THIAGO
BERNARDES
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Curitiba,
Paraná (Brasil) |
|
Sexo e Obsessão
Manoel
Philomeno de Miranda
(Parte 3)
Damos sequência ao
estudo metódico e sequencial do livro Sexo
e Obsessão,obra de autoria de Manoel
Philomeno de Miranda, psicografada por
Divaldo P. Franco e
publicada originalmente em 2002.
Questões preliminares
A. De que modo a Colônia Redenção ajuda a
comunidade encarnada?
De vários modos. Além de enviar Benfeitores
espirituais à crosta terrestre para prestar
atendimento direto aos enfermos do corpo e
da alma, a Comunidade espiritual programou o
nascimento de inúmeras Instituições
devotadas à sociedade sob a bandeira do
Espiritismo Cristão, de forma que se
transformassem em escolas de educação moral
e espiritual, como também de oficinas
promotoras de ações enobrecidas e
ambulatórios dedicados à saúde física,
mental e comportamental que os desvarios
obsessivos ultrajavam. Inúmeros
trabalhadores da Colônia reencarnaram para
servirem em uma dessas instituições, em que,
nas suas reuniões práticas e de desobsessão,
recebem atendimento e são tratados inúmeros
Espíritos comprometidos com a retaguarda e
que antes se compraziam na tenaz perseguição
avassaladora contra os seus antigos algozes. (Sexo
e Obsessão, capítulo 1: Compromissos
iluminativos.)
B. Podemos afirmar que nenhuma prece fica
sem resposta?
Sim. Nenhuma louvação, rogativa ou gratidão
expressa através da prece fica sem resposta
adequada, desde que os sentimentos
acompanhem-lhe o curso oracional. (Sexo
e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)
C. Qual era o objetivo inicial da Caravana
socorrista enviada à crosta pela Colônia?
Atender um jovem sacerdote que se encontrava
em momento muito grave da sua existência,
lutando com tenacidade contra as tendências
infelizes do passado, que o assaltavam agora
com pertinaz incidência. Embora forjado em
sentimentos humanitários e cristãos, ele
perdia lentamente as forças na imensa pugna
travada contra as más inclinações que lhe
predominavam no íntimo e porque também
estava sob indução espiritual perversa e
perigosa. Quando a equipe chegou ao local em
que deveriam iniciar as atividades
socorristas, encontraram um jovem religioso
mergulhado em terrível conflito interior.
Não obstante se encontrasse ajoelhado,
orando em desespero, seu pensamento
turbilhonado exteriorizava imagens
atormentadoras de que se desejava libertar.
O rapaz aparentava trinta anos de idade e
chamava-se Mauro. Tentando fugir dos
tormentos que o sitiavam desde a
adolescência e sentindo-se dominado pelo
desvario das tendências sexuais infelizes,
ele procurara refúgio na Religião, na qual
imaginava poder deter os desejos infrenes
que o aturdiam, mas sua tarefa era complexa
e muito difícil. (Sexo
e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)
Texto para leitura
11. Como
a Colônia age em nosso plano –
Era compreensível que o clima psíquico
favorecesse, então, a instalação de
obsessões cruéis e renitentes,
transformando-se em quase epidemias
periódicas, que faziam sucumbir os
invigilantes, sem que, ao menos, se dessem
conta da própria responsabilidade no
desfecho nefasto das suas empresas
maléficas. O Espiritismo teria, portanto, um
papel de alta relevância a desempenhar nessa
sociedade comprometida e assinalada pelos
efeitos danosos das atitudes desvairadas,
conforme vem ocorrendo com segurança,
cumprindo sua missão de Consolador prometido
por Jesus. A Comunidade espiritual, em face
disso, programou também o nascimento de
inúmeras Instituições devotadas à sociedade
sob a bandeira do Espiritismo Cristão, de
forma que se transformassem em escolas de
educação moral e espiritual, como também de
oficinas promotoras de ações enobrecidas e
ambulatórios dedicados à saúde física,
mental e comportamental que os desvarios
obsessivos ultrajavam. Vinculado a esses
operários da fraternidade e do amor, a
Colônia mantinha ligações especiais com uma
dessas Colmeias Espíritas, onde milhares de
pessoas encontram educação, apoio e socorro,
conforto moral e orientação para as suas
aflições, bem como instruções libertadoras
para os dramas e conflitos que as
desorientam. Inúmeros trabalhadores da
Colônia reencarnaram especialmente para ali
servirem sob a inspiração da mártir da
Independência e do venerando Francisco de
Assis. Nas suas reuniões práticas e de
desobsessão, recebem atendimento e são
tratados inúmeros Espíritos comprometidos
com a retaguarda e que antes se compraziam
na tenaz perseguição avassaladora contra os
seus antigos algozes. O intercâmbio entre as
duas Esferas, desse modo, tornou-se natural
e espontâneo, graças às luzes fulgurantes da
Doutrina Espírita. (Sexo
e Obsessão, capítulo 1: Compromissos
iluminativos.)
