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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 477 - 7 de Agosto de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 



Tormentos da Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 43)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Questões preliminares 

A. Onde Eurípedes Barsanulfo, o fundador do Sanatório Esperança, residia?

Ele residia em área próxima do Hospital, e não em alguma das suas dependências. O local de sua habitação era uma espécie de bairro da cidade espiritual onde se localizava o Sanatório Esperança, com magnífico traçado urbanístico e rica paisagem luxuriante, na qual se experimentava a harmonia entre as realizações do espírito e o ambiente geral, produzindo refazimento e inefável bem-estar por toda parte. As residências encontravam-se ali bem distribuídas com expressivas dimensões e jardins que as uniam, tanto quanto largos espaços para encontros e convivência em grupos. (Tormentos da Obsessão, cap. 22 – Lições de sabedoria.)

B. É verdade que perto dali funcionava também um Educandário?

Sim. Em área próxima destacava-se um amplo edifício escolar, no qual se encontrava um dístico expressivo enunciando tratar-se do Educandário Allan Kardec. Fora esse educandário o modelo no qual Eurípedes se inspirou para erguer o seu equivalente em Sacramento no começo do século 20. Ali, em momentosos deslocamentos espirituais, ele vinha abastecer-se de energias e conhecimentos mediante desdobramento parcial pelo sono físico, para desenvolver novos padrões pedagógicos à luz do Espiritismo, vivendo grandioso pioneirismo em torno da educação. (Tormentos da Obsessão, cap. 22 – Lições de sabedoria.)

C. Que faixas etárias são atendidas pelo Educandário Allan Kardec?

Há no Educandário lugar para todos os níveis etários conforme os padrões terrestres, de modo que aqueles que desencarnam em diferentes idades, quando para lá são levados, dispõem de competente atendimento de acordo com as suas necessidades. Para cumprir esses objetivos, o Educandário possui vários setores, que se iniciam no atendimento maternal, passando pelo jardim de infância e prosseguindo através da preparação primária, secundária e universitária. (Tormentos da Obsessão, cap. 22 – Lições de sabedoria.)

Texto para leitura 

220. A importância do tempo no despertamento dos enfermos – Em seguida, Manoel Philomeno de Miranda foi rever Ambrósio. Junto dele, a prece de reconforto moral e de fraternal sentimento solidário foi a contribuição única de que o autor deste livro dispôs para expressar-lhe simpatia e ajuda, confiando-o à inalterável bondade de Deus. Igualmente, ao lado do dr. Agenor, reflexionou em silêncio a respeito dos tesouros do conhecimento que aplicamos incorretamente e das duras consequências que advêm dessa inditosa conduta. Apesar de hibernado, sem poder exteriorizar as aflições que o martirizavam, ele as vivia mentalmente através do processo das evocações constantes e automáticas. O tempo lhe seria o auxiliar milagroso em favor do despertamento para os novos desafios que deveria enfrentar. O reencontro com Licínio, o próximo a ser visitado, foi enriquecido de alegrias, em face das conquistas do digno trabalhador do Bem, que soube apagar-se a fim de que brilhasse a luz da verdade através dos seus atos. O seu riso generoso e fácil permaneceria na memória de Miranda como o sinal de vitória após o dever retamente cumprido, agora lhe descortinando infinitas outras possibilidades de crescimento interior. (Tormentos da Obsessão, cap. 22 – Lições de sabedoria.) 

221. A prece de reconforto moral como forma de agradecimento – Na sequência das visitas, a próxima foi Dona Hildegarda, que o recebeu com sensibilidade, convidando-o ao retorno, assim que fosse possível, a fim de participar não apenas das atividades hospitalares, mas também dos labores espirituais que ela desenvolvia na crosta terrestre ao lado dos amigos. Jovial e confiante, avançava no rumo da Grande Luz sem olhar para trás, investindo amor e tenacidade no desempenho dos compromissos que ora lhe diziam respeito. O irmão Gustavo Ribeiro apresentava-se mais animado, embora os vínculos profundos que ainda mantinha com o lar e o peso do arrependimento que o esmagava. A prece de reconforto moral e de encorajamento, que Miranda fez ao seu lado, foi a forma de que ele dispunha no momento para agradecer-lhe a lição de vida que lhe oferecera como advertência para a própria indigência. Miranda buscou, em seguida, a presença de Honório, encontrando-o no lento processo de conscientização após os duros transes passados, que ainda prosseguiam em forma de fixações mentais pungentes. E Miranda não se esqueceu igualmente de Agenor, cuja mãezinha o encantara com o seu testemunho de fidelidade e proteção ao filho rebelde, que permanecia em sono profundo visitado pelas imagens perturbadoras da conduta irregular. (Tormentos da Obsessão, cap. 22 – Lições de sabedoria.) 

