ANGÉLICA
REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil)
O Grande Enigma
(Parte
10 e final)
Léon Denis
Concluímos hoje o estudo
do clássico O Grande
Enigma, de Léon
Denis, conforme o texto
da 7a
edição publicada pela
Federação Espírita
Brasileira. O estudo ora
encerrado foi
apresentado aqui em 10
partes.
Questões
preliminares
A. Qual tem sido o
grande erro da chamada
Ciência oficial?
R.: Faltou sempre a ela
independência e
liberdade. Submetida por
longo tempo à autoridade
da Igreja, enfeudou-se
depois às doutrinas
materialistas do século
XVIII e, em seguida, ao
panteísmo germânico,
para tornar-se satélite
do positivismo, essa
doutrina incompleta que
se desinteressa
sistematicamente do
maior problema que o
espírito humano quer e
deve resolver – o da sua
origem e do seu destino.
Por causa disso, em vez
de construir uma
sociedade sobre bases
novas, destruiu, sem
nada edificar. Perdendo
de vista as grandes
altitudes, os grandes
focos do pensamento, a
Ciência, com seu
ceticismo, resfriou o
coração humano e
destruiu o grau elevado
que poetiza a vida e a
torna suportável. (O
Grande Enigma, pp. 225 a
227.)
B. Ao criticar o
coletivismo, que é que
Denis apregoa como sendo
o ideal social do
futuro?
R.: O homem livre na
terra livre! Esse
será o ideal social do
futuro. Mas, para isso,
será preciso ter em
conta a necessidade
preliminar de outro
fator – a fraternidade –
que só pela harmonia
pode estar em equilíbrio
com a liberdade.
(Obra citada, pp. 227 e
228.)
C. Ao concluir esta
obra, que disse Léon
Denis sobre o
Espiritismo moderno?
R.: O Espiritismo
moderno não é um sistema
novo que se vem juntar a
outro, nem um conjunto
de teorias vãs. É um ato
solene do drama da
evolução que começa uma
revelação que ilumina,
ao mesmo tempo, as
profundezas do passado e
do futuro, que faz
surgir do pó dos séculos
as crenças adormecidas
e, completando-as, as
faz reviver. O
Espiritismo é um sopro
poderoso que desce dos
espaços e corre sobre o
mundo. Sob sua ação,
todas as grandes
verdades se revelam. Os
tempos são vindos, os
tempos são chegados! Das
profundezas estreladas
descem à Terra os
Espíritos em legião,
para o combate da luz
contra as trevas. Não
são mais os homens, os
sábios e os filósofos
que trazem uma doutrina
nova. São os Gênios do
Espaço que vêm e sopram
em nossos pensamentos os
ensinos chamados a
regenerar o mundo.
(Obra citada, pp. 233 e
234.)
Texto para leitura
159. Quando se lança um
olhar rápido sobre o
conjunto da História,
tem-se a impressão de
que cada século tem um
papel especial a
preencher na marcha da
Humanidade. O século XX
parece ter, nesse
sentido, uma vocação
superior à de todos os
outros. (P. 222)
160. Assistimos agora ao
aluir das religiões, ou
melhor, dos ritos e
formas culturais, porque
a religião, em sua
essência, é
indestrutível. O que
deve perecer e tende,
dia a dia, a
extinguir-se são as
velhas fórmulas
dogmáticas, as
disciplinas
envelhecidas, o
farisaísmo antigo, o
aparelhamento
sacerdotal, o culto dos
ídolos. (P. 223)
161. Assistimos
igualmente ao
desabamento da ciência
oficial, não da Ciência
verdadeira, porque esta
não pode perecer, mas da
ciência materialista,
que dominou o mundo
durante mais de cem
anos. (P. 224)
162. Faltou sempre à
ciência oficial
independência e
liberdade. Submetida por
longo tempo à autoridade
da Igreja, enfeudou-se
depois às doutrinas
materialistas do século
XVIII e, em seguida, ao
panteísmo germânico,
para tornar-se satélite
do positivismo, essa
doutrina incompleta que
se desinteressa
sistematicamente do
maior problema que o
espírito humano quer e
deve resolver – o da sua
origem e do seu destino.
(PP. 225 e 226)
163. A Ciência, que
tinha por missão
construir uma sociedade
sobre bases novas,
destruiu, sem nada
edificar. Perdendo de
vista as grandes
altitudes, os grandes
focos do pensamento, a
Ciência céptica resfriou
o coração humano e
destruiu o grau elevado
que poetiza a vida e a
torna suportável. Eis
por que as gerações
novas se mostram
desenganadas e reclamam
outra coisa. (PP. 226 e
227)
164. Os destinos da
ciência materialista e
os do Socialismo atual
estão em correlação,
pois inspiram-se pelos
mesmos métodos e pelas
mesmas fórmulas. Aliás,
a democracia socialista
de nossos dias está em
desacordo com o próprio
princípio da Revolução.
Esta era essencialmente
individualista e queria
dar a cada um a livre
iniciativa de seus atos,
enquanto o regímen atual
age diferentemente,
adotando o coletivismo,
isto é, a negação da
pessoa humana e sua
absorção no todo social.
(P. 227)
165. O homem livre na
terra livre! Esse
será o ideal social do
futuro. Mas, para isso,
será preciso ter em
conta a necessidade
preliminar de outro
fator – a fraternidade –
que só pela harmonia
pode estar em equilíbrio
com a liberdade. (P.
228)
166. O décimo nono
século foi o século da
Matéria; o vigésimo será
o do Espírito. (P. 230)
167. Myers, em seu livro
“Personalidade
Humana”, demonstra
que é preciso explicar o
homem ao próprio homem,
como condição sine
qua non do
progresso. O aprender a
conhecer o homem leva ao
conhecimento de Deus e
do Universo. É o que
havia recomendado o
poeta Pope, em seu
“Ensaio sobre o homem”.
(P. 231)
168. De fato, o mal é
grande e não será sanado
com sistemas empíricos.
Nem no Socialismo, sob a
fórmula atual, nem no
Catolicismo serão
encontrados os remédios.
É preciso primeiro
descobrir as causas para
nos atermos a elas. Ora,
estas são, por assim
dizer, constitucionais
ao homem. Seus erros,
eis o que é preciso
corrigir; suas paixões,
eis o que é preciso
combater, agindo menos
sobre as massas do que
sobre o indivíduo. (P.
232)
169. Existe uma
doutrina, ao mesmo tempo
velha como o mundo, e
jovem quanto o futuro,
porque é eterna, sendo a
Verdade; uma doutrina
que resume todas as
noções fundamentais da
vida e do destino. É o
Espiritismo, e o livro
de Myers, acima citado,
é o seu comentário
científico. (P. 232)
170. O Espiritismo faz
erupção no mundo;
espalha-se por toda
parte. É a questão do
momento presente, o
problema universal. Não
é mais possível quedar
indiferente em face
dele. (PP. 232 e 233)
171. O Espiritismo
moderno não é um sistema
novo que se vem juntar a
outro, nem um conjunto
de teorias vãs. É um ato
solene do drama da
evolução que começa uma
revelação que ilumina,
ao mesmo tempo, as
profundezas do passado e
do futuro, que faz
surgir do pó dos séculos
as crenças adormecidas
e, completando-as, as
faz reviver. (P. 233)
172. O Espiritismo é um
sopro poderoso que desce
dos espaços e corre
sobre o mundo. (P. 233)
173. Sob sua ação, todas
as grandes verdades se
revelam. Os tempos são
vindos, os tempos são
chegados! Das
profundezas estreladas
descem à Terra os
Espíritos em legião,
para o combate da luz
contra as trevas. (PP.
233 e 234)
174. Não são mais os
homens, os sábios e os
filósofos que trazem uma
doutrina nova. São os
Gênios do Espaço que vêm
e sopram em nossos
pensamentos os ensinos
chamados a regenerar o
mundo. (P. 234)
175. O professor Bulliot,
escrevendo na Revue
du Bien, diz que o
movimento de translação
da Terra é devido ao
concurso de duas forças:
uma força de gravitação,
que tende a fazer o
planeta cair sobre o
Sol, e uma força
centrífuga, que tende a
largá-lo ao longe em
linha reta. De onde vem
essa força centrífuga?
Unicamente de um impulso
primitivo, dado ao
planeta, na origem de
suas revoluções, por uma
causa estranha. (P. 238)
176. Um fato
indiscutível, para o
referido professor, é
que foi necessário um
primeiro motor, como
aliás entende o
astrônomo Wolf, do
Observatório de Paris.
Isaac Newton, segundo
ele, chegou a atribuir
esse impulso ao Criador,
considerando-se incapaz
de explicar os
movimentos do sistema
solar unicamente pelas
leis da Mecânica. (P.
240)
177. A força, em certo
grau de evolução,
torna-se inteligente. Ao
escrever isto, Denis
cita Piobb, que se
inspirou em sua obras
nos textos de
Flammarion. (P. 241)
178. As dimensões de
certas estrelas são
formidáveis. O Sol, como
se sabe, é 1.300.000
vezes maior que a Terra
e, no entanto, Sirius o
ultrapassa doze vezes em
grandeza.
179. Fechando a obra,
lembra Denis que é em
torno de Alcíone,
estrela da constelação
das Plêiades, que nosso
sistema solar preenche,
em duzentos e vinte e
cinco mil séculos, uma
de suas grandes
revoluções, número esse
que nos permite avaliar
a imensidão do Universo
criado por nosso Pai.
(P. 244)