– Podem as
tendências
inatas negativas
ser trabalhadas
e superadas pelo
processo
educativo? Até
que limite?
Raul Teixeira:
Sim, podem, uma
vez que o
programa
educacional bem
urdido se propõe
a levar o
educando a essa
superação, já
que educar é
a arte de formar
caracteres,
conforme as
expressões de
Allan Kardec (O
Livro dos
Espíritos,
pergunta 685-a,
Nota).
Quanto mais
dócil às
investidas
educacionais é o
espírito, mais
distante se
achará esse
limite.
Deparar-nos-emos
com o limite
apresentado
pelos indivíduos
na faixa em que
a educação
começar a tocar
em áreas íntimas
e em
situações-problemas
que eles não
queiram ou não
possam
modificar,
ainda, por
fragilidade do
caráter.
Na criança tal
limite será
encontrado, não
por iniciativa
dela mesma de
não querer
modificar-se,
mas no ponto em
que as referidas
tendências
estiverem
profundamente
encravadas em
velhos vícios,
enraizados na
individualidade
há milênios,
carecendo de
muito tempo, e,
às vezes, mais
de uma
reencarnação,
para serem
superadas
definitivamente.
É claro que a
persistente e
nobre educação
vai diminuindo,
com o passar do
tempo, a
intensidade da
dificuldade.
Do livro
Desafios da
Educação, 1a
edição, questão
24, de Camilo,
psicografado por
J. Raul Teixeira
e publicado pela
Editora Fráter
Livros
Espíritas, de
Niterói-RJ.