A Vida no Outro Mundo
Cairbar
Schutel
Parte 19
Continuamos nesta edição
o estudo metódico e
sequencial do livro A
Vida no Outro Mundo,
de autoria de Cairbar
Schutel, publicado
originalmente em 1932
pela Casa Editora O
Clarim, de Matão (SP).
Questões preliminares
A. Existem casas e
edifícios no plano
espiritual?
Sim. A respeito do
assunto, Cairbar Schutel
transcreveu nesta obra o
relato feito pela médium
Miss Winifred Moyes,
inserto num dos números
de The Greater World,
revista inglesa de
grande circulação e
ótima orientação.
Segundo a médium, muitos
Espíritos ao voltarem de
suas viagens astrais
descreveram casas e
edifícios que eles
puderam ver. E existem
também no plano
espiritual casas para
convalescentes, que
servem de lugares de
repouso para os que
passaram pela morte e
necessitam de
‘tratamento’, pois,
frequentemente, as
tristezas e provações da
vida física deixam sua
impressão no perispírito.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. XVII – Sala
de Reuniões e Casas no
Mundo dos Espíritos.)
B. Além das edificações,
que dizem os Espíritos
acerca da natureza
presente no plano
espiritual?
Todos os médiuns que
viajaram ‘através das
esferas’ falam das
maravilhas naturais por
eles vistas. Os oceanos,
as montanhas e as
florestas excedem a
todas as descrições,
porque não existem
paralelos disso na
Terra. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVII
– Sala de Reuniões e
Casas no Mundo dos
Espíritos.)
C. Sobre a temperatura
ambiente no plano
espiritual, que
informação Cairbar
Schutel registrou neste
livro?
A esse respeito Cairbar
registrou o que disse a
médium Miss Winifred
Moyes, a saber:
“Parecia-me estar sob um
poderoso sol, mas o
mesmo não queimava minha
pele nem ofuscava meus
olhos. A temperatura era
perfeitamente uniforme e
eu estava consciente de
uma vitalidade nunca
antes experimentada.
Então houve uma
admirável exuberância de
flores! Todas as cores
pareciam misturadas em
‘glória’ e nunca
esquecerei o delicado
verde das árvores e
campos”. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVII
– Sala de Reuniões e
Casas no Mundo dos
Espíritos.)
Texto para leitura
242. Dissemos ao leitor
que o Outro Mundo deve
ser algo de real, de
positivo, pois não se
poderia compreender a
Vida sem os acessórios
necessários para a sua
manifestação e também
não poderíamos admitir
que houvesse um hiato na
transição desta para a
outra vida, uma
transição tão grande em
que o homem chegasse a
perder a noção de si
mesmo ou enlouquecesse
com a mudança de estado
absolutamente
incompatível com a sua
evolução, com o seu grau
de progresso moral e
científico. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XVII – Sala de Reuniões
e Casas no Mundo dos
Espíritos.)
243. Com o intuito de
corroborar nossas
asserções a respeito,
julgamos de utilidade
mencionar um escrito de
Miss Winifred Moyes,
inserto num dos números
de The Greater World,
revista inglesa de
grande circulação e
ótima orientação. Os
tópicos seguintes foram
extraídos do texto
escrito por Winifred
Moyes. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVII
– Sala de Reuniões e
Casas no Mundo dos
Espíritos.)
244. A ideia de salas (halls)
de reuniões e templos de
instrução na vida futura
é muito atrativa a
certas pessoas.
Entretanto, devemos
lembrar que o desejo de
‘casas’ e ‘salas’ de
reuniões provém do fato
de, durante a vida
terrena, termos
necessidade de abrigos
contra a inclemência do
tempo. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVII
– Sala de Reuniões e
Casas no Mundo dos
Espíritos.)
245. O nosso clima é
responsável por muitos
dos nossos costumes e
desejos arraigados.
Sabemos que para estudar
‘aqui’ devemos estar
salvaguardados de
barulho e interrupção.
Visualizando a vida
futura devemos lembrar
que, quando passarmos à
condição de Espírito,
não teremos as
desvantagens que são boa
parte das experiências
na Terra. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVII
– Sala de Reuniões e
Casas no Mundo dos
Espíritos.)
246. A alocução de
Zodíaco(1)
sobre o ‘Futuro
Estado do Ser’ atraiu
grande interesse, porém
alguns leitores, em
correspondência,
mostraram estranhar a
ausência de referência a
‘casas’ e ‘saias de
reuniões’ para
instrução. O simples
fato de sentirem eles a
sua felicidade aumentada
com exposições,
discursos e réplicas de
coisas terrestres,
significa que essas
estarão ao seu dispor
enquanto tenham
utilidade. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVII
– Sala de Reuniões e
Casas no Mundo dos
Espíritos.)
