,
volta-te para a
Natureza: é a grande
inspiradora, o templo
augusto em que, sob véus
misteriosos, o Deus
escolhido fala ao
coração do prudente, ao
Espírito do pensador.”
(O Grande Enigma, pp.
172 e 173.)
B. Como entender os
grandes abalos sísmicos
e os demais fenômenos da
Natureza?
R.: Os movimentos
sísmicos, as
tempestades, as
inundações têm suas
leis. Quando se estudam
os fenômenos da Natureza
e o pensamento penetra
no fundo das coisas,
reconhece-se que aquilo
que se apresenta como um
mal é, em realidade, um
bem. Ao homem são
necessários choques de
adversidade e o concurso
das circunstâncias
dolorosas, para poder
penetrar o grande
mistério do Universo e
compreender que tudo tem
sua razão de ser, que a
dor tem seu papel e que
podemos tirar proveito
de tudo, porque tudo
pode concorrer para o
nosso adiantamento, o
nosso melhoramento
moral. (Obra citada,
pp. 180 e 181.)
C. Qual é, na verdade, o
grande equívoco do
positivismo?
R.: O ser humano já
passou pela Terra outras
vezes. Ele renasce e
evolve, em uma espiral,
cujas órbitas vão
aumentando cada vez
mais. Jesus o disse
claramente a Nicodemos,
ao asseverar que ninguém
verá o reino de Deus se
não renascer da água e
do espírito. O
positivismo, no entanto,
jamais encara o problema
da origem, nem o dos
fins; contenta-se com o
momento presente e o
explora da melhor
maneira. Eis aí o seu
grande equívoco.
(Obra citada, pp. 190 e
191.)
Texto para leitura
108. Na série de vidas
sucessivas, uma
existência monástica
pode ser útil, pois nos
ensina a renúncia das
coisas mundanas, a
concentração do
pensamento, a
austeridade dos
costumes. No claustro, o
Espírito liberta-se de
sugestões materiais e se
abre às visões divinas.
(P. 170)
109. Deus agiu
sabiamente - afirma
Denis - velando aos
nossos olhos, ao menos
durante a difícil
passagem pela vida
terrestre, as cenas
trágicas, os
desfalecimentos, os
erros funestos de nossa
própria história. Nosso
presente fica, desse
modo, aliviado, e a
tarefa atual torna-se
mais fácil. (P. 171)
110. O Espírito sobe do
fundo do abismo e galga
os degraus inumeráveis
da escada da vida.
Caminha para as moradas
eternas, onde a grande
Lei o chama e para as
quais a mão de Deus o
conduz. Vai para a Luz,
para a Sabedoria, para a
Beleza. Por toda parte,
obras belas e potentes
solicitam sua atenção.
Seu caminho é imenso.
(P. 172)
111. Afirmando que o fim
excede em esplendor tudo
quanto podemos conceber,
Denis conclama a todos:
“Trabalha, ama e ora!
Cultiva tua inteligência
e teu coração!
Desenvolve tua
consciência; torna-a
mais vasta, mais
sensível. Cada vida é um
cadinho fecundo, de onde
deves sair purificado,
pronto para as missões
futuras, maduro para
tarefas sempre mais
nobres e maiores”. (PP.
172 e 173)
112. “Nas horas de
hesitação - aconselha
Denis -, volta-te
para a Natureza: é a
grande inspiradora, o
templo augusto em que,
sob véus misteriosos, o
Deus escolhido fala ao
coração do prudente, ao
Espírito do pensador.”
(P. 173)
113. Tantos mundos são
como escolas, como
campos de evolução, onde
a alma pode cultivar o
entendimento e construir
organismos fluídicos
cada vez mais delicados,
purificados, brilhantes.
Depois das lutas, dos
tormentos e dos reveses,
virão séculos de
felicidade nesses astros
felizes, cujas
claridades projetam
sobre a Terra raios de
paz e de alegria. (P.
175)
114. Atingiremos, então,
as sublimes profundezas,
o céu de êxtase, onde
vibra, mais poderoso e
mais melódico, o
pensamento divino, onde
a luz e o amor unem as
suas irradiações. (P.
