No lar
Não olvides que
teu filho, sendo
a materialização
de teu sonho, é
também tua obra
na Terra.
Às vezes é um
lírio que
plantaste no
tempo; contudo,
na maioria das
ocasiões, é um
fragmento de
mármore que
deixaste à
distância.
Flor que te pode
encorajar ou
pedra que te
pode ferir.
Recebe-o, pois,
como quem
encontra a
oportunidade
mais santa de
trabalho no
mundo.
Não lhe
abandones o
espírito à
liberdade
absoluta, para
que se não perca
ao longo da
estrada, e nem
cometas a
loucura de
encarcerá-lo em
teus pontos de
vista, para que
o teu
exclusivismo não
lhe desfigure as
qualidades
inatas para o
infinito bem.
Ajuda-o, acima
de tudo, a
crescer para o
ideal superior,
assim como
auxilias a
árvore nascente,
em ímpeto
ascensional para
a luz.
Livra-o das
deformidades
mentais, tanto
quanto proteges
o vegetal
proveitoso
contra a invasão
da erva
sufocante.
Ser pai é ser
colaborador
efetivo de Deus,
na Criação.
Receber um filho
é deter entre os
homens o mais
sagrado
depósito.
Não desertes,
assim, da
abnegação em que
deves empenhar
todas as forças
peculiares à
própria vida, a
fim de que o
rebento de tuas
aspirações
humanas se faça
legítimo
sucessor dos
teus mais
íntimos anseios
de elevação.
O lar, na Terra,
ainda é o ponto
de convergência
do passado.
Dentro dele,
entre as quatro
paredes que lhe
constituem a
expressão no
espaço,
recebemos todos
os serviços que
o tempo nos
impõe,
habilitando-nos
ao título de
cidadãos do
mundo.
Exercitemos,
desse modo, o
amor e o
serviço, a
humildade e o
devotamento, no
templo familiar,
à frente de
nossos amigos ou
adversários do
pretérito
transformados
hoje em nossos
parentes ou em
nossos filhos, e
estaremos
alcançando nos
problemas da
eternidade a
mais alta e a
mais sublime
equação.
Do livro Luz
no Lar, obra
mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.
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