Dos quatro termos da oração
associados a um nome,
já examinamos aqui o adjunto
adnominal e o predicativo.
Hoje nosso tema é o
aposto, palavra cuja
pronúncia é fechada (apôsto).
Derivado do latim appositu,
aposto é o nome, ou
expressão equivalente, que
exerce a mesma função
sintática de outro elemento
a que se refere. Exemplo:
Maria, filha do prefeito,
sofreu um acidente.
As características do aposto
são:
1) vem sempre associado a um
nome;
2) liga-se ao nome sem
preposição, salvo em
situações raras;
3) identifica ou esclarece o
nome ao qual se associa,
estabelecendo uma relação de
equivalência.
Exemplos:
- Todos nós respeitamos a
família, célula da
sociedade.
- Pelé, o rei do futebol,
faz aniversário em outubro.
- Os turistas preferem o
Rio, a capital do samba.
- A final será no Maracanã,
o templo do futebol.
- O chefe da repartição,
um senhor de porte altivo,
foi muito gentil.
- Aqui os imóveis mais caros
ficam na Gleba Palhano, a
preferida da classe média.
- Joana, a simpática
atendente do posto de saúde,
veio do Acre.
*
Usada algumas vezes por
Joanna de Ângelis, qual é o
significado da palavra
contubérnio?
Derivada do latim,
contubérnio significa:
vida em comum;
familiaridade; convivência,
camaradagem; mancebia,
concubinato, amigação e,
ainda, tenda de campanha.
Na mensagem “Piparote ao
futurismo”, transmitida por
Chico Xavier, Eça de Queirós
(Espírito) utilizou-a no
seguinte texto:
“Toda a minha capacidade
descritiva é impotente para
pintar a ventura suprema
dessas almas que aí viveram
em contubérnio com as
úlceras da alma, com os
padecimentos superlativos,
com os cancros morais.”
Com a explicação acima, não
é difícil entender o que o
excepcional escritor
escreveu.