176)
115. A contemplação e a
meditação provocam o
despertar das faculdades
psíquicas e por elas
todo um mundo invisível
se abre à nossa
percepção. (P. 177)
116. Aquele que se
recolhe no silêncio e na
solidão, diante dos
espetáculos do mar ou
das montanhas, sente
nascer, subir, crescer
em si mesmo imagens,
pensamentos, harmonias
que o arrebatam,
encantam e consolam das
terrestres misérias e
lhe abrem as
perspectivas da vida
superior. (P. 178)
117. Explicando por que,
ao escrever sobre os
encantos da Natureza,
ele não mostra o seu
lado feio, seus
monstros, furores e
flagelos, Denis diz que
é fácil responder a tais
objeções. É que o belo
necessita dos contrastes
e as dificuldades e
obstáculos são fatores
essenciais ao progresso,
são aguilhões que
estimulam o homem a
caminhar rumo à
evolução. “É na
alternativa forçada do
prazer e da dor -
assevera Denis - que
está o princípio da
educação das Almas.”
(PP. 178 e 179)
118. Quanto aos
movimentos sísmicos, às
tempestades, às
inundações, notemos que
eles têm suas leis. E
basta conhecê-las para
se prever e atenuar seus
efeitos. Na verdade,
quando se estudam os
fenômenos da Natureza e
o pensamento penetra no
fundo das coisas,
reconhece-se isto: o
que, na aparência, é um
mal, torna-se, em
realidade, um bem. Ao
homem serão necessários
choques de adversidade e
o concurso das
circunstâncias
dolorosas, para poder
penetrar o grande
mistério do Universo e
compreender que tudo tem
sua razão de ser, que a
dor tem seu papel e que
podemos tirar proveito
de tudo, porque tudo
pode concorrer para o
nosso adiantamento, o
nosso melhoramento
moral. (PP. 180 e 181)
119. Nunca esqueçamos
isto: Tudo que cai sob
os sentidos físicos,
tudo que é do domínio
material, é transitório,
submetido à lei de
destruição e à morte. As
realidades profundas,
eternas, pertencem ao
mundo das causas, ao
domínio do invisível, a
que nós mesmos
pertencemos, pela parte
imperecível do nosso
ser. (P. 182)
120. A experimentação
psíquica e as
descobertas dela
decorrentes, pouco a
pouco, se propagam e se
estendem. O conhecimento
do duplo fluídico do
homem, sua ação a
distância, antes e
depois da morte, a
aplicação das forças
magnéticas, a
manifestação das
potências invisíveis vêm
demonstrar que o mundo
dos sentidos é uma pobre
e obscura prisão,
comparada ao domínio
imenso e radioso aberto
ao Espírito. (PP. 182 e
183)
121. A lei circular
preside a todos os
movimentos do mundo;
rege as evoluções da
Natureza, as da história
da Humanidade. Cada ser
gravita em um círculo,
cada vida descreve um
círculo, toda a história
humana se divide em
ciclos. Os ventos, as
nuvens, as águas, as
flores e a luz seguem o
mesmo destino. (P. 189)
122. Todo ser já
existiu. Ele renasce e
sobe, evolve, em uma
espiral, cujas órbitas
vão aumentando cada vez
mais. É por isso que a
História vai tomando um
caráter universal: é o
corso e
ricorso de que fala
o filósofo italiano
Gianbattista Vico. (P.
190)
123. É preciso renascer
– esta é a lei comum do
destino humano, que
também evolve em um
círculo de que Deus é o
centro. Jesus o disse
claramente a Nicodemos,
ao asseverar que ninguém
verá o reino de Deus se
não renascer da água e
do espírito. (P. 190)
124. O positivista,
contudo, jamais encara o
problema da origem, nem
o dos fins; contenta-se
com o momento presente e
o explora da melhor
maneira. Muitos homens,
mesmo indivíduos
inteligentes, agem de
modo igual. (P. 191)
125. A Ciência também
vem, há meio século,
contribuindo apenas com
diminuto progresso para
o pensamento moderno,
mas, curiosamente, é o
médico dos nossos dias,
tão ligado até então aos
sistemas materialistas
da Escola, que começa a
sacudir o jugo,
porquanto é das fileiras
da Medicina atual que
têm saído os doutores
mais autorizados e mais
competentes do
Espiritualismo. (P. 191)
(Continua no próximo
número.)