MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
Nosso
Lar
André Luiz
(9ª Parte)
Damos
seqüência ao texto condensado do
livro "Nosso Lar", de
André Luiz, psicografado pelo médium
Francisco Cândido Xavier e
publicado pela editora da Federação
Espírita Brasileira, o qual deu
início à Série André Luiz.
Questões
preliminares
A. Como a
justiça divina encara o
infanticídio?
R.:
Severamente. E isso é comprovado
com o caso de uma ex-profissional
de ginecologia que na Terra agiu a
serviço do infanticídio. Viam-se
no seu corpo espiritual 58 manchas
escuras que, segundo André Luiz,
representavam crianças
assassinadas ao nascerem, umas por
golpes esmagadores, outras por
asfixia. A situação dela era
pior que a dos suicidas e
homicidas, porquanto nem mesmo
remorso sentia. Era preciso,
então, deixá-la entregue à
própria sorte, fora dos muros da
colônia espiritual. (Nosso
Lar, cap. 31, págs. 170 a 173.)
B. Qual a
finalidade dos salões verdes
existentes em "Nosso
Lar"?
R.. Os salões
verdes foram criados em Nosso
Lar por iniciativa de
Veneranda. Entre fileiras de
árvores, bancos naturais cobertos
de relva formavam salas de aula ao
ar livre. No Ministério do
Esclarecimento, Veneranda instalou
um verdadeiro castelo de
vegetação em forma de estrela,
dentro do qual se abrigavam cinco
numerosas classes de aula e cinco
instrutores diferentes. No centro,
um enorme aparelho, que lembrava o
cinema da Terra, permitia fazer
cinco projeções variadas,
simultaneamente. O maior e o mais
belo recinto do Ministério da
Regeneração é o destinado às
palestras do Governador,
construído à maneira do gosto
helênico e coberto de flores que
se revezam de trinta em trinta
dias. Nele cabem confortavelmente
mais de trinta mil pessoas. (Nosso
Lar, cap. 32, págs. 175 a 178.)
C. Quem é
Veneranda?
R.: Veneranda
era, na época em que este livro
foi escrito, a entidade com maior
número de horas de serviço em Nosso
Lar, onde se encontrava em
tarefa ativa havia mais de
duzentos anos. Era também a
figura mais antiga do Governo e do
Ministério em geral, a quem os
ministros da Regeneração sempre
ouviam antes de tomar qualquer
providência de vulto. Veneranda e
o Governador eram as duas únicas
entidades, na Colônia, que haviam
visto Jesus nas Esferas
Superiores. (Nosso Lar, cap.
32, págs. 178 e 179.)
D. Existem fantasmas
em "Nosso Lar"?
R.: Claro que
não. A pergunta origina-se do
seguinte fato: André observava
com surpresa as árvores frondosas
e acolhedoras que cercavam o
caminho que leva ao grande portão
das Câmaras de Retificação. De
repente, viu dois vultos estranhos
que lhe pareceram autênticos
fantasmas. Cabelos eriçados, ele
voltou correndo ao recinto e
expôs a ocorrência a Narcisa,
que mal conteve o riso. André
tinha visto dois companheiros
encarnados e se assustou com isso.
(Nosso Lar, cap. 33, págs. 180
a 183.)
Texto para
leitura
65. Desequilibrados
do sexo – Quando ia atender
a dois enfermos no Pavilhão 11,
André escutou gritaria próxima.
Fez então instintivo movimento de
aproximação, mas Narcisa o
deteve dizendo: "Não
prossiga; localizam-se ali os
desequilibrados do sexo. O quadro
seria extremamente doloroso para
seus olhos. Guarde essa emoção
para mais tarde". (Cap. 31,
pág. 168)
66. A
profissional do infanticídio
– Uma mulher pedia
insistentemente socorro, no grande
portão que dá acesso aos campos
de cultura. Coberta de andrajos,
rosto horrendo, pernas em chaga
viva, a infeliz denotava
necessidades extremas de ser
amparada. Narcisa rogou o auxílio
de Irmão Paulo, orientador dos
vigilantes, que informou que a
mulher não poderia, por enquanto,
receber socorro. "Trata-se de
um dos mais fortes vampiros que
tenho visto até hoje. É preciso
entregá-la à própria
sorte", acrescentou o
orientador, esclarecendo que
estavam "numa casa de
trabalho, onde os doentes
reconhecem o seu mal e tentam
curar-se". Explicou-se então
o significado das 58 manchas
escuras no corpo da infeliz. Os
pontos escuros representavam
crianças assassinadas ao
nascerem, umas por golpes
esmagadores, outras por asfixia. A
mulher fora uma profissional de
ginecologia, a serviço do
infanticídio. A situação dela
é pior que a dos suicidas e
homicidas. Nem mesmo remorso ela
apresentava e, ao ver que não
seria admitida em "Nosso
Lar", começou a imprecar, a
blasfemar e a ofender os
atendentes. Quando seu olhar
passou a destilar ódio e cólera,
perdeu o aspecto de enferma
ambulante, retirando-se a passo
firme como quem permanece
absolutamente senhor de si. (Cap.
