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Estudando a série André Luiz
Ano 1 - N° 6 - 23 de Maio de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

Nosso Lar
André Luiz

   (6ª Parte)  
  

Damos seqüência ao texto condensado do livro "Nosso Lar", de André Luiz, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicado pela editora da Federação Espírita Brasileira, o qual deu início à Série André Luiz.

Questões preliminares

A. Que é bônus-hora e para que serve ele?

R.: O bônus-hora foi definido por André Luiz como sendo uma espécie de ponto relativo a cada hora de serviço em benefício da comunidade. O bônus-hora exerce na vida em "Nosso Lar" um papel importante. Além de permitir a aquisição de certas utilidades necessárias aos habitantes da colônia, constitui um cabedal importante indispensável aos que necessitam interceder pelos familiares. (Nosso Lar, cap. 13, págs. 76 a 78.)

B. Em que condições André passou a trabalhar em "Nosso Lar"?

R.: Ele foi admitido no trabalho, não como médico, que fora na última existência na Terra, mas como aprendiz, e isso graças à intercessão de sua mãe e às preces das pessoas que ele, como médico, ajudara na existência recém-finda. (Nosso Lar, cap. 14, págs. 81 a 84)

C. Que destino teve no plano espiritual a família de André?

R.: A mãe e sua irmã Luísa, que desencarnara quando André era criança, estavam muito bem, mas seu pai, Laerte, se encontrava havia doze anos no Umbral, envolvido mentalmente por duas desventuradas criaturas, a quem fizera muitas promessas na Terra. De igual forma, encontravam-se também no Umbral suas irmãs Clara e Priscila. (Nosso Lar, cap. 16, págs. 91 e 92.)

D. Como era a casa de Laura e quem morava ali?

R.: A casa de Laura, mãe de Lísias, era bem graciosa. Cercada de colorido jardim e dotada de um ambiente simples e acolhedor, possuía móveis quase idênticos aos terrestres, alguns quadros de sublime significação espiritual e um piano de grandes proporções, sobre o qual repousava grande harpa talhada em linhas nobres e delicadas. Nela moravam, além de Lísias, duas filhas, Iolanda e Judite, e uma neta, Eloísa. (Nosso Lar, cap. 17, págs. 96 a 99.)

Texto para leitura

40. Bônus-hora – Definido por André Luiz como sendo uma espécie de ponto relativo a cada hora de serviço em benefício da comunidade, o bônus-hora exerce na vida em "Nosso Lar" um papel importante. O caso da mulher que, depois de seis anos em "Nosso Lar", só apresentava 304 bônus-hora, é nesse sentido expressivo. Ela queria ajudar os filhos encarnados na Terra, mas lhe faltavam condições efetivas e méritos, porque todos os serviços que Clarêncio lhe sugerira foram por ela recusados. Tendo preferido, ao trabalho, o descanso nos Campos de Repouso, faltavam-lhe agora bônus-hora suficientes para interceder pelos parentes. (Cap. 13, pp. 76 a 78)

41. O fracasso como médico – André Luiz quis trabalhar como médico na colônia, mas teve de ouvir de Clarêncio duras observações sobre as facilidades que teve na Terra e seu fracasso na medicina. Sua ação equivocada na Terra não lhe dava, pois, o direito de pleitear a mesma função na colônia. (Cap. 14, pp. 81 e 82)

42. A oportunidade de ser aprendiz – Clarêncio recordou-lhe, porém, que nos quinze anos de clínica ele havia proporcionado receituário gratuito a mais de seis mil necessitados e que 15 dentre os beneficiados oravam a seu favor. Tais solicitações, acrescidas da intercessão de sua mãe, colaboraram para que ele fosse admitido no trabalho, não como médico, mas como aprendiz. Ao ouvir essas palavras, pela primeira vez André Luiz chorou de alegria na colônia que o abrigara. (Cap. 14, pp. 83 e 84)

