Divaldo Franco:
“Deus não pune”
Um público
numeroso
assistiu em
Dublin, Irlanda,
à conferência do
conhecido orador
sobre o tema
“Esquizofrenia e
Obsessões”
O médium e
orador espírita
Divaldo Franco
realizou na
tarde do dia 7
de maio, um
sábado, uma
palestra na
cidade de
Dublin, Irlanda.
O evento foi
realizado no
auditório do
Carlton Hotel
Dublin, com a
presença de um
público de 320
pessoas. Anne
Sinclair foi a
intérprete.
Para tratar
sobre o tema
“Esquizofrenia e
Obsessões”, foi
abordado o
conceito de
saúde da
Organização
Mundial da
Saúde, que
define saúde
como sendo o
perfeito
bem-estar
físico,
psicológico e
social. Conforme
esclarecido pelo
orador,
estudiosos
teriam,
recentemente,
adicionado mais
um elemento
determinante do
estado de saúde:
o bem-estar
espiritual.
Por isso, o
indivíduo
valeria por
aquilo que é e
nunca por aquilo
que possui ou,
ainda, por sua
personalidade,
pelas
aparências. As
condições
decisivas para a
saúde somente
seriam
alcançadas
mediante a
autorrealização.
Nesse sentido,
ressaltou
Divaldo, o
psiquiatra Carl
Gustav Jung
afirmaria que é
imprescindível à
criatura humana
eleger uma meta
psicológica
profunda para
sua vida e
vivê-la, de
maneira a evitar
a queda no vazio
existencial.
Esse sentido
profundo
conduziria o ser
a um estado de
plenitude. Para
o médico suíço,
o modelo ideal
para
encontrar-se a
plenitude seria
Jesus, sobretudo
por causa de sua
mensagem
psicoterapêutica
em torno do
amor, portanto,
em caráter
perfeitamente
concorde com o
que fora
apontado pelos
Espíritos
superiores na
resposta à
questão de
número 625 de
O Livro dos
Espíritos.
Divaldo afirmou
que a Ciência
Espírita, que
estuda a origem,
a natureza e o
destino dos
Espíritos e as
relações
existentes entre
o |
|
Público presente |
|
|
Divaldo Franco e sua intérprete |
|
|
Momento de autógrafos |
|
|
Os livros tiveram, como vemos, grande procura |
|
mundo
físico e
o
espiritual,
estabeleceu
verdadeira
ponte
entre as
doutrinas
Materialista
e
Determinista.
Com os
postulados
da
imortalidade
da alma,
da
reencarnação
e da lei
de causa
e
efeito,
o
Espiritismo
fez luz
sobre os
pontos
obscuros, inexplicados, do
Determinismo,
fazendo-nos
compreender que
somos, hoje, o
resultado de
todas as nossas
experiências
reencarnatórias.
Ademais, a prova
obtida com as
comunicações dos
Espíritos
demoliu o
fundamento do
Materialismo,
por demonstrar
que a vida nunca
cessa. |
No passado está
a causa da
esquizofrenia
– A mente - ou o
Espírito - seria
a causa a
comandar as
funções do corpo
espiritual e,
por via de
consequência, do
corpo físico, o
qual
apresentaria em
si os efeitos do
pensamento.
Sendo estes de
teor negativo, o
perispírito
desajustar-se-ia,
passando a atuar
desordenadamente
sobre o cérebro
humano, cujas
funções,
notadamente no
campo das
neurocomunicações,
ficariam
prejudicadas,
abrindo espaço
para a
instalação de
transtornos
psiquiátricos.
Os transtornos
psiquiátricos e
psicológicos
teriam, dessa
forma, uma
compreensão
muito mais ampla
e profunda se o
ser humano fosse
considerado no
seu tríplice
aspecto:
Espírito
imortal,
perispírito e
corpo físico,
perfeitamente
integrados.
