THIAGO
BERNARDES
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Curitiba,
Paraná (Brasil) |
|
Tormentos da
Obsessão
Manoel Philomeno
de Miranda
(Parte 45 e
final)
Concluímos hoje
o estudo metódico
e sequencial do
livro Tormentos
da Obsessão, obra de
autoria de
Manoel Philomeno
de Miranda,
psicografada por
Divaldo P.
Franco
e publicada em 2001.
Questões
preliminares
A. Quem assume
compromisso com
Jesus não se
pode permitir o
luxo de o
abandonar na
curva do
caminho?
Claro. É
Eurípedes
Barsanulfo quem
nos faz essa
advertência,
lembrando que a
morte nos
aguarda no
próximo trecho
da viagem e nos
surpreenderá
conforme nos
encontrarmos. A
transitoriedade
da indumentária
física é convite
à reflexão em
torno dos
objetivos
essenciais da
vida que, a cada
momento, altera
o rumo do
viajante de
acordo com o
comportamento a
que se entrega.
Que ninguém,
pois, se iluda,
nem tampouco
iluda os demais.
(Tormentos da
Obsessão, cap.
22 – Lições de
sabedoria.)
B. É correto
dizer que a
consciência, por
mais que isso
demore, um dia
desperta?
Sim. Por mais se
demore
anestesiada, a
consciência
sempre desperta
com rigor,
convidando o ser
ao ajustamento
moral e à
regularização
dos equívocos
deixados no
trajeto
percorrido. É
isso que nossos
amigos
espirituais nos
ensinam, visto
que conhecem
perfeitamente a
dificuldade do
trânsito físico,
pois já o
vivenciaram
diversas vezes e
ainda o têm vivo
na memória e nos
testemunhos a
que foram
obrigados.
Apesar disso,
bendizem as
dificuldades e
as provas que os
estimularam ao
avanço e à
conquista da
paz.
(Tormentos da
Obsessão, cap.
22 – Lições de
sabedoria.)
C. Que fenômenos
ocorreram
durante a oração
final proferida
por Eurípedes
Barsanulfo?
A luz ambiente
diminuiu de
intensidade
durante a
oração, ao tempo
em que peregrina
claridade de
luar invadiu o
recinto bafejado
por acordes
harmônicos de
harpa dedilhada
ao longe com
incomum
maestria.
Simultaneamente,
pétalas de rosas
coloridas caíram
do teto e
diluíram-se com
delicadeza no
contato com os
que ali se
encontravam. O
ambiente
permaneceu
assim, em
silêncio
profundo, por
alguns minutos,
ouvindo-se o
pulsar da
Natureza e
recebendo-se o
inefável amparo
divino. Depois,
lentamente a
claridade
ambiente
retornou e todos
se olharam
comovidos e
felizes. Estava
encerrado o
incomum
encontro.
(Tormentos da
Obsessão, cap.
22 – Lições de
sabedoria.)
Texto para
leitura
228.
Ninguém se
encontra na
Terra em regime
de exceção
– Eurípedes
Barsanulfo
silenciou por
breves segundos,
logo dando curso
aos seus
enunciados:
“Felizmente nos
confortam o
testemunho de
inúmeros heróis
do trabalho, os
permanentes
exemplificadores
de caridade, a
constância no
bem pelos
vanguardeiros do
serviço
dignificante, os
ativos operários
da mediunidade
enobrecida e
dedicada ao
socorro
espiritual, os
incansáveis
divulgadores da
verdade sem jaça
e sem
prepotência que
continuam no
ministério
abraçado em
perfeita
sintonia com as
Esferas Elevadas
de onde
procedem. Quem
assume
compromisso com
Jesus através da
Revelação
Espírita, não se
pode permitir o
luxo de O
abandonar na
curva do
caminho, e
seguir a sós,
soberbo quão
dominador,
porque a morte o
aguarda no
próximo trecho
da viagem e o
surpreenderá
conforme se
encontra, e não,
como se dará
conta do quanto
deveria estar
melhor mais
tarde. A
transitoriedade
da indumentária
física é convite
à reflexão em
torno dos
objetivos
essenciais da
vida que, a cada
momento, altera
o rumo do
viajante de
acordo com o
comportamento a
que se entrega.
Ninguém se
iluda, nem
tampouco iluda
aos demais. A
consciência, por
mais se demore
anestesiada,
sempre desperta
com rigor,
convidando o ser
ao ajustamento
moral e à
regularização
dos equívocos
deixados no
trajeto
percorrido.
Todos quantos
aqui nos
encontramos
reunidos,
conhecemos a
dificuldade do
trânsito físico,
porque já o
vivenciamos
diversas vezes,
e ainda o temos
vivo na memória
e nos
testemunhos a
que fomos
convocados.
Ninguém esteve
na Terra em
regime de
exceção. Apesar
disso,
bendizemos as
dificuldades e
as provas que
nos estimularam
ao avanço e à
conquista da
paz”.
(Tormentos da
Obsessão, cap.
22 – Lições de
sabedoria.)
229. Os
reencarnados de
hoje serão os
desencarnados de
amanhã –
Na sequência, o
missionário de
Sacramento disse
que
provavelmente
estas
informações,
quando
conhecidas por
muitos
espíritas, serão
contraditadas e
mesmo
combatidas,
porque nunca
faltam pessoas
que se entregam
à zombaria e à
aguerrida
oposição. Seus
estímulos, disse
ele, funcionam
melhor quando
estão contra
algo ou alguém.
E complementou:
“Não nos
preocupamos com
isso.
