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Obra
focalizada: Trabalhadores
da
Última
Hora
Autoria: Carlos
A.
Baccelli
e Inácio
Ferreira
(Espírito)
Editora:
Didier.
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O
Espírito
que se
faz
passar
pelo Dr.
Inácio
Ferreira
tem
procurado,
nos seus
últimos
livros,
atenuar
seus
comentários
jocosos,
desrespeitosos,
chulos,
de que
fez uso
noutras
obras.
Depois
de
atacar
os
espíritas
em geral
e os
médiuns,
em
particular,
agora
procura,
com a
técnica
própria
dos
fascinadores,
confundir
pontos
doutrinários.
O livro
que ora
analisamos
constitui
uma
tentativa
de, pelo
exagero,
levar ao
inverossímil
e ao
ridículo
as
revelações
feitas
por
André
Luiz.
Age
assim
também
contra
Chico
Xavier:
louva
seus
feitos,
mas
ridiculariza-lhe
a obra.
Veja-se
o livro
“Chico
Xavier
Responde”.
Transcreveremos,
sem
aspas,
em
negrito,
os
textos
retirados
do livro
em
análise.
Nossos
comentários
serão
grafados
em tipo
normal.
(...)
há certo
esvaziamento
nos
centros
espíritas
com o
qual
muitos
estão
preocupados
e com
justa
razão.
Se os
condutores
do
rebanho
se
voltam,
de
cajado
em
punho,
uns
contra
os
outros,
que rumo
o
rebanho
tomará?
(27)
Essa
afirmação
é
completamente
destituída
de
fundamento,
pois o
que se
observa
é
exatamente
o
contrário:
É até
preocupante
o volume
de
pessoas
que
estão
chegando
às casas
espíritas.
Estamos
falhando
pela
base...
O
autoritarismo,
o ranço,
a luta
pelo
poder e
a
vaidade
andam
fazendo
estragos
quase
irreparáveis!
(22/23)
Esse
comentário,
colocado
na boca
de Maria
Modesto
Cravo,
faz coro
com a
cantilena
levada a
efeito
por
outro
Espírito
fascinador
que, sob
o nome
de
Ermance
Dufaux,
do alto
de
pretensa
cátedra
de
psicologia,
faz
críticas
semelhantes
aos
espíritas.
Depois
de usar
cinco
páginas
do livro
descrevendo
o
desjejum
que
tomariam
num tal
Liceu,
começam
um
estudo
de “O
Livro
dos
Espíritos”,
de modo
informal,
como num
bate-papo...
Nota-se
aí a
grande
diferença
entre os
ambientes
descritos
por
André
Luiz, em
“Nosso
Lar”,
onde se
nota a
seriedade
com que
os
assuntos
e
trabalhos
eram
tratados.
A certa
altura
dos
estudos
sobre
reencarnação,
Domingas
diz que
ouviu de
Chico
Xavier,
na
Terra, a
seguinte
afirmativa:
...
os que
possuem
a crença
inabalável
na
reencarnação
vieram
de
outros
mundos –
imigraram
de
outros
planetas
para a
Terra!
(43)
Não
bastassem
muitos
encarnados
estarem
dando a
público
essa
série de
afirmativas
baseadas
no
“Chico
disse...”,
agora
também
desencarnados!
Note-se
que essa
afirmativa
contraria
o que se
aprendeu
sobre
reencarnação
até
agora.
Então,
os
espíritas
vieram
de
outros
planetas...
André
Luiz
revelou-nos
a
existência
de vida
organizada
no Mundo
Espiritual,
de
maneira
análoga
à da
Terra. O
Dr.
Inácio
exacerba
esse
aspecto
“material”,
falando
em
reencarnação
lá,
embora
não
exista
carne.
Procurando
levar,
pelo
exagero,
ao
descrédito,
falou,
noutra
obra, na
possibilidade
de
conseguir
terreno
em
comodato
para
fundação
de
estabelecimento
destinado
à
proteção
de
animais
e,
agora,
da posse
de carro
particular,
com o
qual o
Dr.
Odilon
os leva
a uma
aldeia
de
índios,
num
serviço
assistencial...
Eu
trouxe
algumas
sacolas
de
alimento
no carro
–
alimento
para
adultos
e
crianças
–
esclareceu.
(57)
Depois
de
repartir
guloseimas
com as
crianças,
ouve de
uma
menina:
Tio, o
senhor
benze? O
vovô
está
acamado...
o senhor
benze?
É claro,
vamos
vê-lo –
respondeu.
A mamãe
– disse
um
garotinho,
sem
camisa
–, com o
remédio
que o
senhor
lhe deu,
já
melhorou
da dor
de
cabeça...
O senhor
trouxe
mais?
Como vai
o nosso
Morubixaba?
–
Melhorando
–
respondeu
com uma
piscadela.
– A
febre,
no
entanto,
vai e
volta.
(58)
Estranhável
o fato
de um
índio
sábio,
capaz de
revelar,
só pelo
cheiro
das
mãos,
encarnações
passadas
e
futuras
de
alguns
Espíritos
ali
presentes,
ainda
continuasse
na
condição
de velho
e
doente.
Nesse
ponto,
Patuwa
teve uma
crise de
tosse
que
quase o
deixou
sem
fôlego.
(62)
Saindo o
Dr.
Odilon
em
visita a
outras
famílias
indígenas,
ficou o
Dr.
Inácio a
conversar
com o
índio
Patuwa.
Nessa
conversa,
coloca,
como
sempre,
autoelogios,
além de
destacar-se
na
condição
de
revelador:
Patuwa
gostou
muito de
você:
homem
sincero
e
destemido.
A luta
sua é
grande,
mas não
pode
haver
desânimo.
O homem
no mundo
precisa
saber a
verdade...
chega de
tanta
mentira!
Você
escreve
livros,
não é?
(64)
Continuando
a
conversa,
Patuwa
diz que
esteve
encarnado
à época
dos
Padres
Anchieta
e Manoel
da
Nóbrega.
Depois,
“revela”
que
Chico
Xavier
foi o
Padre
Anchieta...
Como se
não
bastasse
a
polêmica
inócua a
respeito
de
Chico/Kardec,
bem
alimentada
por ele,
agora
vem o
Dr.
Inácio
com mais
essa,
colocadas
na boca
do índio
Patuwa:
Depois,
a última
notícia
que tive
é que
ele
estava
novamente
na Terra
– ele na
Terra e
o Padre
Nóbrega
aqui,
neste
Outro
Lado...
O Padre
Nóbrega
escrevia
por ele
– igual
ao que
Inácio
vem
fazendo
com seu
amigo!
–
Anchieta,
então?...
–
questionei,
boquiaberto.
– Estava
numa
religião
nova...
O Pajé
branco
Odilon
sabe de
tudo!
– Ele
era
Chico
Xavier?!
– Sim,
os dois
assumiram
compromisso
com
Jesus
para
muito
tempo...
O Padre
Anchieta
na Terra
e o
Padre
Nóbrega
fora do
corpo.
Agora
vai
inverter!
(65/66)
O
Morubixaba
doente
diz que
vai
“desencarnar”
(seria
melhor
dizer
“desesperipiritizar”)
em
breve,
deixando
seu
corpo
para o
Dr.
Inácio
estudar:
Patuwa
não diz,
mas sabe
que ele
está
perto de
morrer
de
novo...
Não diga
nada a
ninguém.
O Pajé
branco
já
sabe...
Não
quero
tristeza
na
pequena
tribo.
Quando
Patuwa”
morrer”,
vou dar
meu
corpo a
você...
– A
mim?! –
perguntei
com
espanto.
–
Entenda
bem,
para
você
estudar.
Quero
que você
o abra,
veja o
que tem
dentro e
escreva
para a
Terra
contando
o que
viu.
– Mas eu
não sou
cirurgião!
–
aleguei
– Eu sou
psiquiatra!
Não sei
mais
dissecar
um
corpo...
(67/68)
E o
diálogo
prossegue,
culminando
com esta
afirmativa:
– Vou
deixar
documento
assinado,
doando
meu
corpo
para
você...
(68)
Desmentindo
tudo o
que se
aprendeu
até
agora
sobre
perispírito,
Patuwa
dá aula
de
anatomia
perispiritual.
Mas a
aula foi
interrompida...
Patuwa
teve
outro
acesso
de tosse
e
algumas
gotículas
de
sangue
tingiram-lhe
a camisa
empapada
de suor.
(69)
Tudo
indica
que
Patuwa
iria
“desencarnar”
por
efeito
de uma
tuberculose,
que lhe
provocava
febre,
além da
tosse:
– A
febre
está
voltando
cada vez
mais
forte –
disse
ele com
tranquilidade.
