O Além e a Sobrevivência
do Ser
Léon
Denis
(Parte 4)
Continuamos nesta edição
a apresentar o
estudo do livro
O Além e a Sobrevivência
do Ser, de
autoria de Léon Denis,
com base na 8ª edição
publicada em português
pela Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. É verdade que todos
os corpos, inclusive o
ser humano, irradiam?
Sim. Todos os corpos
vibram, todos se mantêm
num perpétuo estado de
radiação; apenas a do
rádio é mais forte do
que as outras. Quanto ao
ser humano, existe nele
um foco de energia,
donde constantemente
emanam eflúvios
magnéticos e forças que
se ativam, que se
estendem sob a
influência da vontade,
chegando a impressionar
placas fotográficas.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
B. O duplo fluídico do
homem já foi
fotografado?
Sim. A experiência
mostrou que é possível
reproduzir em chapas
fotográficas o duplo
fluídico do homem, como
ocorreu com o coronel de
Rochas e o Dr. Barlemont,
que obtiveram, no
atelier de Nadar, a
fotografia simultânea do
corpo de um médium e do
seu duplo,
momentaneamente
separados. (O Além e
a Sobrevivência do Ser.)
C. Que podemos deduzir
do fato de que o duplo
fluídico pode
desprender-se e agir
fora, sem o concurso do
corpo?
Temos aí mais uma
evidência de que a
imortalidade da alma é
um fato, não somente uma
hipótese. Se está
provado que
a forma fluídica tem a
possibilidade de agir
fora e sem o concurso do
corpo, a morte corpórea
não pode ser o termo de
sua atividade, como de
fato não o é, visto que,
desprendida do corpo
inerte, a alma mantém-se
viva e atuante. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
Texto para leitura
51. Aditemos uma nota
sobre as experiências
dos sábios que citamos:
elas têm tido um alcance
considerável e dado
lugar a comprovações
científicas da mais alta
importância. Por
exemplo, observando as
materializações do
Espírito Katie King é
que Sir William Crookes
descobriu a matéria
radiante. (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
52. Nestes fenômenos
estranhos ele observava
a ação da substância em
trabalho no ponto de sua
transformação em força,
em energia. Foi, pois,
de um fato espírita que
se originou uma série
completa de descobertas,
uma revolução no domínio
da física e da química.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
53. O grande físico
inglês achou um meio de
tornar visível, no
aparelho que veio a
chamar-se “ampola de
Crookes”, essa matéria
radiante, difusa,
imponderável, que enche
o espaço e nos escapa
aos sentidos. Tudo
quanto se há desde então
verificado nesse terreno
não passa de aplicações
da descoberta do ilustre
sábio: os raios X e a
radioatividade dos
corpos, por exemplo.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
54. O próprio rádio não
é mais do que uma dessas
manifestações. Todos os
corpos vibram, todos se
mantêm num perpétuo
estado de radiação;
apenas a do rádio é mais
forte do que as outras.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
55. Podemos hoje
observar a matéria em
seus diferentes estados,
desde o estado sólido, o
mais condensado sob o
qual habitualmente a
vemos, até ao de
completa dissociação em
que se torna força e
luz. (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
56. O ser humano irradia
igualmente. Existe nele
um foco de energia,
donde constantemente
emanam eflúvios
magnéticos e forças que
se ativam, que se
estendem sob a
influência da vontade,
chegando a impressionar
placas fotográficas. Por
semelhante irradiação já
o nosso ser penetra no
mundo invisível. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
57. Todas essas noções
as experiências
científicas confirmam. A
verificação destes modos
de energia, a existência
destas formas sutis da
matéria fornecem ao
mesmo tempo a explicação
dos fenômenos espíritas.
É aí que os Espíritos
haurem as forças de que
se servem nas suas
manifestações físicas; é
desses elementos
imponderáveis que se
constituem seus
envoltórios, seus
organismos. Nós mesmos,
os humanos, possuímos já
nesta vida um corpo
sutil, invisível veículo
da alma, do qual o corpo
físico é a imagem, e que
em certos casos se pode
concretizar e cair sob a
ação dos sentidos. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
58. Já tem sido possível
reproduzir-se em chapas
fotográficas esse duplo
fluídico do homem,
centro de forças e de
radiações. O coronel de
Rochas e o Dr. Barlemont
obtiveram, no atelier
de Nadar, a
fotografia simultânea do
corpo de um médium e do
seu duplo,
momentaneamente
separados. (O Além e
a Sobrevivência do Ser.)
