Os
advogados
alemães
Christian
Sailer e
Joachim
Hetzel
acham
que sim
e foi
por isso
que
pediram
formalmente,
anos
atrás, à
ministra
da
Família
da
Alemanha,
Christine
Bergmann,
que
incluísse
as
Escrituras
na lista
dos
livros
considerados
perigosos
para as
crianças,
dado o
seu
conteúdo
violento.
Segundo
eles, a
Bíblia
contém
passagens
de muita
crueldade
e
defende
coisas
bárbaras
como o
genocídio,
o
racismo,
as
execuções
de
adúlteros
e
homossexuais
e
perversidades
diversas
atribuídas
à
vontade
de Deus,
como o
assassínio
dos
próprios
descendentes
de
Jacob.
A
posição
dos
advogados
alemães
não
constitui,
propriamente
falando,
uma
novidade.
Em
Israel
há
pessoas
que
pensam
da mesma
forma,
como o
ex-presidente
de
Israel
Ezer
Weizman,
que em
dezembro
de 1997
afirmou
que
algumas
palavras
da
Bíblia
são
improcedentes.
“Há
coisas
no
(Velho)
Testamento
nada
simpáticas,
indignas
de ser
lidas”,
asseverou
Weizman
numa
conferência,
dando
como
exemplo
as
palavras
atribuídas
a Moisés
no cap.
XXXII do
Deuteronômio.
Recordamos
esse
depoimento
para que
ninguém
leve à
conta de
preconceito
anti-semita
a
postura
de quem
considera
a Bíblia
uma
coisa
perigosa,
como os
citados
advogados
alemães.
Eles,
efetivamente,
têm
certa
dose de
razão e
o
Espiritismo,
não
agora,
mas já
em 1864,
alertava
para o
fato de
que a
lei
mosaica
compõe-se
de duas
partes
distintas:
a lei de
Deus,
recebida
por
Moisés
no monte
Sinai, e
a lei
civil,
ou
disciplinar,
estabelecida
pelo
condutor
dos
hebreus.
Uma é
inalterável;
a outra,
apropriada
aos
costumes
e ao
caráter
do povo,
modifica-se
com o
tempo (O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo,
cap. 1,
item 2).
O erro
que tem
sido
repetido
pelas
religiões
cristãs
é
considerar
a Bíblia
um livro
sagrado,
intocável,
expressão
fidedigna
da
palavra
de Deus.
Se isso
fosse
verdade,
as
cerimônias
religiosas
e os
ritos
que ali
se
contêm
não
poderiam
ter sido
excluídos
da
prática
religiosa
adotada
pelas
religiões
tradicionais,
como a
circuncisão.
Jesus
mesmo
não
seguia
ao pé da
letra as
prescrições
bíblicas,
e mais
de uma
vez
demonstrou
a
inconsistência
de
muitas
delas,
como a
que
manda se
apedreje
até à
morte a
mulher
adúltera
e a que
dá ao
dia de
sábado
um
status
especial.
E se
isso não
bastasse,
ensinou
que o
preceito
maior da
lei é:
“Amar a
Deus
sobre
todas as
coisas e
ao
próximo
como a
si
mesmo”,
acrescentando
que aí
se
contêm
“toda a
lei e os
profetas”.
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