HYEROHYDES GONÇALVES
hyero.inlar@hotmail.com
Governador Valadares, MG
(Brasil)
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Precisa-se de
verdadeiros profetas
Eis o anúncio que eu li:
precisa-se de
verdadeiros profetas!
O caro leitor pode e
deve me questionar sobre
a veracidade dessa
assertiva; apesar de que
se se trata de uma
assertiva, logo se
refere a enunciado
categórico,
indiscutível, claro e
definido. Mas... mesmo
assim vamos aos
questionamentos!
É que esse tão abençoado
anúncio vem aparecendo,
de forma recorrente, nos
meus pensamentos,
levando-me a entender a
imprescindibilidade de
estarmos aqui trazendo
esse assunto em pauta.
Jesus Cristo, através do
Evangelho segundo
Mateus, capítulo 7,
versículos de 15 a 20,
nos adverte quanto à
necessidade de nos
guardarmos, de nos
protegermos dos falsos
profetas, dizendo que
eles vêm ter conosco
cobertos de peles de
ovelha, mas que por
dentro são lobos
ferozes. E ainda nos
recomenda a conhecê-los
pelos seus frutos. E nos
questiona se se podem
colher uvas nos
espinheiros ou figos nas
sarças. E o mestre Jesus
deixa bem claro que uma
árvore boa não pode
produzir frutos maus e
uma árvore má não pode
produzir frutos bons. E
que toda árvore má, ou
seja, aquela que não
produz frutos bons, será
cortada e lançada ao
fogo.
Em O Evangelho
segundo o Espiritismo,
no capítulo 21, item 4,
a Espiritualidade da
Verdade nos esclarece,
através de Allan Kardec:
que se atribui
comumente aos profetas o
dom de adivinhar o
futuro, de sorte que as
palavras profecia e
predição se tornaram
sinônimas. Mas que, no
sentido evangélico, a
palavra “profeta” ganha
uma significação mais
ampla, mais extensa, de
forma que o vocábulo
“profeta” passa a se
referir a todo aquele
enviado de Deus com a
missão de instruir as
pessoas e de lhes
revelar as coisas
ocultas e os mistérios
da vida espiritual,
podendo uma pessoa ser
profeta, sem fazer
predições.
Então, amigo leitor,
diante do exposto,
podemos concluir que os
profetas da atualidade
(verdadeiros ou falsos)
não estão apenas nas
religiões,
institucionalmente
definidas; mas, em todos
os segmentos sociais,
tais como nas famílias,
na política, na
comunidade, nas
atividades
profissionais, nos
campos comerciais e
assim por diante...
Mas... como conhecê-los,
se verdadeiros ou
falsos?!!!
Imaginemos um líder ou
dirigente de uma
instituição religiosa
que prega o bem, mas
que, na verdade, tem
interesses pessoais ou
econômicos na causa, ou
até mesmo por vaidade
tire proveito daqueles
que o seguem: está sendo
um falso profeta.
Os pais que dão maus
exemplos aos filhos,
tirando vantagem
indevida no trato com as
pessoas; no trânsito,
avançando o sinal
vermelho, dirigindo
alcoolizado ou
embriagado o seu veículo
automotor; na lida do
dia a dia, soltando
expressões obscenas:
trata-se de falsos
profetas.
O político que corrompe
e/ou se deixa corromper,
ou que não cumpre as
promessas de campanha,
também é um exemplo de
falso profeta.
O líder comunitário que
se dedica à comunidade
tão somente para obter
vantagens ilícitas
também é um exemplo de
falso profeta.
O profissional e o
comerciante que não
cumprem corretamente as
suas obrigações,
enganando os clientes,
ou ao patrão, ou aos
empregados, também é um
caso de falsa profecia.
O escritor que tenta,
com as suas obras
exuberantes, incentivar
pessoas à discórdia, à
destruição da família,
às práticas do sexo
desregrado, ao crime,
etc.: trata-se de falso
profeta.
Logo, caro amigo, falso
profeta é todo aquele
que se esconde por trás
de uma situação de
benefício para a
sociedade, mas que, na
verdade, dá o bote
na hora oportuna,
enganando as pessoas que
nele depositaram a
confiança.
Então, precisa-se de
verdadeiros profetas!!!
Que promovam o bem a
todo instante, em todos
os lugares, visando à
cooperação sincera na
construção de um mundo
melhor, mais fraterno.
Que façam do amor a
religião verdadeira;
Que se façam irmãos uns
dos outros;
Que o Deus dessa
religião seja
reconhecido em cada
irmão a quem devemos
servir.
Sigamos os exemplos,
dentre outros, de Madre
Tereza de Calcutá; de
Irmã Dulce; e de Chico
Xavier, que tinha a
candura no próprio nome.
Sigamos os exemplos dos
bons líderes políticos,
religiosos e
comunitários, que
pautaram e que se pautam
na força do bom exemplo;
Sigamos os exemplos dos
pais dedicados à
formação honesta dos
filhos;
Sigamos os exemplos dos
escritores pautados na
ética e na moral
elevada;
Sigamos os exemplos dos
comerciantes e
profissionais que se
dedicam ao trabalho
honesto e às ofertas
sinceras.
Tenhamos em mente os
exemplos do Mestre Jesus
Cristo, que é o tipo
mais perfeito que Deus
concedeu à humanidade
para lhe servir de guia
e modelo de perfeição
espiritual. (V.
questão nº 625 d´O Livro
dos Espíritos.)
Enfim, façamos de cada
um de nós um verdadeiro
profeta, em todos os
momentos e em todos os
lugares onde estivermos,
para o serviço do
próximo; mas,
principalmente, em
relação a nós mesmos, à
nossa própria
consciência, porque, a
partir de cada um de
nós, surgirá um mundo
melhor e mais fraterno.