Envolvido
nos graves acontecimentos
políticos daquele ano, no
vórtice da Revolta de 5 de julho,
centrada no Forte de Copacabana e
na Escola Militar, acabou sendo
desligado do Exército em meados
de 1923. Ingressou, então, no
Banco do Comércio e Indústria de
Minas Gerais, iniciando seu curso
de Direito na Faculdade de
Ciências Jurídicas e Sociais do
Rio de Janeiro, concluído em
1929. Concomitantemente exerceu o
magistério no Instituto Superior
de Preparatórios, no Colégio
Anglo-Americano e na Escola
Urânia.
Com
a vitória da Revolução de 30 e
a concessão de anistia geral para
militares e civis, voltou às
fileiras do Exército como 1º
Tenente comissionado.
Bastante
conhecido no meio espírita,
principalmente no Rio de Janeiro,
onde lecionou por mais de 30 anos
no Instituto de Cultura Espírita
do Brasil, foi membro ativo da
Cruzada dos Militares Espíritas e
um emérito conhecedor de nossa
Língua Pátria. Sua estréia no
Instituto ocorreu com uma palestra
acerca do tema "A Educação
à Luz do Espiritismo". Daí
surgiu o convite de Deolindo
Amorim para que ingressasse no
Corpo de Professores do ICEB, onde
lecionou "Elementos de
Português" e no momento
desta entrevista examinava o
simbolismo e a linguagem figurada
nos diferentes passos do
Evangelho.
Pouco
tempo antes de sua
desencarnação, Milton O’Reilly
concedeu-nos a entrevista que se
segue, na qual examinou alguns
temas de permanente atualidade,
como o leitor verá em seguida.
"A
Umbanda não constitui variante
nem modalidade do
Espiritismo"
–
Considerado, com justiça, um
intelectual no meio espírita,
quais livros espíritas,
excetuados os de Kardec, V. mais
admira?
Milton
O´Reilly
– Na literatura mediúnica, os
da lavra de André Luiz. Entre os
autores encarnados, admiro as
obras de Deolindo Amorim, Carlos
Imbassahy e Jorge Andréa, sem
falar dos mestres como Léon Denis,
Ernesto Bozzano e outros
luminares.
–
Em seu modo de ver, como
especialista em língua
portuguesa, quais as traduções
das obras de Kardec mais fiéis ao
pensamento do Codificador e quais
as mais elegantes do ponto de
vista do estilo e da fidelidade à
nossa língua?
Milton
– Poderíamos dizer que todas
permanecem fiéis ao pensamento do
Codificador. Quanto ao estilo e à
fidelidade aos preceitos da boa
linguagem, todas apresentam
várias delinqüências
gramático-vocabulares,
barbarismos e solecismos,
decorrentes da influência da
língua francesa, que abastarda e
barbariza o idioma vernáculo.
–
Discute-se hoje um assunto que vez
por outra volta à baila no
movimento espírita: a natureza
religiosa do Espiritismo. Para V.
o Espiritismo é religião?
Milton
– Sim! Tomado no sentido literal
primitivo, isto é, de
conformidade com o seu étimo –
"religio", co-radical de
religare, – o Espiritismo é
religião. Primeiramente, devemos
esclarecer que há profunda
diferença entre ser a
religião e ser uma
religião, se atentarmos a que os
artigos não são vazios de
sentido, isto é, a presença do
artigo "a" indica o
Espiritismo como a única
religião e a do indefinido
"uma" faz sentir que há
outras religiões, sendo o
Espiritismo uma delas.