59.
Pela existência do corpo
fluídico, pelo seu
desprendimento durante o
sono natural ou
provocado é que se
explicam as aparições de
fantasmas dos vivos e,
por extensão, as dos
Espíritos dos mortos.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
60. Em muitos casos já
se pudera observar que o
duplo fluídico de
pessoas vivas se
destacava, em certas
condições, do corpo
material, para se
mostrar e manifestar a
distância. Tais
fenômenos são conhecidos
pela designação de fatos
telepáticos. Desde
então, ficou evidente
que, se durante a vida,
a forma fluídica tem a
possibilidade de agir
fora e sem o concurso do
corpo, a morte não pode
ser o termo de sua
atividade. (O Além e
a Sobrevivência do Ser.)
61. Eis um caso notável
de aparição de um vivo
desprendido de sua forma
material: - Os grandes
jornais de Londres, o
Daily News de 17 de
maio de 1905, o
Evening News, o
Daily Express, o
Umpire de 14 de
maio, referiram-se à
aparição, em plena
sessão do Parlamento, na
Câmara dos Comuns, do
fantasma de um deputado,
o major Sir Carne Rachse,
que se achava preso em
casa por uma
indisposição. Três
outros deputados
atestaram a realidade
desta manifestação.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
62. Assim se exprime a
respeito Sir Gilbert
Parker, membro daquela
Câmara, no jornal
Umpire de 14 de maio
de 1905, do qual os
Anais das Ciências
Psíquicas de junho
do mesmo ano
reproduziram a
narração:
“Era meu desejo tomar
parte no debate, mas
esqueceram-se de
chamar-me. Dirigindo-me
para a minha cadeira,
meus olhos deram com Sir
Carne Rachse, sentado
perto do lugar que
habitualmente ocupava.
Sabendo eu que ele
estivera doente, fiz-lhe
um gesto amistoso,
dizendo-lhe: ‘Desejo que
esteja melhor.’; mas não
obtive nenhum sinal de
resposta, o que me
espantou. Achei-o muito
pálido. Estava
assentado, tranquilo,
apoiado em uma das mãos;
a expressão da
fisionomia era
impassível e dura.
Detive-me um instante
refletindo sobre o que
convinha fazer; quando
me voltei de novo para
Sir Carne, ele
desaparecera. Pus-me
incontinenti à sua
procura, contando
encontrá-lo no
vestíbulo. Lá não se
achava; ninguém o vira.”
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
63. E o jornal
acrescenta: “O próprio
Sir Carne não duvida de
que tenha realmente
aparecido na Câmara, sob
a forma do duplo,
preocupado como estava
com a ideia de
comparecer à sessão para
dar o seu voto ao
governo.” (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
64. Temos ainda o
testemunho de dois
outros deputados
ingleses. No Daily
News de 17 de maio
de 1905, Sir Arthur
Hayter reforça com o seu
depoimento o de Sir
Gilbert Parker. Diz Sir
Hayter que não só viu
Sir Carne Rachse como
também chamou a atenção
de Sir Campbell
Bannerman para a
presença daquele
deputado. (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
65. Pelo que toca às
aparições de defuntos,
já relatamos em outras
obras as
experiências de Sir
William Crookes com o
Espírito Katie King, as
de Aksakof com o de
Abdullah e outros. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
66. Relatemos aqui um
caso mais recente, que o
professor Lombroso, de
Turim, conhecido do
mundo inteiro pelos seus
trabalhos de fisiologia
criminalista, refere em
seu livro póstumo:
Riccerche sui Fenomeni
Ipnotici e Spiritici. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
67. Eis o que Lombroso
escreveu:
Foi em Gênova, no ano de
1902. A médium Eusápia
se achava em estado de
semi-inconsciência e eu
não esperava obter
fenômeno sério. Antes da
sessão pedira-lhe que
deslocasse, em plena
luz, um pesado tinteiro
de vidro. Ela me
respondeu na sua maneira
vulgar: “Por que te
ocupas com estas
ninharias? Sou capaz de
fazer muito mais, de
dar-te a ver tua mãe. Aí
está no que devias
pensar!” (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
(Continua no próximo
número.)
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