43. O encontro com a mãe – Olhos arregalados de alegria, André viu enfim sua mãe entrar em seu quarto, de braços estendidos. Abraços, beijos, os mais sagrados transportes de ventura espiritual, misturados a lágrimas de mãe e filho, envolveram a ambos. Depois de conversarem bastante, ela, ajeitando sua fronte em seus joelhos, afagou-o de leve, confortando-o à luz de santas recordações. A presença maternal constituía para André infinito reconforto para o coração. Vendo, porém, que ele manifestava vontade de queixar-se de seus sofrimentos, ela não deixou e pediu-lhe que mudasse a atitude mental. Suas palavras o despertaram... Parecia que fluidos vigorosos, partidos do sentimento materno, vitalizavam-lhe o coração. (Cap. 15, pp. 86 e 87)

44. A família – A mãe falou-lhe de seu pai, Laerte, que se encontrava há doze anos no Umbral, envolvido mentalmente por duas desventuradas criaturas, a quem fizera muitas promessas na Terra. Laerte não conseguia vê-la quando o visitava. Tendo gasto muitos anos a fingir, viciara de tal modo a visão espiritual e restringira o padrão vibratório, que agora se achava só em companhia das relações que cultivara irrefletidamente, pela mente e pelo coração. As irmãs Clara e Priscila também viviam no Umbral, agarradas à crosta da Terra. Apenas Luísa, que desencarnou quando André era pequeno, a auxiliava no amparo à família. (Cap. 16, pp. 91 e 92)

45. A casa de Laura – Admitido como aprendiz em "Nosso Lar", após receber alta do tratamento ministrado pelo médico Henrique de Luna, André foi convidado a morar em casa de Laura, mãe do seu amigo Lísias. Uma pequena caderneta, entregue por Clarêncio, lhe daria direito de ingressar, durante um ano, nos Ministérios do Auxílio, da Regeneração, da Comunicação e do Esclarecimento. A casa de Laura era bem graciosa e cercada de colorido jardim. Ambiente simples e acolhedor, possuía móveis quase idênticos aos terrestres, quadros de sublime significação espiritual e um piano de grandes proporções, sobre o qual repousava grande harpa talhada em linhas nobres e delicadas. Laura vivera em antiga cidade do Estado do Rio de Janeiro e na casa moravam, além de Lísias, duas filhas, Iolanda e Judite, e uma neta, Eloísa. (Cap. 17, pp. 96 e 97)

46. Livros e música – Iolanda mostrou a André livros maravilhosos. A arte fotográfica naquele plano surpreendeu-o muito. Um grande aparelho irradiava música suave. Era o louvor do momento crepuscular. No fundo surgiu o mesmo quadro da Governadoria, que ele não se cansava de contemplar todas as tardes, no parque hospitalar. (Cap. 17, pp. 98 e 99)

47. Hora da refeição – Após a oração, Laura serviu um caldo reconfortante e frutas perfumadas, que mais pareciam concentrados de fluidos deliciosos. Explicou-se então que todos os Ministérios em "Nosso Lar" valiam-se da alimentação, diferindo apenas a feição substancial. Na Comunicação e no Esclarecimento havia enorme dispêndio de frutos. Na Elevação, o consumo de sucos e concentrados não era pequeno. E na União Divina, os fenômenos de alimentação atingiam o inimaginável. (Cap. 18, pp. 100 e 101)

48. A neta desencarnada – Eloísa, neta de Laura, desencarnada há poucos dias, estava ainda em processo de recuperação, visto que viera do Umbral, onde estivera por quinze dias, diretamente para a casa de Laura. Ela alimentava-se a sós, porquanto continuava nervosa e abatida. Laura explicou a André que não se deve trazer à mesa qualquer pessoa que se manifeste perturbada ou desgostosa. A neurastenia e a inquietação emitem fluidos pesados e venenosos, que se misturam automaticamente aos alimentos. A neta chorava ainda muito e Laura lhe dava conselhos diretos e muito francos sobre o noivo que ficara e que já estava namorando Maria da Luz, amiga de Eloísa. (Cap. 19, pp. 107 a 109)

Frases e apontamentos importantes

LXXIV. Em família, isolamo-nos freqüentemente no cadinho do sangue e esquecemos o resto das obrigações. Vivemos distraídos dos verdadeiros princípios de fraternidade. (Lísias, cap. 23, pág. 128)

LXXV. Tal como na Terra, em "Nosso Lar" os que se afinam perfeitamente entre si podem permutar pensamentos, sem as barreiras idiomáticas; mas, de modo geral, não podemos prescindir da forma, no lato sentido da expressão. (Lísias, cap. 24, pp. 132 e 133)