Há
muitas religiões, no sentido
literal-extensivo do termo, isto
é, "conjunto de ritos,
imagens, altares, dogmas
etc.". O Espiritismo é,
além de tudo, como afirma
Gonzalez Soriano, a "síntese
essencial dos conhecimentos
humanos aplicada à investigação
da Verdade". A religião do
Espiritismo é exclusivamente
filosófica, nada tem de
fórmulas, nem cerimônias, nem
culto ostensivo: é a filosofia
pura do Cristianismo, a lei
natural, a ciência universal, a
moral divina, o verdadeiro
catolicismo pela sua
universalidade, pois bem precisou
Kardec esta relação
escatológica entre Espiritismo e
Catolicismo, no que respeita à
natureza sobrenatural de ambas as
escolas. No Espiritismo só há um
dogma: o AMOR; uma única
adoração: a VIRTUDE; e uma
única prática: o BEM, numa
síntese admirável: DEUS!
–
Os críticos do Espiritismo
cristão apegam-se, com razão,
aos desvios que apresenta o
movimento espírita quanto à
atividade básica dos Centros
Espíritas: muito formalismo,
rituais, preces cantadas,
misticismo exacerbado, segundo
aqueles críticos. Como V. vê a
questão?
Milton
– A resposta está no que
acabamos de dizer. Nada de
formalismo, de rituais, preces
cantadas, misticismo exagerado
etc. A própria imprensa leiga
confunde Espiritismo com Umbanda,
que, embora espiritualista, com
características mediúnicas bem
acentuadas, não constitui
variante nem modalidade do
Espiritismo. Umbanda é Umbanda,
Espiritismo é Espiritismo. É o
pensamento do Instituto de Cultura
Espírita do Brasil, que do
assunto tem tratado em seus
seminários.
"Na
questão do roustainguismo,
o
tempo deu razão a Kardec"
–
Como vai a Cruzada dos Militares
Espíritas? Sua atuação tem
alguma repercussão no seio das
Forças Armadas?
Milton
– A Cruzada dos Militares
Espíritas vem realizando seus
objetivos, com grande repercussão
nas unidades do Exército e da
Aeronáutica, não sucedendo o
mesmo na Marinha, onde encontramos
pronunciada resistência por parte
dos capelães, pois alegam que,
"conforme circular do SARM,
para ser emprestada assistência
religiosa na Marinha, o
representante religioso, que não
seja do quadro de capelães da
Marinha, deverá apresentar
certificado do curso de Teologia e
documento que prove estar em
situação regular perante a
Congregação".
Quanto
à criação de um Núcleo da
Cruzada, no Colégio Naval,
declarou seu Comandante que
"não existe oficial, no
Colégio, que seja espírita ou
simpatizante do Espiritismo e,
assim, se fosse criado o Núcleo,
atenderia apenas a uma pequena
parcela do Corpo de Alunos".
É inacreditável e, como se vê,
a influência dos capelães é
muito grande... Como sempre
afirmo, impõe-se muita
vigilância quanto ao respeito às
normas constitucionais.
–
O "roustainguismo" foi
professado no Brasil por confrades
ilustres – como Bezerra de
Menezes e Guillon Ribeiro; no
entanto, Allan Kardec se
posicionou contra a tese do corpo
fluídico de Jesus, dizendo que
caberia ao tempo dar a palavra
final sobre o assunto.
Perguntamos: o tempo deu razão a
Kardec?
Milton
– Sim. O tempo deu razão a
Kardec, o mensageiro direto da
Alta Espiritualidade, o
"predicador da nova
fé", como lhe chamou
Frederico Myers, pois a ele,
Kardec, coube a missão de
realizar a grande obra de
codificação da Doutrina dos
Espíritos – o Espiritismo, luz
que veio espancar as trevas da
incompreensão e do erro.
O
Espiritismo significa, para a
humanidade, redenção espiritual,
pelo conhecimento dos problemas
atinentes à vida espiritual e à
prática do bem. Allan Kardec
está ligado ao Espiritismo e,
assim, ligado indelevelmente ao
movimento de redenção da
humanidade, sob a égide de Jesus.
Estamos
convictos, e já o dissemos em
entrevista concedida ao
"Pernambuco Espírita",
de Recife, quatro anos atrás, que
não houve nascimento virginal e o
corpo de Jesus era de carne. Não
podemos aceitar a opinião dos
docetistas no que concerne ao
corpo fluídico de Jesus. Estamos,
pois, de pleno acordo com as
palavras do Codificador. E aqui
lembramos as do saudoso professor
Carlos Juliano Torres Pastorino em
"Sabedoria do
Evangelho", volume 4, pág.