247. Muitos Espíritos
que voltaram de suas
viagens astrais
descreveram suas casas e
também outros edifícios
vistos. As casas para
convalescentes são uma
necessidade real, como
lugares de repouso para
os que passaram pela
morte e necessitam de
‘tratamento’, pois,
frequentemente, as
tristezas e provações da
vida física deixam sua
impressão no perispírito.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. XVII – Sala
de Reuniões e Casas no
Mundo dos Espíritos.)
248. Zodíaco explicou
muito bem que as coisas
almejadas, mas nunca
alcançadas na vida
terrestre, estarão, na
outra vida, ao alcance
dos filhos de Deus.
Muitos homens e mulheres
desejam um lar todo seu
onde possam viver sem
interferência de
estranhos. Quando
ingressarem no Além
terão a morada dos seus
sonhos. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVII
– Sala de Reuniões e
Casas no Mundo dos
Espíritos.)
249. Mas surge a
seguinte pergunta:
quando a mente da Terra
for substituída pela
mais elevada, quando a
vista limitada da Terra
estiver esquecida na
alegria da clara visão
que então possuírem,
serão os seus desejos os
mesmos de outrora? (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XVII – Sala de
Reuniões e Casas no
Mundo dos Espíritos.)
250. Vários espíritos,
relatando suas
experiências logo após a
morte, descrevem suas
condições como sendo as
mais altas concepções da
beleza e da felicidade.
Entretanto, passado
algum tempo, dizem: ‘As
minhas ideias sobre a
beleza e a felicidade
são diferentes agora’.
Por isso Zodíaco nos
previne a respeito da
ideia de desejarmos isto
ou aquilo na próxima
vida, porque a evolução
do Espírito acarreta a
perda do amor das
representações
glorificadas e das
coisas que nos
deleitavam nesta vida.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. XVII – Sala
de Reuniões e Casas no
Mundo dos Espíritos.)
251. Todos os médiuns
que viajaram ‘através
das esferas’ falam das
maravilhas que viram. Os
oceanos, montanhas e
florestas excedem a
todas as descrições,
porque não existem
paralelos na Terra.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XVII – Sala de
Reuniões e Casas no
Mundo dos Espíritos.)
252. A referência que
faz o evangelista João
(Apocalipse, 21) às ruas
de ouro puro tem feito
pessoas imaginativas
pensar se será mais
agradável andar em
semelhantes ruas do que
sobre a grama macia.
Parece, no entanto, que
esse ‘fenômeno’ é um
efeito proveniente da
‘atmosfera’. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XVII – Sala de Reuniões
e Casas no Mundo dos
Espíritos.)
253. Tudo estava banhado
por um brilho de ouro
róseo, que foi atribuído
ao ‘poder psíquico’. Diz
a médium: “Parecia-me
estar sob um poderoso
sol, mas o mesmo não
queimava minha pele nem
ofuscava meus olhos. A
temperatura era
perfeitamente uniforme e
eu estava consciente de
uma vitalidade nunca
antes experimentada.
Então houve uma
admirável exuberância de
flores! Todas as cores
pareciam misturadas em
‘glória’ e nunca
esquecerei o delicado
verde das árvores e
campos.
Comparativamente, as
cores que a natureza
terrestre nos apresenta
pareciam desbotadas e
manchadas. Vi que podia
andar sobre prados
alcatifados de flores,
que variavam de uma
polegada a seis pés de
altura, sem magoar
qualquer delas”. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XVII – Sala de
Reuniões e Casas no
Mundo dos Espíritos.)
254. Ela olhou para uma
floresta e ficou
admirada da capacidade,
que lhe fora dada, de
ver o cimo da mais alta
árvore, como até abaixo
da Terra, as suas
raízes; também
parecia-lhe tão fácil
ver através de uma
árvore, como o lado, que
estava voltado para ela!
Esse milagre de ‘visão’
calou fundo em sua
mente. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVII
– Sala de Reuniões e
Casas no Mundo dos
Espíritos.)
255. O mar no mundo do
Além tinha uma beleza
impossível de ser
descrita. Diz a médium:
“Eu sabia que me viria o
desejo de descrevê-lo,
quando da minha volta ao
corpo físico, e
perguntei a meu
Espírito-Guia se eu
deveria tentar achar uma
analogia para
comparação. Na palma de
minha mão vi uma enorme
opala, a qual, sob a
luz, esplendia numa
variedade de gloriosos
raios multicores; mas,
quando olhei para a
mesma, concluí que era
só uma pálida
representação das cores
daquele inolvidável mar!
Em cada segundo eu
aprendia, porém, pela
‘visão’. Aquelas doces
palavras do Apóstolo
Paulo, que nos são
familiares, voltaram à
minha mente: ‘Os olhos
não viram, nem os
ouvidos ouviram, nem
penetrou no coração dos
homens o que Deus
preparou para aqueles
que o amam’.” (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XVII – Sala de Reuniões
e Casas no Mundo dos
Espíritos.) (Continua no próximo
número.)
(1)
Nome do Espírito
comunicante, que se
serviu da Srta.
Winifred Moyes,
médium de grande força
espiritual.
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