A Vida no Outro Mundo
Cairbar
Schutel
Parte 24
Continuamos nesta edição
o estudo metódico e
sequencial do livro A
Vida no Outro Mundo,
de autoria de Cairbar
Schutel, publicado
originalmente em 1932
pela Casa Editora O
Clarim, de Matão (SP).
Questões preliminares
A. As revelações acerca
do Mundo Espiritual têm
sido generalizadas ou
recebidas apenas em
alguns poucos grupos?
Essas revelações, longe
de terem caráter
pessoal, têm sido dadas
em todos os pontos do
globo e em épocas
diversas, tanto antes
como depois do advento
do Espiritismo. E foram
julgadas concludentes
por homens de grande
valor, como Conan Doyle,
Oliver Lodge, Carl du
Prel e outros. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXII – A
complexidade do mundo
espiritual.)
B. Existe uma linha de
demarcação entre o nosso
mundo e o Além?
A linha de demarcação
entre este mundo e o
Além não é geométrica;
ela é traçada pelas
nossas sensações. Este
mundo e o Além não estão
próximos um do outro; ao
contrário. Eles estão um
no outro, de sorte que,
a despeito de Copérnico,
nós possuímos um Além.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. XXII – A
complexidade do mundo
espiritual.)
C. É correto dizer que o
nosso mundo é um reflexo
do Mundo dos Espíritos?
Sim. Os fatos nos levam
a acreditar que o nosso
mundo é, sim, um reflexo
do Mundo dos Espíritos,
o que é revelado agora,
não mais como uma
abstração, mas como uma
realidade. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXII
– A complexidade do
mundo espiritual.)
Texto para leitura
308. Não será para
admirar que muitos, ao
lerem este livro,
principalmente na parte
que trata do "plano da
vida após a morte",
recebam com indiferença,
e mesmo com cepticismo,
as descrições que damos
da Vida no Outro Mundo.
(A Vida no Outro
Mundo – Cap. XXII – A
complexidade do mundo
espiritual.)
309. Alheios às coisas
espirituais; viciados
por um culto rotineiro
que não fala à razão nem
ao coração; passivos às
injunções sacerdotais,
que têm sufocado as mais
belas aspirações
humanas, para
descortinar o seu
futuro; o homem, preso
ao dogma e a bastardos
ensinos que têm
desvirtuado a natureza
íntima da Outra Vida,
não pode deixar de se
admirar da complexidade
do Mundo dos Espíritos.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXII – A
complexidade do mundo
espiritual.)
310. Como acreditar sem
indispensável preparo
que, em vez de um Céu
abstrato, de indolente
contemplação, de um
Purgatório purificador,
de um Inferno de chamas,
existe um Mundo
absolutamente complexo,
onde há tudo o que é
preciso para que a vida
normal do Espírito não
se ressinta da falta dos
meios necessários ao seu
bem-estar e,
simultaneamente, ao seu
progresso? (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXII
– A complexidade do
mundo espiritual.)
311. Como crer na
existência de parques,
cidades, avenidas,
casas, edifícios,
jardins, flores, no
Outro Mundo, se os
ensinos clericais nos
pintam a Outra Vida com
cores muito diversas,
como se ela fosse o
extremo limite da
existência, a última
etapa a que
irremediavelmente
teríamos de chegar e que
resolveria absolutamente
a nossa condição futura?
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXII – A
complexidade do mundo
espiritual.)
312. A Revelação dos
Espíritos veio produzir
uma revolução completa
nas ideias da Humanidade
sobre a outra vida.
Contrariando toda
conjectura e todas as
concepções humanas, os
Espíritos se
manifestaram e nos
trouxeram notícias
esclarecidas do Mundo em
que habitam, e essas
revelações, longe de
terem caráter pessoal,
têm sido dadas em todos
os pontos do globo e em
épocas diversas. E foram
julgadas concludentes
por homens de grande
valor, como Conan Doyle,
Oliver Lodge, Carl du
Prel e outros. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXII – A
complexidade do mundo
espiritual.)
313. A verdade é que o
Além não é senão um
Além, que é,
evidentemente,
desconhecido neste
mundo. A crença infantil
dos povos colocou o Além
nas esferas superiores,
porque consideravam a
Terra como o centro do
Universo. Copérnico pôs
fim a essa concepção
errônea, devassou o Além
e deslocou o Céu. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXII – A
complexidade do mundo
espiritual.)
314. A linha de
demarcação entre este
mundo e o Além não é
geométrica; ela é
traçada pelas nossas
sensações. Este mundo e
o Além não estão
próximos um do outro; ao
contrário. Eles estão um
no outro, de sorte que,
a despeito de Copérnico,
nós possuímos um Além. O
mais racional seria,
então, admitir que este
mundo e o Além se acham
no mesmo plano. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXII – A
complexidade do mundo
espiritual.)
315. A tudo isto
precisamos acrescentar
as construções e
criações fluídicas
operadas com a força do
pensamento e da vontade,
assuntos de que Allan
Kardec tratou
magistralmente em “O
Livro dos Espíritos” e
em “O Livro dos Médiuns”
e que outros reveladores
têm feito mais
circunstanciadamente
ainda. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXII
– A complexidade do
mundo espiritual.)
316. Pode-se,
finalmente, concluir,
que os seres viventes,
após a morte do
invólucro físico,
permanecem no Além, em
meios que lhes são
peculiares, conservando,
até ulterior evolução, a
forma que tinham na
Terra, nos ares, nas
águas. (A Vida no
Outro Mundo – Cap. XXII
– A complexidade do
mundo espiritual.)
317. É assim que se pode
entender o fato de ser o
nosso mundo um reflexo
do Mundo dos Espíritos,
o que é revelado agora,
não mais como uma
abstração, mas, sim,
como uma realidade; e
parece-nos razoável
sejam as plantas, as
flores, nesse mundo,
muito mais belas e
perfumadas que as
nossas, pois, em sua
essência, não poderiam
deixar de ser, bem assim
os animais, muito mais
inteligentes e bonitos
que os terrenos. (A
Vida no Outro Mundo –
Cap. XXII – A
complexidade do mundo
espiritual.)
318. Submetidos assim,
não à Evolução da
Espécie, mas à Lei da
Evolução Anímica, tanto
num mundo como no outro,
os Espíritos, de acordo
com as suas necessidades
psíquicas, pelos
renascimentos
sucessivos, ou seja,
pela reencarnação, sobem
com mais ou menos
brevidade a escada do
progresso para atingirem
a Perfeição Espiritual.
Por isso é que se diz
que os dois Mundos, o
terráqueo e o dos
Espíritos, são
solidários, reagindo um
sobre o outro, além de
que as Entidades de
maior progresso neste
último concorrem com as
suas luzes para a
evolução coletiva, ora
ensinando, ora
protegendo os seres que
se acham sob sua guarda.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXII – A
complexidade do mundo
espiritual.)
319. Repitamo-lo, pois:
a outra vida não é uma
concepção abstrata, mas
constitui um mundo
complexo digno de
atenção e onde
acumulamos os nossos
melhores tesouros,
tesouros incorruptíveis
que nos garantem a
verdadeira felicidade.
(A Vida no Outro Mundo –
Cap. XXII – A
complexidade do mundo
espiritual.)
(Continua no próximo
número.)
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