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Suely Caldas Schubert:
“Amar é não ter que
perdoar”
A
escritora e palestrante
mineira volta a falar
aos espíritas e
simpatizantes do
Espiritismo no Rio
Grande do Sul
Trazendo a sua palavra
de esclarecimento e
iluminando as almas
sedentas de saber, Suely
Caldas Schubert esteve
no Rio Grande do Sul
para a realização de
atividades doutrinárias
nas cidades de Porto
Alegre, Novo Hamburgo,
Tramandaí e Santa Cruz
do Sul, no período de 2
a 9 de setembro de 2016.
Em Novo Hamburgo, onde
falou no dia 2 de
setembro, e em Tramandaí,
no dia 3, apresentou o
tema: Desafios para a
Vivência do Evangelho.
Em Novo Hamburgo a
atividade foi na
Sociedade Espírita Fé,
Luz e Caridade. Em
Tramandaí a instituição
anfitriã foi a Sociedade
Espírita Fé, Amor e
Caridade.
A hospitalidade generosa
dos dirigentes espíritas
foi novamente confirmada
através do acolhimento
fraternal e carinhoso a
Suely Caldas Schubert,
conferencista mineira de
Juiz de Fora.
Destacando que viver o
Evangelho do Cristo, na
atualidade, se afigura
difícil, é, contudo, uma
necessidade imperiosa
para os indivíduos que
desejam alcançar a
felicidade e sentirem-se
mais seguros. Se os
exemplos e os ensinos do
Mestre
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Suely durante apresentação em Novo Hamburgo |
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Em Tramandaí com Carlos e Eloá |
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Nazareno
fossem
seguidos
e
praticados,
a atual
situação
em que
se
encontra
o homem
poderia
estar
bem
melhor,
apesar
das
dificuldades
e apelos
da
materialidade,
das
questões
do plano
físico,
especialmente
aos
jovens.
Cada ser
humano
está
desafiado
a
superar
os
desafios
que se
apresentam
da
melhor
forma
possível.
Esses
desafios
proporcionam
oportunidades
de
vencer e
de
capacitar-se
para a
vida.
Nos dias
atuais
encontram-se
postos
ao ser
humano
muitos
desafios,
e a
vivência
do
Evangelho
do
Cristo
torna-se
ferramenta
fundamental
para o
progresso
moral,
intelectual
e
social. |
Como equilibrar os
fatores materiais e os
espirituais? A Doutrina
Espírita, disse a
conferencista de Juiz de
Fora, oferece os
indicativos para uma
vivência evangélica em
plenitude, estando à
frente dos tempos,
notadamente em um
planeta ainda na
categoria de provas e de
expiações. Esclarecendo
que o Reino Divino se
encontra na intimidade
de cada ser humano,
Suely frisou que todos
possuem acesso ao Código
Divino, conforme
esclarece O Evangelho
segundo o Espiritismo.
Esse código é uma regra
de bem proceder e que
abrange todas as
circunstâncias da vida
privada e pública. É o
princípio básico de
todas as relações
sociais que se fundem na
mais rigorosa justiça.
É, também, um roteiro
infalível para a
felicidade vindoura e
que levanta uma ponta do
véu que oculta a vida
futura. O código é
inerente ao ser humano,
e se evidencia na medida
em que evolui. É o
código de moral
universal, sem distinção
de culto. Assim, a
Justiça Divina é
equânime para todos.
A felicidade completa,
segundo Allan Kardec, só
pode ser experimentada,
vivida, quando o
indivíduo alcançar a
perfeição. No suceder
das reencarnações todos
se melhoram, se
esclarecem, adquirem
conhecimento. Suely
frisou que a atual
encarnação, com suas
experiências, é a mais
importante, levando-se
em conta as múltiplas
oportunidades nesta fase
da transição planetária,
em que o indivíduo tem a
possibilidade de
testemunhar e colocar em
prática todo o seu
arsenal de aquisições.
Avançando na exposição,
a palestrante cativou os
participantes,
evidenciando aspectos da
fé inabalável, a
família, a educação, o
estudo, a aquisição de
conhecimento, sobretudo
da Doutrina Espírita,
como instrumentos para a
vivência do evangelho
nos dias atuais, um
período em que o ser
humano se mostra como
predador de seu
semelhante, a violência
se apresenta de forma
soberba e o sexo ocorre
de forma desordenada. No
capítulo XIX de O
Evangelho segundo o
Espiritismo está
explícito que a fé
inabalável é a que pode
encarar de frente a
razão em todas as épocas
da Humanidade.
Viver o Evangelho de
Jesus é amar. Para isso,
será necessário que o
ser humano se ame,
aprendendo a
sensibilizar-se,
convivendo em família,
essa célula fundamental
da sociedade humana. A
mentora Joanna de
Ângelis afirma: “Quando
o amor se ausenta, a dor
se instala”.