Cumpre-nos,
porém, o dever
de informar com
segurança, e o
fazemos com o
pensamento e a
emoção
direcionados
para a Verdade.
Como os
reencarnados de
hoje serão os
desencarnados de
amanhã, e
certamente o
inverso
acontecerá, os
companheiros
terrestres
constatarão e se
cientificarão de
visu. Jamais nos
cansaremos de
amar e de
servir, tentando
seguir as
luminosas
pegadas de
Jesus, que nos
assinalou com
sabedoria: —
Muitos serão
chamados e
poucos serão
escolhidos. Sem
a pretensão de
sermos
escolhidos, por
enquanto apenas
pretendemos
atender-lhe ao
sublime chamado
para o Seu
serviço entre as
criaturas
humanas de ambos
os planos da
vida”. Dito
isso, ele
calou-se,
visivelmente
emocionado,
ergueu-se e,
nimbado por
peculiar
claridade que
dele se
irradiava,
pronunciou
comovente
oração.
(Tormentos da
Obsessão, cap.
22 – Lições de
sabedoria.)
230. A
prece de
Eurípedes
– Eis as
palavras ditas
na prece pelo
amorável
missionário:
“Amantíssimo
Pai,
incomparável
Criador do
Universo e de
tudo quanto nele
pulsa! Tende
compaixão dos
vossos filhos
terrestres,
mergulhados nas
sombras densas
da ignorância e
do primarismo em
que se demoram.
A vossa excelsa
misericórdia
tem-se
consubstanciado
em lições de
vida e de beleza
em toda parte,
convidando-nos,
estúrdios que
somos, ao
despertamento
para a vossa
grandeza e
sabedoria
infinita. Não
obstante,
continuamos
distraídos,
distantes do
dever que nos
cabe atender.
Apiedai-vos da
nossa pequenez e
deixai-nos
sentir o vosso
inefável amor,
que nos rocia e
quase não é
percebido, a fim
de alterarmos o
comportamento
que vimos
mantendo até
este momento.
Enviastes-nos
Jesus, o
inexcedível
Amigo dos
deserdados e dos
infelizes,
depois de
inumeráveis
Mensageiros da
Luz, ouvimos-Lhe
a voz,
sensibilizamo-nos
com o Seu
sacrifício, no
entanto,
desviamo-nos do
roteiro que Ele
nos traçou e
continua
apontando.
Tombando, porém,
no abismo, por
invigilância e
leviandade,
tentamos
reerguer-nos
várias vezes, e
nos ajudastes
por compaixão,
sem que essa
magnanimidade
alterasse por
definitivo nossa
maneira de ser
durante os
séculos
transatos.
Permitistes que
Allan Kardec
mergulhasse no
corpo, a fim de
demonstrar-nos a
imortalidade da
alma, quando
campeava a
descrença e a
cegueira em
torno da vossa
Majestade, e
também nos
fascinamos com o
mestre lionês.
Logo depois,
porém, eis-nos
perdidos no
cipoal dos
conflitos a que
nos afeiçoamos,
experimentando
sombra e dor,
esquecidos das
diretrizes
apresentadas.
No limiar da
Nova Era que se
anuncia, permiti
que vossa luz
imarcescível nos
clareie por
dentro,
libertando-nos
de toda treva e
assinalando-nos
com o
discernimento
para vos amar e
vos servir com
devotamento e
abnegação.
Excelso Genitor,
tende piedade de
nós,
favorecendo-nos
com o
entendimento que
nos ajude a
eliminar o mal
que ainda se
demora em nós,
desenvolvendo o
bem que nos
libertará para
sempre da
inferioridade
que predomina em
a nossa natureza
espiritual.
Sede, pois,
louvado, por
todo o sempre,
Venerando Pai!”
(Tormentos da
Obsessão, cap.
22 – Lições de
sabedoria.)
231.
Despedidas
– Concluída a
prece, Eurípedes
calou-se. A luz
ambiente
diminuiu de
intensidade
durante a
oração, ao tempo
em que peregrina
claridade de
luar invadiu o
recinto bafejado
por acordes
harmônicos de
harpa dedilhada
ao longe com
incomum
maestria.
Simultaneamente,
pétalas de rosas
coloridas caíam
do teto e
diluíam-se com
delicadeza no
contato com os
que ali se
encontravam. As
lágrimas
escorriam
silenciosas e
longas pela face
de Miranda,
confirmando seu
compromisso
emocional com o
dever que jamais
desapareceria do
seu rumo
espiritual. O
ambiente
permaneceu
assim, em
silêncio
profundo por
alguns minutos,
ouvindo-se o
pulsar da
Natureza e
recebendo-se o
inefável amparo
divino.
Lentamente a
claridade
ambiente
retornou e todos
se olharam
comovidos e
felizes. Estava
encerrado o
incomum
encontro. Manoel
P. de Miranda
despediu-se de
todos os novos
amigos, certo de
que voltaria a
encontrá-los
oportunamente em
algum outro
lugar na grande
marcha para
Deus. Eurípedes,
gentilmente,
acompanhou-o à
porta,
abraçando-o com
afeto e
colocando a
comunidade na
qual se
encontrava
inteiramente à
sua disposição,
caso viesse a
ter qualquer
necessidade. Em
seguida, Miranda
retornou ao
pavilhão, onde
se despediu de
todos os demais
companheiros,
visto que no dia
seguinte, ao
amanhecer,
seguiria de
retorno ao seu
lar.
(Tormentos da
Obsessão, cap.
22 – Lições de
sabedoria.)
Fim