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Clássicos do Espiritismo
Ano 10 - N° 477 - 7 de Agosto de 2016
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

O Além e a Sobrevivência
do Ser

Léon Denis

(Parte 5)

Continuamos nesta edição a apresentar o estudo do livro O Além e a Sobrevivência do Ser, de autoria de Léon Denis, com base na 8ª edição publicada em português pela Federação Espírita Brasileira. 

Questões preliminares 

A. Como o professor Lombroso descreveu a aparição de sua própria mãe materializada?  

A primeira aparição ocorreu numa sessão realizada em Gênova, no ano de 1902, com a participação da médium Eusápia Paladino. A forma materializada apresentava um talhe pequeno, como o da falecida mãe de Lombroso. O fantasma trazia um véu. Depois de dar uma volta completa à mesa até chegar perto de Lombroso, ela disse: Cesare, fio mio! Em seguida, a pedido dele, afastou o véu e lhe deu um beijo. Depois desse dia, como ele próprio declarou em seu livro, ela reapareceu ainda umas vinte vezes no correr das sessões realizadas com Eusápia. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

B. Qual é, no tocante aos fenômenos de efeitos físicos, a objeção favorita apresentada pelos incrédulos?

O fato de tais fenômenos se produzirem na obscuridade, o que, segundo os críticos, favorece a ocorrência de fraudes. Léon Denis afirma, no entanto, que a obscuridade é indispensável às chamadas aparições luminosas, as mais frequentes de todos os fenômenos dessa natureza. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

C. Por que a obscuridade é indispensável às sessões de efeitos físicos?

O motivo é que a luz exerce uma ação dissolvente sobre os fluidos e grande número de manifestações só na sua ausência se podem dar. Casos, entretanto, houve em que certos Espíritos puderam aparecer sob os reflexos da luz fosforada. Mas outros se desmaterializaram em plena luz. Sob os raios de três bicos de gás, viu-se certa vez Katie King materializada fundir-se pouco a pouco, dissolver-se e desaparecer. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

Texto para leitura

68. Continuando seu relato acerca da experiência vivida no ano de 1902 em Gênova, Lombroso declarou: 

“Impressionado com esta promessa, depois de uma hora de sessão, apoderou-se de mim o mais intenso desejo de a ver executada e a mesa respondeu por três pancadas ao meu pensamento. Vi de repente (estávamos na meia obscuridade de uma luz vermelha) sair do gabinete uma forma de talhe muito pequeno, exatamente como o de minha mãe. (Cumpre se note que a estatura de Eusápia é pelo menos dez centímetros mais alta que a de minha mãe.) O fantasma trazia um véu; deu volta completa à mesa até chegar a mim, murmurando palavras que muitos ouviram, mas que a minha meia surdez não me permitiu escutar. Enquanto, fora de mim, tal a emoção em que me achava, eu lhe suplicava que mas repetisse, ela me disse: Cesare, fio mio! Reconheço que isso não era de seus hábitos. Efetivamente, nascida em Veneza, tinha ela o costume veneziano de me tratar assim: mio fio! Pouco depois, a pedido meu, afastou por instantes o véu e me deu um beijo.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

69. Na página 93 da obra citada acima se pode ler que a mãe de Lombroso lhe reapareceu ainda umas vinte vezes no correr das sessões de Eusápia. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

70. A objeção favorita dos incrédulos, no tocante a este gênero de fenômenos, é que eles se produzem na obscuridade, tão favorável aos embustes. Há um tanto de verdade nessa objeção e nós mesmos não temos hesitado em assinalar fraudes escandalosas; mas importa se note que a obscuridade é indispensável às aparições luminosas, as mais frequentes de todas. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

71. A luz exerce uma ação dissolvente sobre os fluidos e grande número de manifestações só na sua ausência se podem dar. Casos, entretanto, há em que certos Espíritos puderam aparecer sob os reflexos da luz fosforada. Outros se desmaterializam em plena luz. Sob os raios de três bicos de gás. viu-se Katie King fundir-se pouco a pouco, dissolver-se e desaparecer. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

72. A esses testemunhos corre-nos o dever de juntar o nosso, relatando um fato que nos toca pessoalmente. Durante dez anos nos consagramos a esta ordem de estudos com o auxílio de um médico de Tours, o Dr. Aguzoli, e de um capitão arquivista do 9º Corpo. Por intermédio de um deles, mergulhado em sono magnético, os invisíveis nos prometiam, havia muito, um caso de materialização. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

73. Uma noite, reunidos no gabinete de consulta do nosso amigo, fechadas cuidadosamente as portas, e a luz do dia penetrando ainda bastante pela bandeira da janela para nos ser possível distinguir perfeitamente os menores objetos, ouvimos três pancadas ressoarem em certo ponto da parede. Era o sinal convencionado. Dirigimos os olhares para aquele lado e vimos surgir da dita parede, onde nenhuma solução de continuidade havia, uma forma humana de talhe mediano. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