12. Nenhuma
prece fica sem resposta –
Quando o ser humano se aperceber das
infinitas possibilidades de que dispõe
através da oração, conceder-lhe-á mais
atenção e cuidados. Força dinâmica,
responsável pelo restabelecimento de
energias, é constituída de vibrações
específicas que penetram a pessoa que ora,
mantendo-lhe a vinculação com as Fontes
Inexauríveis de onde procedem os recursos
vitais. Em razão da intensidade e do hábito
a que o indivíduo se permita, torna-se
valioso instrumento para a conquista da paz
e a preservação da alegria, nele instaurando
um estado de receptividade permanente das
vibrações superiores que se encontram
espalhadas no Cosmo, preservando-lhe a
saúde, gerando-lhe satisfação íntima e
proporcionando-lhe inspiração nas mais
variadas situações do caminho evolutivo.
Como consequência, nenhuma louvação,
rogativa ou gratidão expressa através da
prece fica sem resposta adequada, desde que
os sentimentos acompanhem-lhe o curso
oracional. Manoel Philomeno de Miranda diz
que, em determinada noite de caras
reflexões, ele se encontrava aguardando o
momento para atividades especiais ao lado de
abnegados Mensageiros que fazem o
intercâmbio com os Espíritos encarnados na
Terra, ajudando-os na desincumbência dos
compromissos a que se dedicam. No momento
aprazado, que corresponderia às 2h da manhã,
reuniram-se no local reservado para a
partida em direção do mundo físico. Formavam
um pequeno grupo, sob a orientação do irmão
Anacleto, que fora espiritista militante e
se dedicara com especial empenho ao labor
mediante as terapias da Doutrina em favor da
saúde mental e emocional das criaturas
humanas, particularmente quando afetada pela
interferência dos Espíritos obsessores.
Portador de formosa folha de serviços
enquanto esteve no corpo somático, havia
granjeado merecido respeito em ambos os
planos da vida, pela sua abnegação, carinho
e conhecimento profundo em torno da grave
parasitose espiritual. Reunidos em agradável
sala de amplo edifício reservado para
excursões ao planeta terrestre, todos
mantinham a privacidade dos objetivos a
serem cumpridos, preservando a muito
reconfortante fraternidade, enquanto
aguardavam o momento de iniciar-se a
jornada. (Sexo
e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)
13. Antes
de partir, a Caravana dirige comovente prece
a Jesus –
O Benfeitor, utilizando-se de momento
próprio, expôs-lhes o plano que houvera
traçado para o atendimento a algumas pessoas
que se encontravam em singular circunstância
de suas existências sob influências
perniciosas que as dilaceravam, e, não
obstante, recorriam com frequência e quase
desespero à oração, suplicando a ajuda dos
Céus, que lhes parecia tardar. A caravana
demorar-se-ia por alguns dias em seus
labores, havendo elegido, como sede de ação,
o Núcleo Espírita a que Miranda se referira
anteriormente, onde seria possível operar
com o apoio mental e das vibrações salutares
em favor do êxito do empreendimento.
Acercando-se o momento da partida, o diretor
do grupo convidou-os à oração, que ele
próprio proferiu tocado de especial emoção:
“Senhor Jesus, Amigo dos desafortunados! No
momento em que nos preparamos para mais uma
experiência socorrista em Teu nome, exoramos
a Tua proteção, a fim de que possamos manter
a plena sintonia com os Teus propósitos de
amor, realizando o melhor que nos esteja ao
alcance. Sabemos que não será fácil a tarefa
por executar, considerando as nossas
limitações e deficiências. Nada obstante,
confiamos na Tua inspiração e apoio, de modo
que nos seja permitido executar o serviço
com os mais santos propósitos de
fraternidade e de amor, conforme Tu mesmo o
realizaste quando estiveste conosco no
Planeta. Mantém-nos confiantes na
irrefragável misericórdia do Pai e
dulcifica-nos, para que possamos
sensibilizar aqueles Espíritos que ainda não
Te conhecem, ou que, tendo travado contato
contigo, se afastaram, revoltados e
infelizes, negando-se à vinculação com o Teu
inefável amor. Semelhantes a eles, já
estivemos em situação equivalente, e Tu nos
arrancaste das sombras e dos abismos a que
nos arrojamos, equipando-nos de
conhecimentos e de sentimentos para
modificarmos a estrutura íntima de que somos
constituídos. Faculta-lhes, também a eles, a
mesma concessão com que nos honraste,
utilizando-te de nossa pequenez colocada em
Tuas seguras e generosas mãos. Ampara-nos em
todas as situações, enriquecendo-nos de
inspiração e de caridade, para que sempre
sejas Tu quem estejas presente e não nós,
eliminando o nosso ego para que Te exaltemos
o Espírito magnânimo e misericordioso.
Segue, pois, conosco, Amigo de todas as
horas.” (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O
poder da oração.)
