GEBALDO JOSÉ DE
SOUSA
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás
(Brasil)
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Atributos do
Espírito
Nem sempre nos
apercebemos das
concessões do
Pai de Amor a
todos nós; nem a
importância de
cada uma delas
para nossa
evolução, como
Espíritos
imortais.
Talvez, por
isso, não as
valorizemos,
como necessário,
sobretudo para
desenvolver todo
nosso potencial,
de forma
consciente.
Quando privados
delas, é que nos
damos conta de
seus verdadeiros
sentidos. Assim,
listamos alguns
dos
significativos
atributos do
Espírito:
– Consciência de
si mesmo;
– Inteligência;
– Visão;
– Audição;
– Pensamento e
liberdade de
pensar;
– Escrita
direta;
– Vontade;
–
Livre-arbítrio;
– Intuição;
– Sexo;
– Mediunidade.
·
Em O Livro
dos Espíritos:
“(...) É a
consciência de
si mesmo que
constitui o
principal
atributo do
Espírito (...)”.
1
O espírito é
sinônimo de
inteligência?
“A
inteligência é
um atributo
essencial do
espírito,
mas ambos se
confundem num
princípio comum,
de sorte que,
para vós, são a
mesma coisa.”
2
“(...) No
Espírito, como
a faculdade
de ver é um
atributo próprio,
(...) a visão
independe da
luz.
(...)” 3
O Espírito
percebe os sons?
“Sim, e percebe
até mesmo os
sons que os
vossos sentidos
obtusos são
incapazes de
perceber.”
4
No Espírito, a
faculdade de
ouvir está em
todo o seu ser,
como a de ver?
“Todas as
percepções são
atributos do
Espírito e
fazem parte do
seu ser. Quando
está revestido
de um corpo
material, elas
só lhe chegam
pelo conduto dos
órgãos; mas,
no estado de
liberdade,
deixam de estar
localizadas.”
5
·
Há preciosos
registros em
O Livro dos
Médiuns:
“O pensamento
é um dos
atributos do
Espírito”.
6
“(...) a
possibilidade de
escrever sem
intermediário
é um dos
atributos do
Espírito;
(...).” 7
“A
vontade é
atributo
essencial do
Espírito,
isto é, do ser
pensante.
(...) a
vontade é
atributo do
Espírito
encarnado, tanto
quanto do
Espírito
errante.” 8
·
Eis o que
encontramos em
A Gênese:
“A
inteligência
se revela por
atos
voluntários,
refletidos,
premeditados,
combinados, de
acordo com a
oportunidade das
circunstâncias.
É
incontestavelmente
um atributo
exclusivo da
alma”. 9
·
Em O Que é
o Espiritismo
(esclarecimentos
de Kardec a um
abade):
“A liberdade de
consciência é
consequência da
liberdade de
pensar, que
é um dos
atributos do
homem; (...)”.
10
·
Do livro
Sexo e Destino:
“Entre os
Espíritos
desencarnados, a
partir daqueles
de evolução
mediana, o
sexo é
categorizado por
atributo divino
na
individualidade
humana, qual
ocorre com a
inteligência,
com o
sentimento,
com o
raciocínio e
com
faculdades
outras, até
agora menos
aplicadas nas
técnicas da
experiência
humana.
Quanto mais se
eleva a
criatura, mais
se capacita de
que o uso do
sexo demanda
discernimento
pelas
responsabilidades
que acarreta”.
11
·
MEDIUNIDADE:
“Sendo luz que
brilha na vida,
a mediunidade
é
atributo do
espírito,
patrimônio da
alma imortal,
elemento
renovador da
posição
evolutiva da
criatura
terrena,
enriquecendo
todos os seus
valores no
capítulo do
sentimento e da
inteligência,
sempre que se
encontre ligada
aos princípios
evangélicos na
sua trajetória
pela face do
mundo”.’12
“A aura é (...)
a nossa
plataforma
onipresente em
toda comunicação
com as rotas
alheias (...)
É por essa
couraça
vibratória,
espécie de
carapaça
fluídica, em que
cada consciência
constrói o seu
ninho ideal, que
começaram todos
os serviços da
mediunidade na
Terra,
considerando-se
a mediunidade
como
atributo do
homem encarnado
para
corresponder-se
com os homens
liberados do
corpo físico.”
13
“Mediunidade não
é disposição da
carne
transitória e
sim expressão do
Espírito
imortal.”
14
“Q. 382 - Qual a
verdadeira
definição da
mediunidade?
– A mediunidade
é aquela luz que
seria derramada
sobre toda carne
e prometida pelo
Divino Mestre
aos tempos do
Consolador,
atualmente em
curso na Terra.
A missão
mediúnica, se
tem os seus
percalços e as
suas lutas
dolorosas, é uma
das mais belas
oportunidades de
progresso e de
redenção
concedidas por
Deus aos seus
filhos
misérrimos.
Sendo luz que
brilha na carne,
a mediunidade
é atributo do
Espírito,
patrimônio da
alma imortal,
elemento
renovador da
posição moral da
criatura
terrena,
enriquecendo
todos os seus
valores no
capítulo da
virtude e da
inteligência,
sempre que se
encontre ligada
aos princípios
evangélicos na
sua trajetória
pela face do
mundo.” 15
·
Ela é
atributo do
Espírito,
mas radica-se no
organismo:
“A mediunidade é
faculdade da
alma, que se
reveste de
células no
corpo, a fim de
permitir a
decodificação da
onda do
pensamento
procedente de
outra dimensão,
para torná-la
entendimento
objetivo.
Allan Kardec
informa que se
trata de uma
faculdade que
todos os seres
humanos possuem,
em diferentes
graus de
percepção,
como uma certa
predisposição
orgânica,
sendo raro
aquele que não
lhe possua
qualquer
rudimento”.