59: "A teoria docetista de
que às dores físicas Jesus foi
insensível por ser um fantasma (agênere)
é de indizível ingenuidade; nem
há razões que justifiquem a
abolição da dor física, a fim
de salientar a dor moral motivada
pelo baixamento de vibrações, o
que lhe permitiu conviver na Terra
com a humanidade ainda
atrasadíssima como está".
Vemos,
pois, que o homem Jesus sofreu
moral e fisicamente, mas o Cristo
Cósmico não, pois que é
inatingível a dores e
sofrimentos. Não confundamos o eu
menor, a personalidade humana de
Jesus, com o eu maior, a
individualidade cósmica do
Cristo. Houve paixão e morte de
Jesus, o homem, de carne e osso
como nós.
–
Há alguma relação entre os Dez
Mandamentos da Lei de Deus e as
Doze Tábuas da Lei?
Milton
– Nos comícios de centúrias (comitia
centuriats) escolheram-se dez
ilustres cidadãos denominados
decênviros (do latim decem,
dez e vir, varão ou
cidadão). A estes foi confiada a
preparação do código. Os
decênviros, com um mandato de um
ano, não podiam cuidar de outra
coisa. Parece até que mandaram
uma comissão à Grécia, a fim de
estudar a organização das
cidades gregas e as leis que o
estadista Sólon havia deixado num
memorável texto.
Findo
o prazo, os decênviros submeteram
as leis à aprovação do povo.
Impressas em placas de bronze,
elas foram afixadas no Fórum,
para que todos pudessem
conhecê-las. No ano seguinte, um
segundo grupo de legisladores
preparou duas tábuas
complementares e assim surgiu o
Código das Doze Tábuas.
A
Lei das Doze Tábuas, documento
importante da história de Roma, e
também para as épocas
posteriores, constitui o primeiro
texto do direito romano. Não me
consta, porém, que as Doze
Tábuas da Lei tenham algo a ver
com os Dez Mandamentos de Moisés.
–
O tema Educação Espírita volta
a tomar vigor, após alguns anos
de ostracismo. Como educador, de
que maneira V. encara essa
questão?
Milton
– O problema é de grande
relevância. Educação é o
desenvolvimento da personalidade e
seu objetivo é a integração do
homem estimulando-lhe a capacidade
de estar cônscio de si mesmo, na
integral compreensão da vida. Seu
problema culmina, logicamente, no
problema da auto-realização do
homem. Vê-se, pois, que o
problema da Educação exige que o
homem se defina pelas idéias
morais ou religiosas que professa.
Que ele se defina, é certo, pelo
que ele é em verdade, ou seja,
por sua ação, por seu
comportamento, por seu modo de
vida.
E
notai bem: uma das mais nobres
formas de trabalho é a que
caracteriza o professor. E as
quatro modalidades requeridas para
a nobreza de tão alto mister
são: amor, discernimento,
desprendimento e boa conduta.
Ninguém
deveria ser educador, ninguém
deveria ter permissão para
ensinar, se não houvesse provado,
por sua vida cotidiana, ser o amor
a qualidade fundamental de sua
natureza, porque somente um mestre
cheio de amor e simpatia atrairá
os discípulos, tornando-lhes a
vida agradável.
–
O movimento espírita deve
preocupar-se em edificar colégios
espíritas, como Eurípedes
Barsanulfo fez em Sacramento?
Milton
– É certo que, sendo possível,
edificar escolas específicas
seria apreciável contribuição
para a realização do ideal
espírita, mas entendo que a
Educação Espírita deve ser mais
a nível de influência sobre os
docentes. Impõe-se educar o
educador, que deve ser um edutor,
alguém que eduz de seu educando o
que nele dormita de melhor e mais
puro.
