Paulo indaga:
Como o Espiritismo vê o
alcoolismo e suas causas?
No meio
espírita, já faz muito tempo, é
conhecida a relação que existe
entre o vício do alcoolismo e a
obsessão.
No capítulo de
abertura do livro Diálogo dos
Vivos, publicado mais de
trinta anos atrás, Herculano
Pires escreveu que a obsessão
mundial pelo álcool, no plano
humano, corresponde a um quadro
apavorante de vampirismo no plano
espiritual.
O fato é de
fácil compreensão. A
dependência do álcool prossegue
além-túmulo e, como o Espírito
não pode obtê-lo no plano
extrafísico em que agora reside,
ele só consegue satisfazer a sua
compulsão pela bebida
associando-se a um encarnado que
beba, como André Luiz mostra em
sua obra psicografada pelo médium
Francisco Cândido Xavier.
Cornélio
Pires, o poeta caipira, valendo-se
da mediunidade de Chico Xavier,
disse certa vez a um amigo, que o
consultou sobre o tema, que
cachaça "recorda simples
tomada que liga na
obsessão". E, concluindo sua
mensagem, vazada em trovas,
afirmou: "Eis no Além o que
se vê, seja a pinga como for,
enfeitada ou caipira, é laço de
obsessor".
É
exatamente esse vampirismo
espiritual que explica o motivo de
ser o alcoolismo considerado uma
doença progressiva e incurável,
segundo a Organização Mundial de
Saúde.