A Vida no Outro Mundo
Cairbar
Schutel
Parte 20
Continuamos nesta edição
o estudo metódico e
sequencial do livro A
Vida no Outro Mundo,
de autoria de Cairbar
Schutel, publicado
originalmente em 1932
pela Casa Editora O
Clarim, de Matão (SP).
Questões preliminares
A. Há no Mundo
Espiritual diversos
planos de existência?
Sim. Existem na
erraticidade inúmeros
planos de existência,
mundos superpostos, uns
acima dos outros,
constituindo uma espécie
de escada de perfeição.
Na Terra é, também,
assim: existe o lugar
para o camponês iletrado
e para o homem de
Ciência. Os índios e
selvícolas não poderiam
viver em São Paulo ou no
Rio de Janeiro. Tudo no
Outro Mundo obedece a
uma ordem espiritual bem
determinada, sem
privilégios, nem
exclusões. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVIII
– Os Planos do Mundo
Espiritual.)
B. As condições de vida
nesses planos são
diferentes entre si?
Sim. A lei do progresso
rege de modo perfeito a
evolução anímica. Os
Espíritos, revestidos de
seu corpo perispiritual,
não podem viver num meio
que não esteja de acordo
com sua vestimenta
espiritual, e esta vibra
sempre ao ritmo da
elevação de cada um, em
sabedoria e moralidade.
Uma região isenta,
por exemplo, de
oxigênio, seria hostil a
Espíritos que ainda
precisam de oxigênio
para viver. Uma região
em que não predomina o
carbono não poderia ser
habitada por Espíritos
que necessitam, pela sua
condição ainda de
inferioridade, de
carbono para a
manutenção do seu corpo
perispiritual. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XVIII – Os Planos
do Mundo Espiritual.)
C. Quantas são as
esferas espirituais que
circundam a Terra?
A opinião comum era a de
que havia sete céus ou
esferas; em cada um
deles, em sentido
ascendente, aumentava a
felicidade dos crentes.
Os muçulmanos admitem
nove céus. O astrônomo
Ptolomeu contava onze, e
denominava o último
Empíreo, por causa da
luz brilhante que ali
reinava. A teologia
católica admite três
céus: o primeiro, a
região do ar e das
nuvens; o segundo, o
espaço em que giram os
astros; e o terceiro,
para além deste, é a
morada do Altíssimo, a
habitação dos que O
contemplam face a face.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. XVIII – Os
Planos do Mundo
Espiritual.)
Texto para leitura
256. No Outro Mundo,
como neste, existem
planos de existência,
mundos superpostos, uns
acima dos outros,
constituindo uma espécie
de escada de perfeição.
Na Terra, é, também,
assim: existe o lugar
para o camponês iletrado
e para o homem de
Ciência. Os índios e
selvícolas não poderiam
viver em São Paulo ou no
Rio de Janeiro. Tudo no
Outro Mundo obedece a
uma ordem espiritual bem
determinada, sem
privilégios, nem
exclusões. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVIII
– Os Planos do Mundo
Espiritual.)
257. Desde o primeiro
passo, logo a começar da
superfície da Terra, até
o último, conta-se
grande variedade de
planos de vida, ou
sejam, Mundos
Espirituais, para usar
de uma linguagem mais
aproximada à
compreensão, porque não
existe expressão nos
vocabulários comuns para
caracterizar a natureza
desses mundos, que
chamaremos semimateriais
ou fluídicos.
Provavelmente, esses
planos é que foram
simbolizados, na visão
de Jacó, por uma escada
com inumeráveis degraus
que, apoiados na Terra,
chegavam ao Céu. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XVIII – Os Planos
do Mundo Espiritual.)
258. A lei do progresso
rege de modo perfeito a
evolução anímica. Os
Espíritos, revestidos de
seu corpo perispiritual,
não podem viver num meio
que não esteja de acordo
com sua vestimenta
espiritual, e esta vibra
sempre ao ritmo da
elevação de cada um, em
sabedoria e moralidade.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XVIII – Os Planos
do Mundo Espiritual.)
259. Uma região isenta,
por exemplo, de
oxigênio, seria hostil a
Espíritos que ainda
precisam de oxigênio
para viver. Uma região
em que não predomina o
carbono não poderia ser
habitada por Espíritos
que necessitam, pela sua
condição ainda de
inferioridade, de
carbono para a
manutenção do seu corpo
perispiritual. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XVIII – Os Planos
do Mundo Espiritual.)
260. O indivíduo
sentir-se-ia
desequilibrado, e a sua
condição média
tornar-se-ia infeliz,
sofredora, insuportável,
se assim não fosse. Tudo
obedece a uma ordem e
harmonia admiráveis na
criação. Daí a
necessidade desses
diversos planos, como
garantia de vida aos que
fazem a sua evolução
para um estado melhor.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XVIII – Os Planos
do Mundo Espiritual.)