14. Mauro:
um sacerdote atormentado –
Ao concluir a prece, o Benfeitor estava com
a voz embargada, e todos igualmente tocados
de especial emotividade. Em seguida, ele
explicou que o grupo iria, inicialmente,
atender um jovem sacerdote que se encontrava
em momento muito grave da sua existência,
lutando com tenacidade contra as tendências
infelizes do passado, que o assaltavam agora
com pertinaz incidência. Embora forjado em
sentimentos humanitários e cristãos, perdia
lentamente as forças na imensa pugna travada
contra as más inclinações que lhe
predominavam no íntimo e porque também
estava sob indução espiritual perversa e
perigosa. Quando a equipe chegou ao local em
que deveriam iniciar as atividades
socorristas, encontraram um jovem religioso
mergulhado em terrível conflito interior.
Não obstante se encontrasse ajoelhado,
orando em desespero, seu pensamento
turbilhonado exteriorizava imagens
atormentadoras de que se desejava libertar.
Aparentava trinta anos de idade, era
portador de boa constituição orgânica e
apresentava-se com harmonia física e mesmo
alguma beleza nos traços que lhe delineavam
a face. Acercando-se, Miranda ouviu o
Benfeitor sugerir que lhe penetrasse o campo
mental, de modo a registrar seus apelos
aflitivos, inteirando-se do conflito que o
assaltava e o levava a inevitável
desesperação. As emanações mentais eram
carregadas de imagens infantis escabrosas e
cenas de perversão sexual com crianças nos
seus aspectos mais chocantes. Entre sombras
densas, que lhe dominavam as reflexões,
destacavam-se a promiscuidade sadomasoquista
e aberrações outras que o pareciam
satisfazer ao tempo que o afligiam de
maneira especial. Percebendo-lhe a
perplexidade, o irmão Anacleto explicou: “O
nosso Mauro é um jovem que buscou a Religião
sem qualquer inclinação legítima, tentando
fugir dos tormentos que o sitiam desde a
adolescência. Sentindo-se dominado pelo
desvario das tendências sexuais infelizes,
procurou refúgio na Religião, na qual
poderia esconder-se e deter os desejos
infrenes que o aturdem, buscando o Seminário
onde pensava disciplinar os instintos e
corrigir as más inclinações. Infelizmente
não foi bem sucedido, porquanto, no lugar
onde esperava encontrar paz e orientação,
defrontou-se com diversos companheiros
portadores de desequilíbrios equivalentes,
que também buscavam a fuga ao invés do
enfrentamento no século, resvalando, a pouco
e pouco, para comportamentos esdrúxulos e
insanos”. (Sexo
e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)
15. O
drama que afligia Mauro –
Anacleto silenciou por um pouco, e logo
prosseguiu: “Concluindo o curso, e sendo
ordenado sacerdote, a princípio tentou
manter-se distante dos hábitos doentios,
procurando exercer o ministério com atitudes
saudáveis. Todavia, lentamente o cerco das
paixões se fez inexorável, e o contato com
alguns veículos de informação, especialmente
a televisão, foi-lhe quase impossível deixar
de anestesiar-se outra vez pelas sensações
grosseiras dos desejos incoercíveis. Foi-se
permitindo arrastar pelos programas
vulgares, recheados de paixões e vilanias,
embriagando-se com as cenas portadoras de
obscenidades e aberrações, passando à
convivência mental com outros insensatos e
enfermos morais, utilizando-se de
fotografias para prosseguir no tormento que
ora o despedaça interiormente”. Ante a pausa
natural que se fez, Manoel Philomeno de
Miranda indagou: “Pude perceber que o seu
drama íntimo envolve crianças e alguns
jovens imaturos, que se rebolcam nas suas
paisagens mentais entre sombras e cenas de
hedionda qualidade. Qual a razão dessas
manifestações do seu pensamento
atormentado?” Generoso e sábio, o amigo
explicou: “O drama do nosso paciente tem
suas raízes na pedofilia, desequilíbrio
moral e sexual, hoje muito difundido pelos
infelizes vendedores de sexo, a prejuízo da
saúde e da dignidade de inúmeros psicopatas
e perversos. Saturados pelos excessos
sexuais que se permitem, procuram novas
experiências aberrantes e cruéis,
utilizando-se de crianças indefesas e
ingênuas para o triste mercado das suas
vilezas. Por outro lado, pais inescrupulosos
e de conduta esquizofrênica, igualmente
ambiciosos e cruéis, alugam seus filhos para
o comércio ignóbil, no qual adultos
totalmente inescrupulosos e destituídos de
sentimentos dignos delas se utilizam para
dar vaza às suas tendências mórbidas,
esfacelando essas vidas em floração, que se
estiolam, desde cedo, tornando-se, aquelas
que sobrevivem, cínicas e depravadas, sem
nenhum objetivo existencial, exceto a
luxúria para ganhar dinheiro e manter o
vício, logo derrapando no uso das drogas
alucinantes e destruidoras”. (Sexo
e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.) (Continua
no próximo número.)