222. A visita a Eurípedes Barsanulfo – Diante de cada um daqueles irmãos e de outros tantos, Miranda agradeceu a Deus a oportunidade de aprender com eles, sem a necessidade de experimentar os mesmos sofrimentos por que passaram e pelos quais ainda sofriam. A verdade é que, em toda parte, o amor abre o seu elenco de possibilidades de serviço e de renovação em convite perene para a felicidade. Findas as visitas, Miranda preparou-se para o encontro que teria com Eurípedes Barsanulfo, tal como fora estabelecido. Na hora marcada, Dr. Inácio Ferreira e Alberto o conduziram à presença do missionário de Sacramento, que residia em área próxima ao Hospital, e não em alguma das suas dependências. Barsanulfo, desde quando desencarnara, empenhara-se em dar prosseguimento à edificação de uma comunidade dedicada ao amor e ao estudo da Verdade, que houvera iniciado antes do mergulho na carne, conseguindo, ao largo dos anos, receber nas diversas edificações familiares e amigos mais recentes, tanto quanto de épocas recuadas, a fim de prosseguirem juntos no ministério iluminativo, iniciando assim a fraternidade mais ampla entre eles, pródromo daquela que será um dia universal. O local de sua habitação era uma espécie de bairro da cidade espiritual onde se localizava o Hospital, com magnífico traçado urbanístico e rica paisagem luxuriante, na qual se experimentava a harmonia entre as realizações do Espírito e o ambiente geral, produzindo refazimento e inefável bem-estar por toda parte. As residências encontravam-se bem distribuídas com expressivas dimensões e jardins que as uniam, tanto quanto largos espaços para encontros e convivência em grupos. Noutra área, destacava-se um amplo edifício escolar, no qual se encontrava um dístico expressivo enunciando tratar-se do Educandário Allan Kardec. (Tormentos da Obsessão, cap. 22 – Lições de sabedoria.) 

223. O Educandário Allan Kardec – Dr. Inácio, percebendo-lhe o espanto, informou: “Esse Instituto foi o modelo no qual Eurípedes se inspirou para erguer o seu equivalente em Sacramento no começo do século 20. Aqui, em momentosos deslocamentos espirituais, ele vinha abastecer-se de energias e conhecimentos mediante desdobramento parcial pelo sono físico, para desenvolver novos padrões pedagógicos à luz do Espiritismo, vivendo grandioso pioneirismo em torno da educação. Diversos daqueles seus alunos de então ora aqui se encontram, trabalhando na divulgação da metodologia do ensino moderno, ampliando a visão da liberdade com responsabilidade nas grades pedagógicas. A obra do Bem não é realizada de improviso, nem surge concluída de um para outro momento. Exige esforço, perseverança e dedicação. O Educandário tem vários setores, que se iniciam no atendimento maternal, passando pelo jardim de infância e prosseguindo através da preparação primária, secundária, universitária... Há lugar para todos os níveis etários conforme os padrões terrestres, e aqueles que desencarnam em diferentes idades, quando para cá são trazidos, dispõem de competente atendimento de acordo com as suas necessidades”. Eles haviam caminhado entre jardins e alamedas bem cuidados por quase um quilômetro desde que saíram da porta central do pavilhão no Hospital que os alojava, até chegarem à residência do Benfeitor e fundador do Sanatório Esperança. (Tormentos da Obsessão, cap. 22 – Lições de sabedoria.) (Continua no próximo número.)




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita