Nosso querido Chico, sempre
solícito aos diversos
jornalistas do Estado de
Minas, referiu-se certa vez
a um momento muito especial
de sua vida:
– Peço permissão para contar
um caso que pra mim foi um
dos mais expressivos, que
mais parece uma história
infantil. Eu estava em
Uberaba, havia uns dois
anos, esperando um ônibus
para ir ao cartório.
Da nossa residência até lá
tem uns três quilômetros.
Nós, com o horário marcado,
não podíamos perder o
ônibus. Mas, quando o ônibus
estava quase parando, uma
criança de uns cinco anos,
apresentando bastante
penúria, gritava por mim, de
longe. Chamava por tio
Chico, mas com muita
ansiedade.
O ônibus parou e eu pedi
então ao motorista: pode
tocar o ônibus porque aquela
criança vem correndo na
minha direção e estou
supondo que este menino
esteja em grande necessidade
de alguma providência.
O ônibus seguiu, eu perdi,
naturalmente, o horário. A
criança chegou ao meu lado,
arfando, respirando com
muita dificuldade. Eu
perguntei: O que aconteceu,
meu filho? Ele respondeu:
tio Chico, eu queria pedir
ao senhor para me dar um
beijo.
Esse eu acho que foi um dos
acontecimentos mais
importantes de minha vida!
Do livro “Entender
Conversando”, de
Francisco Cândido
Xavier/Emmanuel.
|