WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français  
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Crônicas e Artigos
Ano 1 - N° 49 - 30 de Março de 2008

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)

 
Árdua ascensão

Quem desejar a cristificação não desdenhe a crucificação”. (Bezerra de Menezes) (1)

Em poética linguagem, Lázaro (1) ratifica a cruenta saga dos cristãos do Paleocristianismo que, “ébrios de esperança, desceram às arenas dos circos” arrastados pela crueldade humana, a fim de oferecerem a Vida em holocausto de testemunho, por amor ao Cristo, na imarcescível certeza que a todos vitalizava acerca da transitoriedade da vida física e da perenidade da verdadeira Vida que é a espiritual. O impertérrito testemunho lhes abria a porta da Eternidade onde Jesus os aguardava. 

Hoje, o Espiritismo, vitalizando a mesma certeza que empolgava os cristãos dos tempos primeiros acerca da realidade do “post-mortem”, ergue (2) a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual.  

Sem embargo, para atingirmos a meta que nos está assinalada, urge vencer os instintos, as feras interiores...  Não mais circos com seus animais ferozes e ameaçadores de dentes e garras afiados.  As feras atuais são internas, invisíveis, dissimuladas: orgulho, egoísmo, vaidade, personalismo, petulância, presunção e outras mais... 

O solo sáfaro rasgado pelo arado e devidamente tratado pelo lavrador reverdece em abundante seara.  Da mesma forma, o campo agreste da alma só eclodirá em frutos sazonados após passar pelo cadinho esfogueante das provas e expiações. 

Em seus consoladores esclarecimentos, o inolvidável Médico dos Pobres (1) vem nos lembrar que “Jesus é o mesmo hoje como o era há dois mil anos. Restaurado na palavra consoladora da Doutrina Espírita, Ele nos conclama à união dos corações para a unificação dos postulados em torno do ideal da Verdade”. 

Mas avisa de maneira irretorquível (1): 

“Não creiais que o vosso compromisso com a Vida seja uma viagem agradável ao país da fantasia, ou uma excursão ao oásis do prazer. Propuseste-vos ao trabalho de renovar a Terra, candidataste-vos à obra de edificação do bem, abristes os braços para que o amor se expanda em um hino de solidariedade universal, pesquisastes para possuirdes a certeza, elucidastes os enigmas para que não paire dúvida...”    

Agora é ação

Quem desejar a cristificação, não desdenhe a crucificação. 

Certamente não provareis do cutelo, não defrontareis as feras esfaimadas da arena.  Não obstante, espíritas, meus irmãos, tereis em vosso mundo íntimo os instintos agressivos predominando e tentando obstaculizar-vos o avanço da mansuetude, tereis lâminas aguçadas dos desejos servis dilacerando-vos as carnes da alma, e o vosso não será o holocausto público, mas o martirológio silencioso da abnegação que só Jesus e os vossos Guias saberão. 

Não temais, pois nunca ficareis a sós.   Nos momentos mais rudes, Ele vos dirá baixinho: “Tende bom ânimo. Eu não venci no mundo dos negócios, nem nas orgias, mas Eu venci o Mundo. Vencei-o, espíritas, meus irmãos, e ide em paz!”

Bibliografia:

(1) Mensagem psicofônica veiculada por Divaldo Franco, no dia 05.10.89, em Brasília-DF.

(2) Kardec, A. O Evangelho segundo o Espiritismo – Capítulo XI, item 8 – FEB.
 

Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita