ÉDO MARIANI
edo@edomariani.com.br
Matão, SP
(Brasil)
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Buscar o melhor
–
aproveitar o
tempo
Em estudo de o
livro
Obreiros da Vida
Eterna, de
autoria do
Espírito André
Luiz,
psicografado por
Chico Xavier,
alertou-nos a
orientação do
benfeitor
Jerônimo por
tratar-se de
séria
advertência, e
desejamos
partilhá-la com
os nossos caros
leitores.
No capítulo II,
denominado
“Santuário da
Bênção”, nos
traz precioso
ensinamento
quando trata dos
frequentadores
da instituição
por ele
dirigida:
“Procura-se
então o
Santuário, sem
qualquer
preparação
íntima.
Nossos amigos
prosseguem
repetindo o
cenário da
Crosta, em que
os devotos
procuram os
templos, como os
negociantes
buscam mercados”
(grifos nossos).
Diante de
observações tão
claras e sérias,
achamos
importante que
nós atentemos
para o fato de
que a maioria da
humanidade
também procura
as instituições
religiosas na
busca de
encontrar
soluções rápidas
para as suas
dificuldades,
ligadas aos
interesses de
ordem material
ou simplesmente
para cumprirem
uma obrigação,
aguardando que
tal procedimento
seja suficiente
para receberem o
amparo desejado
da parte dos
benfeitores
espirituais.
Uma vez
presumido haver
amainado ou
resolvido seus
problemas,
retornam à mesma
vivência
anterior, sem
nenhuma
preocupação com
os ensinamentos
recebidos.
Raros são os que
despertam para o
verdadeiro
sentido da
existência. São
criaturas ainda
envolvidas com
as facilidades
materiais que a
vida proporciona
aos incautos que
permanecem
sedentos da
satisfação
proporcionada
pelos prazeres
ligados
exclusivamente
ao mundo
material.
Verifica-se que
muitos espíritas
também assim
procedem.
Admiram as
palestras, e os
bons
palestrantes;
retiram-se da
Casa Espírita
felizes e
convencidos de
que cumpriram
com o seu papel
de bons
Espíritas.
Não se
preocupam, no
entanto, em se
esforçarem em
tomar posição
para as mudanças
necessárias ao
bom
aproveitamento
da existência
terrena.
Procedem como
muitos dos
profitentes de
qualquer outro
credo religioso.
Não assumem
responsabilidade
com o trabalho
educativo
voltado para a
conscientização
da prática do
bem e do amor ao
próximo como
aprendemos com
Jesus.
Agem
diferentemente
do cego de
Jericó. Este,
que andava pelas
estradas e
aldeias
suplicando o
necessário para
viver, buscava
também solução
para os seus
problemas de
ordem
espiritual.
No entanto,
quando teve
notícias de
Jesus; quando
soube dos
prodígios que
realizava; de
Suas curas, não
só das doenças
do corpo, mas
também da alma,
como aconteceu
com Maria
Madalena, a
mulher
equivocada;
Zaqueu, o
publicano; Levi,
o cobrador de
impostos; entre
muitos outros e
diante dos Seus
ensinamentos e
atitudes que a
todos encantava
por seu amor à
humanidade
sofredora, não
teve dúvidas em
buscá-lo.
Quando teve
conhecimento que
Jesus caminhava
em sua direção,
mesmo sem vê-Lo,
gritou: “Jesus,
Filho de David,
tem compaixão de
mim”. Muitos da
multidão que o
acompanhavam,
julgando que ele
estivesse
perturbando o
ambiente com
seus gritos,
tentaram
impedi-lo de
continuar a
clamar, mas
cheio de
confiança
gritava mais
alto: “Jesus,
Filho de David,
tem compaixão de
mim”.
Jesus, ouvindo o
seu clamor,
aproximou-se,
repreendeu os
que o impediam
de se aproximar
e perguntou:
“Que queres que
te faça?” e ele,
rapidamente, sem
titubear, lançou
longe a capa que
portava e
respondeu: “Que
eu veja,
Senhor!” Só
desejava o que
presumia ser o
mais importante
para sua vida, a
visão. Ele
queria ver para
ser
independente.
Ganhar o pão com
o seu trabalho,
ser digno e
renovar sua
vida. Passou a
seguir Jesus.
Estava renovado
espiritualmente.
Ao influxo dos
ensinamentos de
Jesus
compreendeu o
porquê da Vida e
não mais deixou
de acompanhá-lo.
Esta é a parte
mais
interessante da
história de
Bartimeu. Cheio
de
reconhecimento
pelo benefício
recebido,
transformou sua
Vida. Tornou-se
um homem
renovado.
O exemplo de
Bartimeu é muito
importante para
todos.
Aprendemos com
ele que é
preciso nos
despojarmos da
capa dos velhos
costumes,
hábitos,
procedimentos,
pensamentos e
sentimentos
deteriorados que
trazemos de
muito longe.
Renovação e
mudanças são as
palavras de
ordem.
Quantos de nós
que recebemos
dádivas,
favores,
esclarecimentos
e orientações
doutrinárias a
respeito de
nossos deveres,
com o
conhecimento das
lições do
Espiritismo, não
notamos que com
tais verdades
nossa
responsabilidade
fica mais
comprometida?
Pois agora
sabemos por que
nascemos e quais
os objetivos de
existirmos na
Terra. Não
harmoniza com a
nova doutrina o
indiferentismo
às mudanças
necessárias
daqui para
frente, a
exemplo de
Bartimeu. É
tempo de
despertar e
buscar
aproveitar o
tempo que ainda
nos resta na
presente
existência,
pois, segundo
Emmanuel nos
ensina: sempre é
tempo de
começar, mas é
importante
começarmos ainda
hoje porque
amanhã pode ser
tarde.