LXXVI. A humanidade carnal, como personalidade coletiva, está nas condições do homem insaciável que devorou excesso de substâncias no banquete comum. A crise orgânica é inevitável. Nutriram-se várias nações de orgulho criminoso, vaidade e egoísmo feroz. Experimentam, agora, a necessidade de expelir os venenos letais. (Lísias, cap. 24, pág. 135, falando sobre a iminência da 2a Guerra Mundial)

LXXVII. A curiosidade, mesmo sadia, pode ser zona mental muito interessante, mas perigosa, por vezes. (Laura, cap. 25, pág. 137)

LXXVIII. Ao invés de albergar a curiosidade, medite no trabalho e atire-se a ele na primeira ocasião que se ofereça. Aprenda a construir o seu círculo de simpatias e não olvide que o espírito de investigação deve manifestar-se após o espírito de serviço. (Laura, cap. 25, pág. 138)

LXXIX. Muitos fracassos, nas edificações do mundo, originam-se de semelhante anomalia. Todos querem observar, raros se dispõem a realizar. Somente o trabalho digno confere ao espírito o merecimento indispensável a quaisquer direitos novos. (Laura, cap. 25, pág. 138)

LXXX. Não se considere humilhado por atender às tarefas humildes. Na Terra, o maior trabalhador é o próprio Cristo e Ele não desdenhou o serrote pesado de uma carpintaria. (Laura, cap. 25, pág. 138)

LXXXI. A ciência de recomeçar é das mais nobres que nosso espírito pode aprender. São muito raros os que a compreendem na crosta. Lembremos, contudo, o exemplo de Paulo de Tarso, que voltou, um dia, ao deserto para recomeçar a experiência humana, como tecelão rústico e pobre. (Laura, cap. 25, pág. 139)

LXXXII. Trabalhe para o bem dos outros, para que possa encontrar seu próprio bem. (Laura, cap. 25, pág. 140)

LXXXIII. Quando o discípulo está preparado, o Pai envia o instrutor. O mesmo se dá, relativamente ao trabalho. Quando o servidor está pronto, o serviço aparece. (Genésio, cap. 26, pág. 143)

LXXXIV. Nos círculos carnais, costumamos felicitar um homem quando ele atinge prosperidade financeira ou excelente figuração externa; mas, aqui a situação é diferente. Estima-se a compreensão, o esforço próprio, a humildade sincera. (Genésio, cap. 26, pág. 144)

LXXXV. Por que teria o Ribeiro piorado tanto? O Assistente Gonçalves esclareceu que a carga de pensamentos sombrios emitidos pelos parentes encarnados era a causa fundamental desse agravo de perturbação. (Uma ajudante a Tobias, cap. 27, pág. 147)

LXXXVI. O homem encontra na vida real o que amontoou para si mesmo. Nosso Ribeiro deixou-se empolgar por numerosas ilusões. (Tobias, cap. 27, pág. 148)

LXXXVII. Os contrabandistas na vida eterna são todos aqueles que acreditam que as mercadorias propriamente terrestres têm o mesmo valor nos planos do Espírito. supõem que o prazer criminoso, o poder do dinheiro, a revolta contra a lei e a imposição dos caprichos atravessarão as fronteiras do túmulo e vigorarão aqui também. São negociantes imprevidentes. Esqueceram-se de cambiar as posses materiais em créditos espirituais, não se animaram a adquirir os valores da espiritualidade. Temos então os milionários das sensações físicas transformados em mendigos da alma. (Tobias, cap. 27, pp. 149 e 150)

LXXXVIII. Os crentes negativos são os que, ao invés de aceitarem o Senhor, eram vassalos intransigentes do egoísmo; ao invés de crerem na vida, no movimento, no trabalho, admitiam somente o nada, a imobilidade e a vitória do crime. Converteram a experiência humana em constante preparação para um grande sono e, como não tinham qualquer idéia do bem, a serviço da coletividade, não há outro recurso senão dormirem longos anos, em pesadelos sinistros. (Tobias, cap. 27, pág. 150) (Continua no próximo número.)



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 Revista Semanal de Divulgação Espírita