261. Os antigos tinham
noções destes princípios
e acreditavam na
existência de muitos
céus superpostos, que se
compunham de matéria
sólida e transparente,
formando esferas
concêntricas e tendo a
Terra por centro. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XVIII – Os Planos
do Mundo Espiritual.)
262. Esta teogonia fez,
dessa escala de céus,
diversos graus de
bem-aventurança: o
último deles seria o
abrigo da suprema
felicidade. A opinião
comum era a de que havia
sete céus ou esferas; em
cada um deles, em
sentido ascendente,
aumentava a felicidade
dos crentes.(1)
Os muçulmanos admitem
nove céus. O astrônomo
Ptolomeu contava onze, e
denominava o último
Empíreo, por causa da
luz brilhante que ali
reinava. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVIII
– Os Planos do Mundo
Espiritual.)
263. A teologia católica
admite três céus: o
primeiro, a região do ar
e das nuvens; o segundo,
o espaço em que giram os
astros; e o terceiro,
para além deste, é a
morada do Altíssimo, a
habitação dos que O
contemplam face a face.
É conforme essa crença
que o apóstolo Paulo diz
que foi arrebatado até o
“terceiro céu”. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XVIII – Os Planos
do Mundo Espiritual.)
264. É crença unânime
que, sob uma ou outra
denominação, essas
esferas superpostas
constituem a habitação
das almas, o Mundo
Espiritual. Na verdade,
seria ilógico e
verdadeiro contrassenso
julgarmos um vácuo a
atmosfera que nos
rodeia, o nada dos
ignorantes de então.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XVIII – Os Planos
do Mundo Espiritual.)
265. A constituição
física e química da
atmosfera era ignorada
dos povos passados.
Ainda na Idade Média não
se tinha do estado
gasoso da matéria senão
noções rudimentares.
Sobre a vida, mesmo, só
se sabia que ela se
extinguia por falta de
ar; mas não se conhecia
o mecanismo da combustão
e da respiração. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XVIII – Os Planos
do Mundo Espiritual.)
266. Foi o gênio ilustre
de Lavoisier que deu os
primeiros passos para a
descoberta dos elementos
contidos no ar que
respiramos. Foi tão
grande a descoberta
desse insigne francês, e
tão iluminado era o
famoso químico, que em 8
de março de 1794, quando
sua cabeça rolou sobre o
patíbulo, o ilustre
matemático Lagrange
disse: “Cem anos não
serão bastantes para
produzir outra cabeça
semelhante”. (A Vida
no Outro Mundo – Cap.
XVIII – Os Planos do
Mundo Espiritual.)
267. Hoje podemos
afirmar muito mais que
Lavoisier; sabemos que
tudo o que existe no
nosso corpo existe na
atmosfera, no ar que
respiramos: nitrogênio,
oxigênio, hidrogênio,
carbono, cujas
combinações formam a
cal, a soda, o fósforo,
os ácidos, o enxofre, o
flúor, o silício, o
magnésio, o lítio, o
ferro, o manganês, o
cobre, o chumbo etc.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XVIII – Os Planos
do Mundo Espiritual.)
268. Sabemos que em
nossa atmosfera vivem
inúmeros micróbios,
flutuam ovos de
infusórios, partículas
de algodão, de farinha,
de penas, matérias que
se evolam das fábricas,
que saem da combustão,
do enxofre e outros sais
etc. Só nas costas da
Bretanha e da Normandia
calcula-se que um
hectare de terreno não
recebe menos,
anualmente, de 147
quilogramas de matérias
sólidas, das quais 37
quilogramas são de sal
marinho. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVIII
– Os Planos do Mundo
Espiritual.)
269. Não é preciso
estender-nos em
considerações para
provar que o ar é alguma
coisa e que contém muita
coisa; não é o vazio que
se apresenta aos nossos
olhares acanhados. O
Espiritismo, penetrando
fundamente na Ciência,
abre brechas ao
pensamento, e dá, ao
mesmo tempo, razão à
crença cega dos povos
antigos que, em sua
concepção infantil,
proclamavam os céus
sobrepostos, cada qual
mais adiantado, crença
essa que se confirma
agora com dados
científicos e as
revelações de caráter
coletivo que estão sendo
feitos e verificados em
todos os pontos do
globo. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XVIII
– Os Planos do Mundo
Espiritual.)
270. Não há dúvida:
existem planos de
existência, de vida em
mundos superpostos, uns
acima doutros,
constituindo, no seu
conjunto, uma espécie de
escada de perfeição.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XVIII – Os Planos
do Mundo Espiritual.)
(Continua no próximo
número.)
(1)
De acordo com o livro
Cidade no Além, cap.
IV, de Heigorina Cunha,
o campo magnético da
Terra seria dividido em
sete esferas: 1 – o
Umbral “grosso”; 2 – o
Umbral médio; 3 – o
Umbral superior, onde se
localiza “Nosso Lar”; 4
– região da arte, da
cultura e da ciência; 5
- região do amor
fraterno universal; 6 –
diretrizes do planeta; 7
– abóbada estelar.
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