Em 1968
duas pesquisadoras e
jornalistas americanas, a
convite de cientistas russos,
na época pertencentes à
URSS, percorreram a Rússia,
Bulgária e Checoslováquia
para estudar os programas de
intensa pesquisa
parapsicológica que estavam
sendo realizados nestes e em
outros países do bloco
soviético.
Sheila
Ostrander e Lynn Schroeder
contam em seu livro "Experiências
Psíquicas além da Cortina de
Ferro" o que
descobriram. Falam de
Telepatia Mental, Hipnotismo,
Cura pela Fé, Precognição,
Psicocinese, Auras de animais
(inclusive humanas) e plantas,
Acupuntura, Levitação,
Rabdomância etc., e o que
ingenuamente denominamos
"PES" (percepção
extra-sensorial).
Tudo isso,
pesquisado com financiamento
do governo de países ditos
materialistas dialéticos,
ateus confessos, por isso
mesmo isentos de quaisquer
preconceitos religiosos. Seu
único desejo, a utilização
prática de poderes que todos
nós possuímos, e que a
ciência ocidental trata com
desprezo como lenda.
O ocidental
comum junta tudo o que não
aprendeu a definir como
espiritual ou científico numa
grande cesta, depois corta em
pedacinhos, para ajustar às
suas preferências. Quando
surgem assuntos que não
parecem se encaixar em uma
explicação pragmática ou
espiritual, simplesmente nega
sua existência.
Assuntos
como esses que antigamente
eram tratados como
metafísica, hoje são
simplesmente
"psíquicos".
Diferentemente
do que dicionários
classificam como
"psíquicos", e
diametralmente opostos a eles,
os assuntos que aqui serão
discutidos são em todos os
sentidos, não somente
susceptíveis de observação
científica, como de
investigação tecnológica.
Todos eles foram investigados
na União Soviética.
Quando, em
1959, o submarino atômico
Náutilus da marinha americana
atravessou submerso o gelo da
calota polar ártica, um
jornal francês noticiou que
cientistas americanos haviam
feito experiências bem
sucedidas de contato
telepático com base naval nos
Estados Unidos, estando
separados por milhares de
quilômetros de distância e
debaixo de uma centena de
metros de gelo. A marinha
americana negou veementemente
que tal fato tivesse
acontecido, veemência já por
si só suspeita.
Este fato,
entretanto, não passou
despercebido aos cientistas
russos, que já naquela época
vinham fazendo algumas
experiências, principalmente
procurando utilidade prática,
inclusive militar, para alguns
conhecidos videntes e médiuns
dentro da Rússia.
Enquanto o
mundo ocidental ridicularizava
até pesquisadores eruditos
sérios (exemplo, o Dr. J. B.
Rhine, o primeiro a utilizar a
palavra
"Parapsicologia"),
na União Soviética
cientistas ilustres, físicos,
químicos, filósofos,
sociólogos, usando dinheiro
público, iniciavam estudos
profundos nessa ciência
psíquica, ocidentalmente
desprezada.
PRÓLOGO
Em 1967 a
telepatia pulsou em código
entre Moscou e Leningrado,
enquanto um sofisticado
equipamento da idade espacial
controlava o cérebro do
receptor. Dizem os cientistas
soviéticos que foram capazes
de decifrar a mensagem com a
ajuda das máquinas; dizem que
foram capazes de transmitir
palavras telepaticamente de
uma mente a outra numa
distância de 640 quilômetros.
Em outras
partes da Rússia, revistas
técnicas e universidades
relataram coisas ainda mais
surpreendentes do que a
telepatia verificada por
computadores. Publicaram
fotografias de belas luzes
coloridas que tremeluziam
sobre o corpo humano e em
torno dele. Seria esta a
"aura" de que os
médiuns falam há tanto
tempo? "Acendem-se chamas
elétricas, depois luzes azuis
e alaranjadas. Grandes canais
de clarões resplandecentes,
roxos, ígneos. É
fantástico, fascinante, um
jogo misterioso — um mundo
de fogo!" - bradavam
cientistas geralmente
circunspectos. De acordo com
os soviéticos, eles
inventaram uma máquina que
permite a qualquer um ver a
aura lendária e colorida,
normalmente visível apenas
para os médiuns.
No
Báltico, geólogos
soviéticos caminhavam com
varas hidroscópicas; nos
Urais fizeram experiências
com a visão sem olhos; junto
do Mar Negro estudaram as
mãos de um médium curador. A
parapsicologia, que dez anos
antes não existia, entrou a
florescer, de repente, em toda
a URSS.
Uma cadeia
inverossímil de
acontecimentos levou as
autoras da obra citada,
durante um período de três
anos, a enredar-se nesse
pasmoso renascimento da
pesquisa psíquica num país
comunista. À parte os livros,
artigos, peças e poesias que
cada uma delas escrevia em
campos muito diferentes,
durante vários anos
escreveram artigos sobre a
União Soviética. Uma delas
percorrera extensamente a
Rússia em 1961 numa excursão
de estudantes graduados. Seus
artigos não focalizavam a
política da Cortina de Ferro,
mas a vida por detrás das
cortinas de rendas da Rússia
de todos os dias. Se a
coexistência com os
soviéticos era necessária,
parecia-lhes razoável tentar
conhecer alguma coisa a
respeito deles.
Nos jornais
e revistas soviéticas puderam
encontrar um material
sumamente insólito sobre a
vida na Rússia — artigos
sobre fenômenos psíquicos.
Cientistas soviéticos
perguntavam publicamente: Que
é o homem? Possuímos, acaso,
potencialidades não usadas e
não sonhadas? Poderá a
parapsicologia derreter as
barreiras e criar o ser humano
supernormal? Tais eram as
fascinantes perguntas que se
liam nas publicações
soviéticas.
Em 1966 a
prestigiosa revista Ciência
e Religião publicou
um número especial, o N.° 3,
sobre as pesquisas levadas
então a cabo na Rússia, no
campo da telepatia.
Soviéticos notáveis
reclamavam novas
investigações nesse campo.
Entre eles figuravam: o Dr.
Nikolai Semyonov, detentor de
um Prêmio Nobel de Química e
vice-presidente da Academia de
Ciências da URSS; acadêmicos
como o Dr. M. Leontovich, o
Dr. A. Mints, o Dr. P. V.
Rebinder, importante
físico-químico; o
Dr. Gleb Frank, diretor da
"Cidade da Ciência"
de Puschino, perto de Moscou.
Filósofos marxistas
manifestaram-se com clareza
meridiana. "Todos os que
criticam a pesquisa sobre a
telepatia estão apenas
utilizando o
marxismo-leninismo para
amparar o seu conservantismo
científico. Todos os que
colocam obstáculos no caminho
do progresso científico
deveriam pagar por isso",
trovejou o Dr. V. Tugarinov,
chefe do Departamento de
Filosofia da Universidade de
Leningrado.