Bendita sejas sempre
Maria Dolores
Bendita sejas sempre,
mão fraterna,
Que distribuis, caminho
afora,
A segurança, o teto, a
proteção e a mesa
Para sanar a dor da
penúria que chora.
Bendita sejas pelo pano
amigo,
Que entreteces ou
limpas, a contento,
Suprimindo a nudez de
quem vai pela estrada,
Ante a injúria do pó,
sob os golpes do vento.
Bendita sejas no
desprendimento,
Com que dás a moeda, em
sentido profundo.
No louvor ao trabalho e
no apoio à bondade,
Reduzindo a aflição e a
tristeza do mundo.
Bendita sejas na
abnegação,
Sem que louros quaisquer
busques ou vises,
Quando estendes a bênção
da esperança
Aos irmãos fatigados e
infelizes.
Bendita sejas pelo
reconforto
Na generosidade doce e
franca,
Quando levas consolo e
lenitivo
Àqueles que a doença
humilha e espanca.
Bendita sejas na
fidelidade
Com que te santificas no
amor puro,
Em resguardando a
infância desprezada,
Edificando as bases do
futuro.
Bendita sejas pela ideia
nobre,
Com que gravas o Bem na
frase que te encerra,
Iluminando o verbo, onde
o verbo se inscreva
Para a sublimação de
toda a Terra!
Bendita sejas sempre,
mão criadora.
Em ti, a caridade,
atingindo apogeus,
Revela, em toda a parte,
o Sol do Entendimento,
A Grandeza da Vida e a
Presença de Deus.
Do livro Antologia da
Espiritualidade,
obra mediúnica
psicografada pelo médium
Francisco Cândido
Xavier.