GEBALDO JOSÉ DE
SOUSA
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás
(Brasil)
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Não são os que
gozam saúde que
precisam de
médico
Pastorino, no
vol. II de ‘Sabedoria
do Evangelho’,
estuda o
“banquete de
Mateus” (Mt,
9:10 a 13).
Este, antes de
seguir Jesus,
oferece-lhe um
"grande
banquete" e se
despede de
amigos e colegas
de profissão.
Para fariseus e
saduceus,
gentios e judeus
que se ligavam a
eles eram
"pecadores". Do
grego:
"pecadores" –
"os que estão
fora do caminho
certo". Não eram
criminosos;
apenas não
seguiam a
rigidez legal.
E ir a banquete
em casa de
alguém era
fazer-lhe grande
honra. Os judeus
não admitiam
gentios nesse
ato quase
religioso.
Após a morte de
Jesus, cristãos
de origem
judaica
recusavam
alimentar-se ao
lado dos
cristãos vindos
do paganismo (Paulo,
Gl,
2:11-14).
Ao ver essa
‘promiscuidade’,
escandalizam-se
e questionam os
discípulos de
Jesus quanto ao
desrespeito aos
preceitos
mosaicos.
Jesus intervém,
para tirá-los do
embaraço, e o
faz com fina
ironia, chamando
os fariseus de
"justos" e de
"sadios" de
espírito.
Cita Oséias
(6:6): a
misericórdia
vale mais que
sacrifícios
religiosos; e
aforismo
corrente: "Não
são os sadios
que precisam de
médico". E
afirma: 'Não vim
chamar justos,
mas "pecadores".
Mais tarde dirá
que "pecadores"
e meretrizes
chegarão ao
"reino de Deus"
antes que os
"justos"
fariseus e os
sacerdotes
convencidos (Mt,
21:31).
A lição de Jesus
visa aos
vaidosos de suas
virtudes, que
fogem aos
enfermos morais.
Não temamos
ombrear com
"pecadores"; nem
deles fujamos.
Afinal, em que
somos melhores
que eles?
*
Em O
Evangelho
segundo o
Espiritismo,
cap. 24, item
12, Allan Kardec
mostra a conduta
do Mestre:
"Jesus se
acercava,
principalmente,
dos pobres e dos
deserdados,
porque são os
que mais
necessitam de
consolações; dos
cegos dóceis e
de boa-fé,
porque pedem se
lhes dê a vista,
e não dos
orgulhosos que
julgam possuir
toda a luz e de
nada precisar".
PRIVATEConceitos
do cap. 28, do
livro Fonte
Viva, de
Emmanuel,
Espírito:
Para seguir
Jesus, quem sabe
ler, ampare o
analfabeto; o
saudável auxilie
o doente.
O que tem fé
suporte o
ignorante,
auxiliando-o a
libertar-se das
trevas.
Se humilde, dê
exemplos aos
orgulhosos. Se é
bom, assista aos
maus, para
libertá-los da
revolta e da
ignorância.
Jesus
preceitua-nos
para a cura do
(a):
Egoísmo – “faze
aos outros o que
desejas que os
outros te
façam”.
Cólera – “na
paciência
possuirás a ti
mesmo”.
Revolta –
“humilha-te e
serás exaltado”.
Vaidade – “não
entrarás no
Reino do Céu sem
a simplicidade
de uma criança”.
Ódio – “ama os
teus inimigos”.
Ignorância –
“aprende com a
verdade e a
verdade te
libertará”.
Mágoa – “perdoa
até setenta
vezes sete
vezes”.
A revista
‘Presença
Espírita’ de jul/ago/03
relata:
Década de 70.
Divaldo Franco
falava na FEB,
no Rio. Um homem
começou a
gritar,
impedindo a
audição da
palestra.
O Presidente da
FEB, de cabeça
baixa,
mantinha-se em
oração; outros
confrades,
também silentes,
ficaram quietos.
O médium
recorreu a
Bezerra de
Menezes: – Dr.
Bezerra, dê um
jeito de tirar
esse homem
daqui!
O Espírito
desceu da
tribuna e
dirigiu-se ao
pobre homem.
Falou-lhe
baixinho,
mentalmente...
Retornou e
explicou ao
médium: – Ele me
disse: “Dr.
Bezerra, se me
expulsam da Casa
de Deus, para
onde irei?”.
Então,
pergunto-lhe,
Divaldo, para
onde o mando?
Este percebe a
lição de
paciência: –
Deixa o homem aí
mesmo!
Ao final da
reunião, o homem
abraça o médium:
– Divaldo,
sempre que me
achava em
templos, uma
força fazia-me
agir daquela
maneira, mas
parece-me que
isso acabou...
Não a sinto mais
a me dominar.
Muito obrigado!