74. A forma aparecia de perfil: a espádua e a cabeça se mostraram primeiro, depois, gradualmente, todo o corpo se mostrou. A parte superior se desenhava bem, apresentando nítidos e precisos os contornos. A parte inferior, mais vaporosa, tinha o aspecto de uma massa confusa. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

75. A aparição não caminhava, deslizava. Tendo atravessado lentamente a sala, a dois passos de nós, foi enterrar-se e desaparecer na parede oposta, num ponto em que não havia saída alguma. Pudemos contemplá-la durante cerca de três minutos e nossas impressões, confrontadas logo após, se revelaram idênticas. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

76. O coronel francês L. G., hoje general, perdera a filha mais velha, de vinte anos de idade, a quem consagrava terna afeição, por isso que a mocinha, muito séria, renunciava de boa-vontade às diversões em companhia de suas amigas para compartilhar dos trabalhos de seu pai, escritor distinto. Sua morte súbita, fulminante, mergulhou em sombrio desespero o coronel, que me procurou para saber por que meios se poderia comunicar com a morta querida. Mas todas as suas tentativas por intermédio da mesa e da escrita só deram resultados insatisfatórios. (O Além e a Sobrevivência do Ser.)

77. Pouco a pouco, entretanto, fenômenos de visão se produziram e, a 25 de janeiro de 1904, ele me escrevia: 

“Como complemento de minhas cartas anteriores, quero, antes de tudo, consignar aqui, por escrito, o que lhe referi no hotel Nègre-Coste.

Na mesma noite da sua conferência, achando-me deitado e em completa escuridão, vi primeiramente com a maior nitidez a figura de minha filha querida, como a vejo habitualmente (e acrescento – como continuo a vê-la de modo cada vez mais preciso), isto é, uma figura confusa, de brilhante contorno, com o penteado que lhe era peculiar destacando-se maravilhosamente no alto da cabeça.

Ora, como essa forma bem-amada estivesse diante de mim, sentindo-me eu perfeitamente acordado e observando-a com a maior atenção de que sou capaz, a aparição se transfigurou e tive então, junto de meu leito, minha filha adorada, tal como nunca a vira melhor enquanto viva: semblante risonho, alegre, tez brilhante de frescura; era de impressionar; dela emanava uma espécie de luminosidade; seu rosto fulgurava, resplandecia.

Desgraçadamente, isto não durou mais do que cinco a seis segundos, passados os quais divisei novamente a forma confusa, azulada. Só a fisionomia tinha aparência de vida. Acrescento que antes observara, perto de meu leito, magnífica estrela azul, de uma luz inimitável, projetando sobre mim um raio luminoso que me enchia literalmente de claridade.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) 

78. Na sequência da carta, o então coronel L. G. informou: 

“Há alguns dias, meu sobrinho Roberto estava de guarda. À meia-noite deixou o corpo da guarda para ir buscar alguma coisa no seu aposento. Lá chegando, ouviu uma voz bem conhecida que o chamava distintamente: ‘Roberto! Roberto!’ Ele se encontrava absolutamente só, a porta estava fechada e àquela hora todos no quartel dormiam. Acresce que seus camaradas o tratam pelo apelido de família: C..., e nunca pelo primeiro nome. O único que o trata pelo prenome é Amauri, o noivo de minha filha, e esse, no momento, estava deitado no aposento que ocupa em minha casa.

Voltando ao corpo da guarda, meu sobrinho teve a surpresa de ver um cão, que os soldados recolheram e que se chama ‘Batalhão’, levantar-se sobre as patas traseiras, apoiar as dianteiras contra a borda de uma cama de campanha e ladrar, com o pelo eriçado, durante uns dez minutos, fixo o olhar em um só ponto da parede, onde ninguém via coisa alguma. Não houve meio de fazê-lo calar-se.

Finalmente, ontem à noite, em minha casa, Amauri estava deitado e tinha consigo na cama uma gata, outrora favorita da minha cara Ivone. De repente a mesa de cabeceira recebeu uma pancada tão violenta que a gata saltou da cama. Amauri, que apenas dormitava, abriu os olhos e viu o quarto cheio de luminosidades, de pontos brilhantes, etc.

Eis a situação em que nos achamos. Tudo isto não deixa lugar a dúvida alguma, a qualquer suspeita. Tudo se passa em nossa casa, sem médium estranho, em família. A maior parte das vezes os fenômenos se produzem espontaneamente.

Chegar-se-á forçosamente à crença na realidade das manifestações do Além e todo o mundo se admirará um dia de que elas fossem por tão longo tempo desprezadas e até negadas.” (O Além e a Sobrevivência do Ser.) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita