Segundo
os
especialistas
em
reprodução
assistida,
a
ciência,
sendo
capaz de
vencer
hoje 90%
dos
casos de
infertilidade,
devolveu
aos
casais
humanos
a
esperança
de terem
os
próprios
filhos,
possibilidade
que em
época
não
distante
era
vedada a
muitas
pessoas.
As
técnicas
já
disponíveis
permitem
atender
os mais
variados
casos,
inclusive
os das
mulheres
que não
produzem
óvulos
ou
estejam
casadas
com
homens
inférteis.
E o
progresso
científico,
que não
se cansa
de
surpreender
a
Humanidade,
promete
muito
mais.
Os
números
que têm
sido
divulgados
falam
por si
mesmos
da
grandiosidade
desse
trabalho.
Desde
1978,
quando
Louise
Brown
veio ao
mundo,
já
nasceram
neste
planeta
mais de
300.000
bebês de
proveta,
7.000
deles no
Brasil,
onde
existem
no
momento
milhares
de
embriões
congelados.
Muitas
pessoas,
em nosso
meio,
perguntam
como a
Doutrina
dos
Espíritos
se
coloca
ante tal
assunto,
que não
foi,
evidentemente,
tratado
por
Kardec,
da mesma
forma
que o
Codificador
não
tratou
da
questão
dos
transplantes,
tema
estranho
à sua
época.
Em sã
consciência,
independentemente
da
opinião
dos
Espíritos
Superiores,
nós os
espiritistas
não
podemos
ir
contra
uma
conquista
científica
que age
a favor
da vida,
ao
contrário
dessa
onda
infeliz
que
apregoa
a
eutanásia
e o
aborto
eugênico,
que
conspiram
contra a
vida.
Lembramos
aqui as
palavras
que Dr.
Jorge
Andréa,
ao
examinar
a
questão
dos
transplantes,
inseriu
no seu
livro
"Psicologia
Espírita",
págs. 42
e 43: "A
conquista
da
ciência
é força
cósmica
positiva
que não
deve ser
relegada
a
posição
secundária
por
pieguismos
religiosos.
Por
isso,
chegará
o dia em
que
poderemos
avaliar
até que
ponto as
influências
espirituais
se
encontram
nesses
mecanismos,
a fim de
que as
intervenções
sejam
coroadas
de êxito
e pleno
entendimento".
Não
constitui,
pois,
atitude
coerente
pôr-nos
contra a
corrente
do
progresso
como
fazem
certas
religiões
que, na
defesa
dos seus
dogmas,
colocam
óbices a
avanços
que
concorrem,
ao
favorecerem
a
reencarnação
dos
Espíritos,
para a
evolução
do
planeta.
Essa
postura
não
implica,
porém,
ignorar
os
problemas
que se
verificam
na área
da
fertilização
assistida,
como o
descarte
de
embriões,
um dos
dilemas
advindos
desse
trabalho
que, no
entanto,
podem
ser
perfeitamente
resolvidos.
Peter
Brinsden,
que
participou
da
equipe
responsável
pelo
nascimento
do
primeiro
bebê de
proveta
em 1978,
disse, a
respeito
do
assunto,
que há
em todo
o mundo
milhares
de
embriões
congelados
e
abandonados
pelos
pais,
fato que
se dá
por
causa do
egoísmo
dos
próprios
casais,
que
fazem
tudo por
um filho
e pagam
por
isso,
mas
depois
do parto
não
pensam
mais no
que
restou.
Esse
egoísmo
referido
pelo
notável
cientista
tem,
contudo,
no
próprio
comportamento
humano a
sua
solução.
É aí que
pode e
certamente
deve
entrar a
força da
religião,
para que
a ética
cristã
seja
respeitada
e dê a
essa
prática
o
respaldo
moral
que não
pode
faltar
em
nenhuma
realização
humana.
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