31, pp. 170 a 173)
67. Os
salões verdes – Por
iniciativa de Veneranda, foram
criados em "Nosso Lar"
os salões verdes, a serviço da
educação. Entre fileiras de
árvores, bancos naturais cobertos
de relva formavam salas de aula ao
ar livre. Havia 40 anos que o
projeto fora iniciado e surgiram
recintos de igual natureza em
todos os Ministérios, inclusive
no da União Divina. No
Esclarecimento, Veneranda instalou
um verdadeiro castelo de
vegetação em forma de estrela,
dentro do qual se abrigavam cinco
numerosas classes de aula e cinco
instrutores diferentes. No centro,
um enorme aparelho, que lembra o
cinema da Terra, permitia fazer
cinco projeções variadas,
simultaneamente. O maior e o mais
belo recinto do Ministério da
Regeneração é o destinado às
palestras do Governador,
construído à maneira do gosto
helênico e coberto de flores que
se revezam de trinta em trinta
dias. Nele cabem confortavelmente
mais de trinta mil pessoas. (Cap.
32, pp. 175 a 178)
68. Veneranda
– Veneranda é a entidade com
maior número de horas de serviço
em "Nosso Lar", onde se
encontra em tarefa ativa há mais
de duzentos anos. É também a
figura mais antiga do Governo e do
Ministério em geral. Os Ministros
da Regeneração sempre a ouvem
antes de tomar qualquer
providência de vulto. Em
numerosos processos, a
Governadoria também se socorre de
seus pareceres. Veneranda e o
Governador são as duas únicas
entidades, em "Nosso
Lar", que já viram Jesus nas
Esferas Superiores. Há quatro
anos, a colônia amanheceu em
festa, porque as Fraternidades da
Luz, que regem os destinos
cristãos da América, a
homenagearam conferindo-lhe a
medalha do Mérito de Serviço,
por haver completado um milhão de
horas de trabalho útil, sem
interromper, sem reclamar e sem
esmorecer. Sua permanência em
"Nosso Lar" se dá por
espírito de amor e sacrifício.
Veneranda vinha trabalhando, havia
mais de mil anos, pelo grupo de
corações bem-amados que ainda
demoravam na Terra, e os esperava
com paciência. (Cap. 32, pp. 178
e 179)
69. Fantasmas
em "Nosso Lar" –
André observava com surpresa as
árvores frondosas e acolhedoras
que cercavam o caminho que leva ao
grande portão das Câmaras de
Retificação. De repente, viu
dois vultos estranhos que pareciam
autênticos fantasmas. Cabelos
eriçados, ele voltou correndo ao
recinto e expôs a ocorrência a
Narcisa, que mal conteve o riso.
André tinha visto dois
companheiros encarnados. O longo
fio que se escapava da cabeça,
nos dois vultos, era o que os
diferencia dos desencarnados.
Narcisa aproveitou para dizer que
os encarnados que conseguem
atingir aquelas paragens são
criaturas extraordinariamente
espiritualizadas, apesar de, às
vezes, obscuras ou humildes na
Terra. Os companheiros estavam
envolvidos em claridade azul e
isso, para Narcisa, significava
sinal de elevação. (Cap. 33, pp.