A
Educação deveria ser o primeiro
interesse do Estado, porque do
problema da Educação decorrem os
demais problemas nacionais. É
preciso, porém, que se não
confunda instrução com
educação. Descobrir fatos fora
de nós é instrução; realizar
valores dentro de nós é
educação.
Assim
como não devemos confundir
instrução com educação, assim
também devemos distinguir aluno
de discípulo. Aluno é quem
aprende com um professor;
discípulo é quem segue a trilha
antes perlustrada por um mestre.
Só denominamos discípulo aquele
que reproduz em suas ações a
técnica, a "escola", o
estilo, a interpretação, a
vivência do mestre.
Aristóteles
foi aluno de Platão, mas não foi
seu discípulo; mas Platão, além
de ter sido aluno de Sócrates,
foi também seu discípulo. Esta
distinção já era feita por
Jesus: ser seu discípulo era
segui-lo, mas não apenas
"aprender" suas
lições.
A
Educação Espírita deve procurar
fazer discípulos, pois só ela
nos dá a verdadeira educação.
"O
dogma da ressurreição da carne
tem
sua base num erro de
tradução"
–
Sabe-se que S. Jerônimo é o
autor final dos Evangelhos que
nós conhecemos; mas esses livros
consagram erros notáveis que
mudaram até mesmo a
interpretação dos ensinos de
Jesus. Pode V. comentar alguns dos
erros inseridos na "Vulgata"?
Milton
– São vários os erros, alguns
por ignorância e outros por má
fé dos tradutores. Citaremos,
entre outros, um erro propositado.
Ei-lo: O versículo 46 do
capítulo 27 de Mateus é assim
redigido: "E, pela nona hora,
ouviu-se um grade brado: Eli, Eli,
lamma sabachthani", assim
traduzido: "Meu
Deus, meu Deus, por que me
abandonaste?"
Todos
os manuscritos gregos transcrevem
essas quatro palavras hebraicas e
essa transcrição é unânime,
mas a tradução da frase não é
"Meu Deus, meu Deus, por que
me abandonaste?", mas sim: "Meu
Deus, meu Deus, quanto me
glorificas!"
Ele,
o Mestre, sabia que "a dor é
uma bênção que Deus envia aos
eleitos" e o sofrimento,
"o cinzel oportuno que
burila, no granito de nossa
inferioridade, a grande obra do
futuro: o Espírito
redimido".
A
frase dita por Jesus no alto da
cruz era precisamente a fórmula
que terminava, nos Mistérios do
Egito, a prece de ação de
graças dos iniciados; numa
palavra, era ela sacramental e
fazia parte dos ritos misteriosos.
Parece-nos ter havido na
tradução oficial um contra-senso
propositado, porque as edições
que contêm esta tradução não
deixam de remeter o leitor ao
Salmo 22, versículo 2, que é:
"Ó meu Deus, ó meu Deus,
por que me abandonaste?" Esta
é exata, mas o texto original é
diferente do de Mateus. No de
Mateus está "sabachthani"
e no do Salmo, "hazabattva".
Houve
duas razões para o erro
premeditado: a primeira era
admitir que Jesus estivera entre
os egípcios; e a segunda, que o
livro de Mateus provava a
existência, no ensino crístico,
de uma doutrina secreta,
esotérica, que só devia ser
conhecida por certos iniciados.
Julgamos, contudo, inadmissível
que tenha lançado Jesus aquele
brado de desespero.
–
Como é a história relacionada
com Teodora que teria influenciado
a Igreja a abolir do seu
magistério a doutrina da
reencarnação?
Milton
– Em 553 d.C. o Imperador
Justiniano sugeriu à Igreja
Católica torná-la oficial, mas a
isto se opôs Teodora, amante do
Imperador, que não desejava
reencarnar, após sua morte, a fim
de responder por seus erros de
mulher de "maus
costumes". Não queria
voltar, pela reencarnação,
talvez como escrava, para sofrer
os rigores da lei de causa e
efeito, pois a Igreja pregava a
reencarnação...