–
Deixarei
a
carcaça
na Lua
Nova –
previu
com voz
entrecortada.
(71)
No
trecho
abaixo,
repete
algo
inverossímil
que já
fora
relatado
por
outro
médium:
São
Francisco
de
Assis,
em
certas
ocasiões,
chegava
a rolar
sobre
espinheiros,
flagelando-se
de
maneira
voluntária,
para não
oferecer
sintonia
aos
espíritos
que o
tentavam!
(78)
De vez
em
quando,
volta ao
velho
chavão
de
atacar
espíritas
e
médiuns:
Interessante
em
certos
adeptos
do
espiritismo:
chegam
agora à
doutrina,
que mal
estão
conhecendo,
praticam
meia
dúzia de
ações na
Caridade,
começam
o
exercício
da
mediunidade
incipiente
e já se
julgam
espíritos
superiores...
Quanta
ilusão!
(83)
Aprende-se,
no
Espiritismo,
que o
Espírito
humano é
a
resultante
de um
longo e
laborioso
caminhar,
como
princípio
espiritual,
acompanhando
a
evolução
das
formas
físicas,
através
de
milênios
incontáveis.
Na
presente
obra há
uma
adesão à
teoria
da queda
do
Espírito.
Além do
mais, o
Autor
refere-se
ao “ato
da
criação”,
como se
fosse o
momento
da
criação
do
Espírito,
tomando
ao pé da
letra a
expressão
“simples
e
ignorante”:
O
espírito,
no ato
da
criação,
foi
criado
sem
corpo –
simples
e
ignorante.
A
necessidade
de
evoluir
é que,
primeiro,
o fez
“encarnar”
e
“reencarnar”
no Plano
Espiritual,
em sua
“descida”
à
matéria.
Adquirindo
corpos,
cada vez
mais
grosseiros,
em sua
“descida”,
o
espírito,
em seu
movimento
de
ascese,
gradativamente,
deles
haverá
de se
despojar.
(86/87)
Ao
contrário
do que
se lê
acima,
aprende-se
que o
Espírito
vai
usando
corpos
cada vez
mais
sutis...
A
seguir,
cita
capciosamente
André
Luiz,
querendo
induzir
o leitor
a crer
que o
Espírito,
ao
respirar,
no Mundo
Espiritual,
não o
faz com
o seu
perispírito,
mas por
estar
“reencarnado”
lá.
No livro
Nosso
Lar
(...)
“meus
pulmões
respiravam
a longos
haustos”.
(87)
O que se
segue,
não
carece
de
comentário,
diante
do
absurdo:
Absolutamente,
eu não
me
considerava
apto
para o
que ele
solicitara:
participar
da
dissecação
do
“cadáver”
do seu
perispírito!
(90)
Como
sempre,
o Dr.
Inácio,
faz
questão
de
mencionar
seu
contato
com
Espíritos
que
deixaram
na Terra
marcas
do seu
saber,
da sua
seriedade,
da sua
dignidade.
Noutras
obras,
citou
contato
com
Emmanuel,
Bezerra
de
Menezes,
André
Luiz,
Leopoldo
Cirne,
Eurípedes
Barsanulfo,
Hernani
Guimarães
Andrade.
Fica
difícil
crer que
esses
Espíritos
sérios
tivessem
tempo
para dar
atenção
a quem
cultivava
a
irreverência,
o mau
gosto, o
deboche
e até o
anedotário
reprovável...
Desta
vez,
cita
apenas
Hernani
Guimarães
Andrade
e
Hemendra
Nath
Banerjee.
Ainda
aqui,
nota-se
a
preocupação
de
caricaturar
as
revelações
de André
Luiz
sobre a
vida no
Mundo
Espiritual:
Aos
poucos,
os
pratos,
que eu
pedira
que as
nossas
excelentes
cozinheiras
preparassem
à moda
indiana,
foram
chegando.
– Arroz
basmati!
–
exclamou
Banerjee.
– Em sua
homenagem
–
respondi.
– Não
sei se o
tempero
estará
de seu
agrado.
A nossa
cozinheira-chefe,
que é
mineira,
está
mais
habituada
a
preparar
arroz
com tutu
de
feijão,
uma
pimentinha
de bode
e ...
–
Maionese
com
caril!