Viver o Evangelho é
viver nos padrões de
Jesus, isto é, acima de
tudo, sentir nos padrões
do Cristo, para pensar,
observar, ouvir e agir
com acerto na realização
da tarefa que o Cristo
reservou para cada um. A
educação da Nova Era
deve estruturar-se no
conceito de realização
integral, abrangendo os
valores culturais,
sociais, econômicos,
morais e espirituais do
ser humano. É necessário
que o homem aprenda a
aprender.
Com informações
fornecidas pelo Espírito
Camilo, e psicografadas
por José Raul Teixeira
na obra Desafios da
Vida Familiar,
capítulo 20, Suely
discorreu sobre o amor e
a paixão e seus reflexos
sobre os indivíduos.
Frisou que amar é não
ter que perdoar. As
simpatias e antipatias
nos núcleos familiares,
os parentes difíceis,
são exercícios de
crescimento para o amor,
para o desenvolvimento
da afetividade.
Em família se aprende a
conviver, conhecer e
respeitar a humanidade,
adquirir elementos
intelectuais e
sentimentais que
propiciem, no futuro, a
compreender, cooperar,
amar a imensa família
universal. O laboratório
familiar visa propiciar
o aprendizado nos
relacionamentos com a
humanidade.
Trazendo informações
extraídas d´O Livro
dos Espíritos, a
nobre conferencista
mineira discorreu sobre
a lei divina, seu
alcance e onde a mesma
se encontra, ou seja, na
consciência de cada ser
humano. A Doutrina
Espírita, salientou,
está na vanguarda dos
tempos. É tarefa dos
mais experientes e
lúcidos preparar a
infância e a juventude,
oferecer-lhes as
sementes de o Evangelho
do Cristo.
“No mundo tereis
aflições, mas tende bom
ânimo, Eu venci o
mundo”, assim se
expressou o Mestre
Galileu, dando ao homem
a informação de que se
veria envolvido pelas
aflições, ao mesmo tempo
em que afirma ser
possível vencê-las. É
necessário que cada ser
se prepare para entrar
em relação com os
padrões do Cristo,
elevando o seu próprio
padrão vibratório na
prática do bem e da
autotransformação,
perdoando, amando,
agindo e trabalhando no
bem.
As tentações são de
caráter universal e
visam dar ao homem a
oportunidade de superar
tendências e
imperfeições. Cada
adepto da Doutrina
Espírita deve aprender a
pensar o Espiritismo e
pensar como espírita.
Destacando o item “Os
Obreiros do Senhor” no
capítulo XX de O
Evangelho segundo o
Espiritismo, Suely
frisou que a verdade só
se alcança quando se
estuda, compara e
aprofunda o
conhecimento, que se
solidifica. É necessário
muito trabalho e coragem
para a transformação
moral principalmente
quando o indivíduo se
compraz com os
pensamentos maus,
negativos, maldosos.
Concluindo, Suely
abordou a “Missão dos
Espíritas” contida no
capítulo XX de O
Evangelho segundo o
Espiritismo:
Aproxima-se o tempo em
que se cumprirão as
coisas anunciadas para a
transformação da
Humanidade. Ditosos
serão os que houverem
trabalhado no campo do
Senhor, com desinteresse
e sem outro móvel, senão
a caridade! (...)
Marcha, pois, avante,
falange imponente pela
tua fé! Diante de ti os
grandes batalhões dos
incrédulos se
dissiparão, como bruma
da manhã aos primeiros
raios do Sol nascente.
Com o texto “Render
Graças”, de Joanna de
Ângelis, Suely encerrou
o magnífico trabalho,
sensibilizando o público
atento e atencioso. À
semelhança de uma prece,
oportunizou que o
público, sempre
participativo, pudesse
elevar o seu padrão
vibratório e sintonizar
com os benfeitores.
“Os Poderes da Mente”
foi o tema examinado
em
Santa Cruz do Sul
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No dia 4 de setembro,
Suely Caldas Schubert, a
missionária brilhante,
segundo Divaldo Franco,
esteve em Santa Cruz do
Sul apresentando o
minisseminário “Os
Poderes da Mente” para
mais de quatrocentas
pessoas que lotaram a
Sociedade Espírita A
Caminho da Luz. Recebida
com fidalguia, carinho e
afeto, a expositora
renomada soube prender a
atenção sobre as
potencialidades da
mente. Segundo Platão, a
mente é inteiramente não
material. O cérebro é o
órgão sagrado da
manifestação da mente em
trânsito da animalidade
primitiva para a
espiritualidade humana.
De acordo com o Espírito
André Luiz, na obra
No Mundo Maior,
psicografia de Francisco
Cândido Xavier, o
cérebro é o centro das
ondulações da mente.
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A lúcida expositora
historiou de forma
rápida a evolução do
homem ao longo dos evos
e a necessidade de se
estudar com afinco e
seriedade desde as
nascentes do
conhecimento humano e o
Espiritismo em
particular.