O
Imperador desfez sua proposta,
dominado pela amante. Entretanto,
a Igreja, desejando passar de
perseguida a perseguidora, como
passou, e a História registra,
reuniu o 2o Concílio
de Constantinopla, que, embora sem
o quorum necessário, decretou a
derrogação da lei de
reencarnação, embora ela, a
reencarnação, esteja claramente
reconhecida em 30 passos
diferentes do Velho e do Novo
Testamento.
–
É verdade que o dogma da
ressurreição da carne tem sua
base num erro de tradução?
Milton
– Sim. Do estudo escriturístico
deduzimos duas coisas distintas: 1o)
a ressurreição (do Espírito),
que consistia no ressurgir do
Espírito depois da morte, saindo
do cadáver; 2o) a
reencarnação, ou o
"reviver" na carne, com
outro corpo, isto é, a volta à
vida corporal.
Pois
bem, a interpretação errada de
uma idéia tão simples fez com
que os "especialistas"
(os exegetas, os dogmatistas)
descobrissem uma ressurreição da
carne. Mas como não podiam negar
o fato concreto e expresso com
clareza meridiana, e como não
queriam admitir a reencarnação,
resolveram que a ressurreição da
carne se daria "ao final
dos tempos", ou seja, depois
que a Terra fosse aniquilada.
O
Credo da Igreja Católica, em
latim, diz "carnis
ressurrectionem"
(ressurreição da carne),
quando deveria ser "carne
ressurrectionem"
(ressurreição na carne),
isto é, em vez do genitivo carnis,
deveriam ter escrito o ablativo carne.
E daí a tradução que não
expressa a verdade.
Ao
encerrar-se o Concílio Vaticano
II, designou o Papa Paulo VI uma
comissão de peritos para proceder
a uma correção da Vulgata.
Tivemos, assim, uma Vulgata posta
em dia com a ciência bíblica
atual. Como temos observado, até
o Pai-Nosso foi modificado
(Mateus, 6:5-13). A oração
ensinada por Jesus termina no
versículo 13. Os versículos 14 e
15 não são palavras constantes
da oração dominical, são
observações feitas pelo Mestre.
A
segunda solicitação do Pai-Nosso
é a que cuida do corpo de
emoções, dizendo: "Et
dimitte nobis debita nostra, sicut
et nos dimittimus debitoribus
nostris" (E perdoa as nossas
dívidas, assim como nós
perdoamos aos nossos devedores).
Parece-nos que o vocábulo dívidas
incomodava, pois que lembra
dívidas cármicas, que nos
lembram carma, que, por sua vez,
nos recorda a reencarnação. Até
os espíritas já dizem o
Pai-Nosso de Paulo VI, diferente
do Pai-Nosso ditado aos
discípulos por Jesus!
–
Que motivos teria a Igreja para
abolir o ensino da reencarnação?
Milton
– Pelo que expusemos, dois
fatores levaram a Igreja à
decisão do 2o
Concílio de Constantinopla: 1o)
a grande campanha desencadeada por
Teodora – cortesã libidinosa,
amante do Imperador Justiniano e
posteriormente sua esposa –, que
não se conformava com a idéia de
ter de encarnar diversas vezes
para expiar seus crimes e pecados;
2o) a doutrina de céu
e inferno imediatos dava maior
poder ao clero em via de
consolidação. Uma vez
cristalizado, é muito difícil
modificar-se um dogma. Assim, até
hoje a Igreja condena a
reencarnação, pregada pelas mais
antigas religiões e filosofias do
mundo e que é uma lei tão
lógica e racional como são as
leis físicas, com os seus ciclos
de atividade e repouso, chamados
dia e noite. Extensamente popular
no Oriente, por longo tempo
permaneceu obscurecida no
Ocidente; hoje, porém, já se
está tornando natural e
conseqüente como é a certeza da
vida depois da morte do corpo
físico.
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