JANE MARTINS
VILELA
jane.m.v.imortal@gmail.com
Cambé, PR
(Brasil)
|
|
Vivência cristã
O Cristo é a substância
da nossa liberdade. Dia
virá em que o seu reino
abrangerá os filhos do
Ocidente e do Oriente,
num amplexo de
fraternidade e de luz.
Então compreenderemos
que o Evangelho é a
resposta de Deus aos
nossos apelos, em face
da lei de Moisés. A lei
é humana; o Evangelho é
divino. Moisés é o
condutor; o Cristo, o
salvador. Os profetas
foram mordomos fiéis;
Jesus, porém, é o senhor
da vinha. Com a lei,
éramos servos; com o
Evangelho, somos os
filhos livres de um Pai
amoroso e justo. Essas
palavras maravilhosas
refletem como deve ser a
essência daquele que
deseja Jesus como modelo
e guia. São de Estêvão,
o grande mártir cristão,
em palestra na Casa do
Caminho, no magistral
livro de Emmanuel,
psicografado por Chico
Xavier, Paulo e
Estêvão.
Os momentos que vivemos
estão difíceis. Todos
sabemos disso. De um
modo ou de outro,
seremos testados em
nossas crenças. Devemos
nos manter dentro da fé
viva, da oração
constante, da vigilância
firme, da ação
enobrecedora, do
pensamento digno.
Devemos nos compenetrar
que a hora é de grandes
reflexões de nós para
conosco, de modo que o
ideal do Cristo viva em
nós. Cristãos sinceros,
devemos buscar ser. Mais
de dois mil anos após a
passagem do Mestre Jesus
na Terra, enfim somos
chamados a arar e regar
com mais intensidade os
ensinamentos do
Evangelho na lavoura de
nossos corações. Bem
feliz será aquele que,
mesmo passando momentos
difíceis, souber vencer
a si mesmo. Estêvão
compreendeu que Jesus
era o Messias com quem
ele sonhava desde a
infância e, ao tomar
conhecimento do
Evangelho, viveu-o com
tamanha intensidade que
Paulo de Tarso jamais
esqueceu a grande
serenidade que o
caracterizava, mesmo na
hora extrema, quando
condenado à morte e
apedrejado pela
ignorância.
Um dia a humanidade se
compreenderá irmã e o
Evangelho de Jesus,
florescido nas almas,
será o condutor de todos
e o amor vencerá na
Terra. Para isso, de
nossa parte, muito ainda
devemos fazer para
sermos como Jesus espera
de seus seguidores. Os
sacrifícios crescentes
vão denotar para cada um
onde está em si o
terreno que precisa ser
trabalhado, para que as
virtudes cresçam.
Precisamos aprender a
nos perguntar, diante
das dores por que
passamos, quais são as
virtudes que Deus deseja
que aprendamos, quais as
preciosas lições que nos
são ofertadas. Isso não
é fácil. O conhecimento
é essencial para a
compreensão.
Nós, os brasileiros,
passamos dias de
sofrimentos. O que
precisaríamos aprender?
Que cada um pergunte a
si mesmo. Que virtudes
desenvolver? Clama-se
por honestidade, por
justiça. De fato, uma
civilização adiantada
atende bem os seus
filhos. Conhecemos
famílias que estão se
mudando do país, pessoas
muito simples ou
abastadas, que chegaram
a nos dizer que desejam
um país onde possam
educar melhor seus
filhos.
Há poucos dias, uma
dentista amiga, católica
atuante em sua igreja,
que realiza trabalhos
voluntários no bem, veio
nos dizer que está
tentando um emprego para
um bom homem de família
que tinha uma vida
abastada e perdeu seu
emprego bem remunerado e
está desesperado, porque
tem dois filhos. Ele
está aceitando qualquer
trabalho honesto, desde
que fique na sua cidade.
Nós que mourejamos junto
à periferia da cidade,
em trabalhos de amor ao
próximo, sempre vimos
isso, mas agora a
situação está atingindo
proporções maiores. Que
lição será aquela que
devemos aprender?
Solidariedade?
Desprendimento dos bens
terrenos? Fraternidade?
Altruísmo? Honestidade?
Qual a lição divina? Por
certo a libertação do
egoísmo é uma delas.
A reencarnação é a chave
para muitos
questionamentos. Não
passamos por lições que
não nos são necessárias.
As vidas múltiplas nos
dão uma resposta para os
motivos das dores por
que passamos. O
conhecimento é
libertador. Faculta ao
espírito passar por seus
dissabores com
resignação e coragem.
Por maiores que sejam os
sofrimentos que tenhamos
que passar, coloquemos
os ensinamentos de Jesus
como nossos condutores e
vivamos o Evangelho na
alma em todos os dias de
nossas vidas. A
serenidade vivida por
Estêvão é um exemplo, e
o maior de todos, nosso
mestre Jesus, a quem
devemos buscar com toda
a força de nossos
espíritos, para
alcançarmos as virtudes
para a almejada paz.
Um dia, sim, quando nos
despojarmos de nossas
imperfeições, após nos
termos desnudado perante
nós mesmos, poderemos
ser felizes, no altar
íntimo dos corações,
brilhando em cada um a
sua luz, centelha divina
despertada no imo do
ser.
Mantenhamos a luz
interna, a candeia
acesa, cada um fazendo
sua parte para se tornar
melhor, transformando
por sua vez o nosso país
em um local melhor, de
modo que os filhos do
Brasil não precisem sair
daqui para encontrar um
campo melhor para viver.
Vivamos em paz uns com
os outros, pois o Cristo
de Deus deseja de nós a
vivência de seu
Evangelho de paz e
fraternidade. Sejamos
corretos sempre e nos
amemos uns aos outros,
tratando a todos como
gostaríamos de ser
tratados. Vivamos como
os cristãos devem viver,
ajudando-nos uns aos
outros e exemplificando
o amor ao próximo.