180 a 183)
Frases e
apontamentos importantes
CXIX. Tabelas,
quadros, pagamentos são
modalidades de experimentação
dos administradores, a que o
Senhor concedeu a oportunidade de
cooperar nas Obras Divinas da
Vida, assim como concede à
criatura o privilégio de ser pai
ou mãe, por algum tempo, na Terra
e noutros mundos. (Mãe de André
Luiz, cap. 36, pág. 199)
CXX. Toda
compensação exterior afeta a
personalidade em experiência; mas
todo valor de tempo interessa à
personalidade eterna, aquela que
permanecerá sempre em nossos
círculos de vida, em marcha para
a glória de Deus. É por essa
razão que o Altíssimo concede
sabedoria ao que gasta tempo em
aprender e dá mais vida e mais
alegria aos que sabem
renunciar!... (Mãe de André
Luiz, cap. 36, pág. 199)
CXXI. Essas
aulas (referia-se à conferência
de Veneranda) são ouvidas somente
pelos espíritos sinceramente
interessados. Os instrutores,
aqui, não podem perder tempo. (Tobias,
cap. 37, pág. 200)
CXXII. Aos
administradores em geral incumbe a
obrigação de contar o tempo de
serviços, mas, quanto ao valor
essencial do aproveitamento justo,
só mesmo as Forças Divinas podem
determinar com exatidão. Há
servidores que, depois de quarenta
anos de atividade especial, dela
se retiram com a mesma
incipiência da primeira hora,
provando que gastaram tempo sem
empregar dedicação espiritual. (Tobias,
cap. 37, pág. 201)
CXXIII. Cada
filho acerta contas com o Pai,
conforme o emprego da
oportunidade, ou segundo suas
obras. (Tobias, cap. 37, pág.
201)
CXXIV. O
pensamento é a base das
relações espirituais dos seres
entre si, mas não olvidemos que
somos milhões de almas dentro do
Universo, algo insubmissas ainda
às leis universais. (Veneranda,
cap. 37, pág. 203)
CXXV. Uma
existência secular, na carne
terrestre, representa período
demasiadamente curto para
aspirarmos à posição de
cooperadores essencialmente
divinos. (Veneranda, cap. 37, pp.
203 e 204)
CXXVI. Somos
admitidos aos cursos de
espiritualização nas diversas
escolas religiosas do mundo, mas
com freqüência agimos
exclusivamente no terreno das
afirmativas verbais. Ninguém,
todavia, atenderá ao dever apenas
com palavras. (Veneranda, cap. 37,
pág. 204)
CXXVII. Uma
idéia criminosa produzirá
gerações mentais da mesma
natureza; um princípio elevado
obedecerá à mesma lei.
Recorramos a símbolo mais
simples. Após elevar-se às
alturas, a água volta purificada,
veiculando vigorosos fluidos
vitais, no orvalho protetor ou na
chuva benéfica; conservemo-la com
os detritos da terra e fá-la-emos
habitação de micróbios
destruidores. O pensamento é
força viva, em toda parte; é
atmosfera criadora que envolve o
Pai e os filhos, a Causa e os
Efeitos, no Lar Universal.
(Veneranda, cap. 37, pág. 204)
CXXVIII. Nas
mentes evolvidas, entre os
desencarnados e encarnados, basta
o intercâmbio mental sem
necessidade das formas, e é justo
destacar que o pensamento em si é
a base de todas as mensagens
silenciosas da idéia, nos
maravilhosos planos da intuição,
entre os seres de toda espécie.
Dentro desse princípio, o
espírito que haja vivido
exclusivamente em França poderá
comunicar-se no Brasil, pensamento
a pensamento, prescindindo de
forma verbalista especial, que,
nesse caso, será sempre a do
receptor; mas isso também exige a
afinidade pura. Não estamos,
porém, nas esferas de absoluta
pureza mental, onde todas as
criaturas têm afinidades entre
si. (Veneranda, cap. 37, pág.
205)
CXXIX.
Veneranda costuma afirmar que as
preleções evangélicas
começaram com Jesus, mas ninguém
pode saber quando e como
terminarão. (Narcisa, cap. 37,
pág. 206)
CXXX. Entre o
irracional e o homem há enorme
série gradativa de posições.
Assim, também, entre nós outros,
o caminho até o anjo representa
imensa distância a percorrer.
Ora, como podemos aspirar à
companhia de seres angélicos, se
ainda não somos nem mesmo
fraternos uns com os outros? (Tobias,
cap. 38, pág. 209)
CXXXI. Graças
a Jesus e a Hilda, aprendi que há
casamento de amor, de
fraternidade, de provação, de
dever... O matrimônio espiritual
realiza-se alma com alma,
representando os demais simples
conciliações indispensáveis à
solução de necessidades ou
processos retificadores, embora
todos sejam sagrados. (Luciana,
cap. 38, pág. 212)
CXXXII. O
casamento, aqui, se processa pela
combinação vibratória, ou, para
ser mais explícito, pela
afinidade máxima ou completa. (Tobias,
cap. 38, pág. 212)
CXXXIII. Se os
consortes padecem inquietação,
desentendimento, tristeza, estão
unidos fisicamente, mas não
integrados no matrimônio
espiritual. (Luciana, cap. 38, pp.
212 e 213) (Continua
no próximo número.)
|