Exclamou
ao ver o
segundo
prato
que
Anastácia,
a
cozinheira-chefe,
trazia-nos
pessoalmente,
todo
decorado
com
tenras
folhas
de
alface.
(140/141)
A
descrição
do
jantar
se
prolonga,
até a
sobremesa,
um pudim
de
iogurte.
Mais
adiante,
relata
que fez
uma
palestra
para
jovens,
sobre
pesos
atômicos,
numa
flagrante
demonstração
de quem
quer
encher
páginas
de
livro.
Depois,
relata o
encontro
com
Tomaz
Novelino,
discípulo
de
Eurípedes
Barsanulfo,
que
teria
fundado
um
colégio
no Mundo
Espiritual.
Para
tal,
teria
contratado
um
arquiteto,
feito o
projeto,
só
faltou
dizer
onde
conseguiu
o
financiamento
para a
obra,
cujo
primeiro
módulo
teria
10.000
metros
quadrados.
– Você
gastou
muito,
Tomaz? –
perguntei.
– Não, e
vou
explicar
por quê.
Aqui,
Doutor,
no Mundo
Espiritual,
as obras
destinadas
a
beneficiar
a
comunidade
–
escolas,
hospitais,
fábricas
e
indústrias,
parques
de
recreação,
etc. –
custam
menos do
que as
de uso
privativo.
–
Interessante.
– Existe
um
decreto
governamental
que
estabelece
as obras
comunitárias
– da
pedra do
alicerce
à laje
de
cobertura
–
custarem
1/3
menos
que
qualquer
outra.
– Então
os
operários
que se
envolvem
em sua
construção
ganham
menos?
–
Absolutamente!
Ganham
mais!
(159/160)
Alguém
pergunta
ao Dr.
Inácio
se ele
não
sabia
disso
quando
construiu
seu
hospital,
ao que
ele
respondeu
que
estava
perguntando
só
porque
estava
escrevendo
um
livro...
(160)
Não
resistindo,
mais uma
vez, ao
hábito
de
vangloriar-se,
“transcreve”
palavras
de Tomaz
Novelino:
– Sem a
intenção
de
elogiá-lo,
Doutor –
longe de
mim
semelhante
propósito
– a tese
da
reencarnação
no Mundo
Espiritual,
que o
senhor
vem
apresentando
em suas
obras,
amplia,
consideravelmente,
os
horizontes
da Vida!
– Não
obstante
–
argumentei
– a
referida
tese tem
sido
objeto
de
escárnio
da parte
de
alguns
adeptos
da
Doutrina...
(166)
Kardec
trouxe
ao Mundo
várias
revelações,
que
foram
complementadas
através
da obra
de Chico
Xavier,
sempre
redigidas
em
linguagem
séria,
elevada,
digna.
Será que
o Alto,
agora,
enviaria
à Terra
novas
revelações,
através
de um
Espírito
debochado,
irreverente,
gabola,
desrespeitoso?
Leiamos
os
trechos
abaixo,
analisando
algumas
expressões
suas:
Seria
digno de
fazer
revelações
complementares
a Kardec
um
Espírito
que diz
ter
comido
churrasco
de porco
espinho
no
Umbral,
ter tido
dor de
barriga
e, à
falta de
um
sanitário,
ter
baixado
as
calças
improvisando
uma
latrina,
diante
dos
outros?
Será
digno de
crédito
um
Espírito
que,
numa
pretensa
Fundação
Emmanuel,
no Mundo
Espiritual,
depois
de ler
os
comentários
num
jornal
que
veiculava
fofocas,
dá uma
banana
aos
espíritas
da
Terra,
que o
teriam
criticado?
Ou um
Espírito
que se
diz
diretor
de um
hospital
–
fundado
por
Eurípedes
Barsanulfo
– e que
acorda
de mau
humor ou
com
crise de
depressão?
O Dr.
Inácio
não
revela
se ele,
Dr.
Odilon,
Domingas
e
Modesta
estão
“encarnados”
no Mundo
Espiritual,
mas
“revela”
que são
passíveis
de se
contaminarem
por
viroses
por não
se terem
vacinado...
A nossa
irmã
Domingas
está
pálida –
observou
Carmelita,
percebendo
que ela
transpirava.
– Creio
tratar-se
de uma
virose –
expliquei
– e, por
esse
motivo,
pediria
a
Modesta
que a
conduzisse
de volta
à nossa
base, no
Hospital
dos
Médiuns.