16
“(...) a
mediunidade é
inerente a uma
disposição
orgânica,
de que todo
homem pode ser
dotado, como da
de ver, ouvir,
falar.” 17
“Q. 383 – É
justo
considerarmos
todos os homens
como médiuns?
– Todos os
homens têm o seu
grau de
mediunidade,
nas mais
variadas
posições
evolutivas, e
esse atributo do
espírito
representa,
ainda, a
alvorada de
novas percepções
para o homem do
futuro, quando,
pelo avanço da
mentalidade do
mundo, as
criaturas
humanas verão
alargar-se a
janela acanhada
dos seus cinco
sentidos.
(...).” 18
“– Todas as
criaturas
terrestres –
Espíritos
reencarnados que
são – possuem
percepção
mediúnica, que o
futuro se
encarregará de
estudar com
seriedade, a
fim de ser
utilizada com
elevação,
tornando-se um
sentido a mais
que será
conquistado a
pouco e pouco,
lentamente
incorporando-se
aos demais
sensoriais. O
eminente
Codificador
informou que
a mediunidade
radica-se no
organismo,
sendo, portanto,
uma conquista do
processo
evolutivo para
facilitar o
crescimento do
Espírito, que no
corpo imprimiu
essa função.”
19
“A mediunidade
foi, para o
mundo
espiritual, o
que o telescópio
representou para
o mundo astral e
o microscópio
para o dos
infinitamente
pequenos.”
20
*
A mediunidade,
entre os
atributos do
Espírito, é uma
das infinitas
dádivas a nós
concedidas pelo
Criador e Pai
Nosso.
A evolução da
mediunidade nos
seres humanos
dar-nos-á novas
percepções, hoje
não apreendidas
pelos seres
encarnados.
Vemos, pois, que
há muito a
aprender sobre
os atributos do
Espírito; sobre
o corpo
espiritual,
instrumento
fundamental para
que, pela
mediunidade,
tenhamos
notícias do
Plano Espiritual
e de nossas
relações com os
Espíritos, a nos
favorecer a
evolução de
forma
consciente!
(Todos os grifos
são nossos.)
Referências:
1.
KARDEC, Allan.
O Livro dos
Espíritos.
Trad. Evandro
Noleto Bezerra.
2. ed. – 1ª
reimpressão Rio
de Janeiro: FEB,
2011. Livro 2,
cap. 11, Q. 600,
p. 388.
2.
______, ______.
Livro I, cap. 2,
Q. 24, p. 88.
3.
______, ______.
Livro II, cap.
VI, Q. 247, p.
221.
4.
______, ______.
Livro II, cap.
VI, Q. 249, p.
222.
5.
______, ______.
Livro II, cap.
VI, Q. 249-a, p.
222.
6.
______. O Livro
dos Médiuns.
Trad. Evandro
Noleto Bezerra.
Rio de Janeiro:
FEB, 2009, pt.
1, cap. 2, it.
7, p. 32.
7.
______. ______.
pt. 2, cap. XII,
it. 147, p. 245.
8.
______, ______.
pt. 2, cap.
VIII, it. 131,
p. 216.
9.
______. A
Gênese.
Trad. Evandro
Noleto Bezerra.
2. ed. Brasília:
FEB, 2013, cap.
3, it.
12, p. 66.
10.
______. O Que
é o Espiritismo.
50. ed.
Brasília: FEB,
2004. Cap. 1,
Terceiro diálogo
– O Padre, p.
123.
11.
XAVIER,
Francisco. C. e
VIEIRA, Waldo.
Sexo e
Destino.
Pelo Espírito
André Luiz. 13.
ed. Brasília:
FEB, 1987. Cap.
9, p. 272.
12.
XAVIER,
Francisco C.
Visão Nova.
Pelo Espírito
Emmanuel.
Araras: IDE,
1987. Cap. 13,
p. 65.
13.
XAVIER,
Francisco. C. e
VIEIRA, Waldo.
Evolução em
dois Mundos.
Pelo Espírito
André Luiz. 5.
ed. Rio de
Janeiro: FEB,
1979. Cap. XVII,
p. 130.
14.
XAVIER,
Francisco C.
Missionários da
Luz. Pelo
Espírito André
Luiz. Rio de
Janeiro: 12. ed.
FEB, 1979. Cap.
9, p. 103.
15.
XAVIER,
Francisco C.
O Consolador.
Pelo Espírito
Emmanuel. 7. ed.
Rio de Janeiro:
FEB, 1977. Q.
382, p. 213 e
214.
16.
FRANCO, Divaldo
P.
Mediunidade:
Desafios e
Bênçãos.
Pelo Espírito
Manoel P. de
Miranda. 2. ed.
LEAL: Salvador,
2012.
Apresentação, p.
7.
17.
KARDEC, Allan.
O Evangelho
segundo o
Espiritismo.
Trad. Evandro
Noleto Bezerra.
FEB: Rio de
Janeiro, 2010.
Cap. 24, it. 12,
p. 434.
18.
XAVIER,
Francisco C.
O Consolador.
Pelo Espírito
Emmanuel. 7. ed.
FEB: Rio de
Janeiro, 1977.
Q. 383, p. 214.
Tormentos da
Obsessão –
Divaldo...:
19.
FRANCO, Divaldo
P. Tormentos
da Obsessão.
Pelo Espírito
Manoel Philomeno
de Miranda. 3.
ed. LEAL:
Salvador, 2001.
Cap.
‘Experiências
gratificadoras’,
p. 136.
20.
KARDEC, Allan.
A Gênese.
Trad. Evandro
Noleto Bezerra.
2. ed. FEB: Rio
de Janeiro,
2013. Cap. 4,
it. 16, p. 79.