Recordando que a
esquizofrenia,
até o ano de
1792, era
considerada uma
punição divina
ou manifestação
demoníaca,
Divaldo
esclareceu que,
sob a ótica
espírita, Deus
não pune. Ele
teria criado
leis perfeitas
de equilíbrio
que, quando
defraudadas,
gerariam, como
reação,
desarmonias
espirituais,
psicológicas e,
por fim, físicas
naquele que
desrespeitou os
códigos divinos.
Foi, ainda,
elucidado que
por manifestação
demoníaca
deveríamos
entender a ação
persistente e
negativa de
Espíritos
inferiores sobre
os encarnados.
Com base nesse
conhecimento
espírita,
explicou que a
esquizofrenia,
assim como a
depressão, o
autismo e outros
transtornos
teriam sua
causa, quase que
invariavelmente,
em reencarnações
anteriores. As
ações negativas
do passado,
correspondendo a
infrações às
leis divinas,
gerariam
desequilíbrios
espirituais,
psicológicos e
perispirituais
no ser, que, ao
reencarnar,
imprimiria em
seu corpo físico
as matrizes do
transtorno
psiquiátrico,
abrindo campo de
ação dos
Espíritos
inferiores sobre
si, nos
processos
obsessivos.
Na atualidade, a
esquizofrenia
não seria mais
uma doença
incurável, do
ponto de vista
médico, conforme
asseverou o
palestrante,
necessitando de
tratamento de
ampla abordagem,
psiquiátrica,
psicológica e
espiritual, uma
vez que, além
das causas
endógenas
(hereditariedade,
doenças
infectocontagiosas
etc.) e exógenas
(eventos da
vida, conflitos
da infância,
conflitos
sexuais,
narcisismo
etc.), haveria
as causas
espirituais.
Que é preciso
para viver em
plenitude
– Divaldo
apresentou
vários casos de
pacientes
esquizofrênicos
e depressivos
que, apesar da
brilhante
inteligência e
dos talentos que
possuíam,
tiveram de
enfrentar o
sofrimento
imposto a eles
pelos
transtornos
psiquiátricos,
tais como Padre
William Doyle,
Johann W.
Goethe, Franz
Liszt e outros.
Afirmou, ainda,
que até o início
do século XX, os
métodos de
tratamento da
esquizofrenia
eram cruéis. Com
o progresso da
Ciência, novas
terapêuticas
teriam surgido,
como a
convulsoterapia
com uso de
metrazol, a
insulina,
desenvolvida
pelo Dr. Manfred
Sakel; ou a
terapia do
eletrochoque,
proposta pelos
Drs. Bini,
Cerlletti e
Kalinowski.
Além dos métodos
físicos,
começariam a ser
utilizadas
abordagens
psicoterápicas
para os
tratamentos
desses
pacientes, e, na
sequência,
substâncias
químicas
desenvolvidas em
laboratórios (os
chamados
barbitúricos)
seriam usadas
nos
esquizofrênicos,
para suprir as
deficiências dos
neurocomunicadores
naturais.
No encerramento
da conferência,
ele narrou o
episódio do
Evangelho de
Marcos, no qual
Jesus, após
curar um homem
que sofria de um
processo
obsessivo por
subjugação, vai
falar aos
gadarenos para
oferecer-lhes a
sua mensagem de
libertação, de
paz e de amor,
sendo, contudo,
por eles expulso
de sua região.
Divaldo, então,
enfatizou que
Jesus tem algo
muito melhor a
nos oferecer de
tudo o que a
Terra poderia
nos dar (poder,
posse, prazer).
Ele nos tem a
ofertar a
própria paz, que
nos faria sentir
a verdadeira
felicidade. Mas
temos,
repetidamente,
expulsado Jesus
de nossas vidas,
sendo este o
momento,
decisivo para
todos nós, de
vincular-nos à
proposta do
Cristo,
reabilitando-nos
perante a nossa
própria
consciência
para, enfim,
vivermos em
plenitude.
Nota do Autor:
As fotos que
ilustram esta
reportagem são
de autoria de
Lucas Milagre.
|