(222)
A nossa
irmã
Domingas,
realmente,
não
estava
bem;
notei-a
muito
abatida
–
comentou
Carmelita.
– Como
tivemos
que vir
muito
rápido –
ponderei
– não
houve
tempo
para a
devida
imunização...
(227)
Patuwa
“desencarnou”
e,
conforme
promessa,
deixou
seu
corpo
para o
Dr.
Inácio
estudá-lo
na
Faculdade
de
Medicina.
Como
estava
desencarnado
há 22
anos,
deveria,
antes,
preparar-se
para a
necropsia.
Planejou
ficar na
Crosta
três
dias
para
sentir
“como é
estar
encarnado”.
Para
isso,
invade a
intimidade
de um
encarnado,
como se
fosse um
obsessor.
Escolheu
um homem
que
estava
tomando
café num
bar:
Aproximei-me.
Algo
obeso e
cansado,
transpirando
ao ponto
de
molhar a
camisa
nas
axilas –
o que
sempre
detestei!
–, ele
pediu um
café.
Quando
ele
levou a
xícara à
boca
para
tomar o
primeiro
gole, eu
me
justapus
ao seu
corpo,
como se,
a partir
daquele
instante,
fôssemos
xifópagos.
Ele,
notei,
sentiu
certa
sensação
de
alívio,
mas, de
início,
quase
que me
asfixio
– tive
de fazer
força
para
conter a
ânsia de
vômito,
não que
ele me
causasse
asco,
mas é
qual se
o
estômago,
de
maneira
involuntária,
intentasse
livrar-se
do
alimento
que não
lhe
caíra
muito
bem.
(348/349)
Depois,
entra na
vida
íntima
do
encarnado,
não
resistindo
à
tentação
de
demonstrar
o seu
desrespeito
e mau
gosto:
O
coitado,
quando
ia tomar
banho, a
barriga
dobrava
e ele
não
conseguia
esfregar
as
partes
íntimas,
a
dianteira
e
tampouco
a
traseira.
Com
assaduras
generalizadas,
ele
tacava
talco
e... a
higiene
estava
feita!
(...)
Afinal,
na
condição
de
exigente
“inquilino”,
eu
praticamente
vivera
no corpo
daquele
pobre
homem
sem, até
então,
nada
pagar
pelo
“aluguel”.
Esperei-o
dormir
(...) eu
me
sentei
na
beirada
da cama.
Cheirei
o meu
próprio
sovaco –
que
estava
um
horror
– e
auxiliei
Sebastião
a se
destacar
alguns
centímetros
do
próprio
corpo.
(354)
Voltando
ao
hospital,
durante
a
“autópsia”,
o Dr.
Inácio
anuncia
o peso
do
perispírito:
um
milésimo
do peso
do corpo
humano:
Por
exemplo:
em
alguém,
cujo
corpo
carnal
pese 70
quilos,
o peso
do
perispírito
será de
70
gramas –
o corpo
mental
teria
peso de
um
milésimo
de
setenta
gramas,
quase o
peso da
glândula
pineal,
calculado
entre 70
e 100
miligramas.
(365)
A ser
verdade
essa
“revelação”,
os
Espíritos
desencarnados
– e os
encarnados
libertos
pelo
sono –
poderiam
comprovar
sua
presença
aqui na
Terra,
assentando-se
no prato
de uma
balança...
A
autópsia
prossegue,
com
explicações
descabidas
do Dr.
Inácio,
entre as
quais
destaca-se:
Nos
Espíritos
Superiores,
em seu
corpo
mental
sutilíssimo,
cérebro
e
coração
se
fundem!
(367)
O livro
todo é,
como os
demais,
um
verdadeiro
atentado
ao bom
senso,
aos bons
costumes,
à
dignidade
e ao
respeito
devidos
à
Doutrina
Espírita.
De tudo
isso,
fica-nos
a
pergunta:
como
podem
algumas
pessoas
acreditar
nessas
“revelações”
feitas
por esse
Espírito,
que
prima
pelo
ataque
aos
espíritas,
ao
Movimento
Espírita,
usando
uma
linguagem
tão
irreverente
e
rasteira?
Será que
os
dirigentes
de
centros
espíritas,
de
livrarias
espíritas,
os
responsáveis
por
clubes
do livro
estão
avaliando
a
responsabilidade
que
assumem
perante
o Alto
promovendo
a
divulgação
de obras
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essas?