Prendendo a atenção,
Suely apresentou e
discorreu sobre cada um
dos atributos do
Espírito, fantástico
conjunto de poderes,
quais sejam: a mente, a
inteligência, o
pensamento, a
consciência, a razão, o
senso moral e de
justiça, o
livre-arbítrio, a
vontade e a memória.
André Luiz informa que
da mente emanam as
correntes da vontade,
determinando vasta rede
de estímulos. Colocada
entre o objetivo e o
subjetivo, é obrigada
pela Divina Lei a
aprender, verificar,
escolher, repelir,
aceitar, recolher,
guardar, enriquecer-se,
iluminar-se, progredir
sempre, conforme ele
informa no capítulo 4 da
obra No Mundo Maior.
Sobre a mente disse a
consagrada escritora e
conferencista que o
conhecimento sobre suas
potencialidades está em
patamares iniciais. A
casa mental é objeto de
estudo de alguns
cientistas da atualidade
que situam a mente em
três níveis, ou
patamares, conforme já
havia descrito André
Luiz na década de 1950.
O primeiro nível é o
primitivo, que responde
basicamente pelos
instintos. O segundo, o
córtex motor, trabalha
com dados sobre as
conquistas atuais. No
terceiro patamar,
formado pelos lobos
frontais, transitam o
futuro, o vir a ser, as
aspirações: é a região
do ideal e da meta
superior. Isso comprova
que o Espiritismo está
na vanguarda dos tempos.
Emmanuel, em sua obra
Pensamento e Vida,
capítulo 1, psicografada
por Chico Xavier, afirma
sobre a mente:
Estudando-a na nossa
espiritualidade,
confirma que em nos
achando entre a
animalidade e a
angelitude, somos
compelidos a
interpretá-la como sendo
o campo da nossa
consciência desperta na
faixa evolutiva em que o
conhecimento adquirido
nos permite operar.
O eminente fundador da
psicologia analítica,
Carl Gustav Jung,
classificou o poder do
pensamento em quatro
funções primárias do ser
humano: o pensamento; o
sentimento; a intuição;
e a sensação. Allan
Kardec, na Revista
Espírita de 1864,
estabelece que o
pensamento é o atributo
característico do ser
espiritual, é ele que
distingue o espírito da
matéria; sem o
pensamento o espírito
não seria espírito. O
pensamento age sobre os
fluidos ambientais, como
o som sobre o ar; esses
fluidos nos trazem o
pensamento como o ar nos
traz o som.
Enriquecendo a sua
exposição, Suely
apresentou judiciosas
informações elaboradas
por Joanna de Ângelis
contidas na obra Em
Busca da Verdade,
psicografada por Divaldo
Franco, bem como por
André Luiz, Allan
Kardec, Hermínio
Miranda, Léon Denis, que
discorreram sobre a
memória e a vontade.
Após responder
perguntas, e
encaminhando-se para o
final do profícuo
trabalho, a expositora
destacou a mensagem “O
Poder Maior”, a questão
625 de O Livro dos
Espíritos e a
narrativa de Humberto de
Campos, feita no livro
Boa Nova, quando
Jesus se apresentou a um
grupo de seguidores,
denominados os
quinhentos da Galileia,
em um entardecer
espetacular e falou-lhes
para seguirem os passos
de seus discípulos
através de caminhos
escabrosos, pois que
confiava àquele grupo,
ali formado, a tarefa
sublime de redenção
pelas verdade do
Evangelho. Os discípulos
foram os semeadores, e
os que o escutavam
naquele momento seriam o
fermento divino,
instituindo-os como os
primeiros trabalhadores
e os herdeiros iniciais
dos bens divinos.
O Espiritismo está na
vanguarda do tempo, pois
que apresenta ao homem a
explicação sobre as
grandes questões da
Humanidade. É
necessário, frisou a
oradora, que o homem
viva um padrão
vibratório de tal ordem
elevada que assegure à
criatura a condição de
habitar um mundo de
regeneração. Encerrando
sua fala, Suely leu o
texto intitulado
“Caminhos do Coração”,
de Joanna de Ângelis, do
livro Momentos de
Felicidade,
psicografia de Divaldo
Franco. Os aplausos, em
reconhecimento e
agradecimento,
irromperam fortes e
demorados.
“Perturbações
Espirituais” foi o tema
focalizado no dia
seguinte
Dando sequência às
atividades doutrinárias
em Santa Cruz do Sul,
Suely Caldas Schubert,
médium de larga e
reconhecida experiência
no campo da mediunidade,
esteve reunida no dia 5
com os trabalhadores e
estudantes da Doutrina
Espírita da Sociedade
Espírita A Caminho da
Luz e de outras, da
cidade e região, que
lotaram as dependências.
O tema do encontro foi:
“Perturbações
Espirituais”.
Ambientando o trabalho,
Suely destacou o
ensinamento de Jesus
para que todos se
mantivessem atentos,
vigilantes e orando,
pois, dadas as condições
morais em que a criatura
humana se encontra, é
passível de ser
influenciada
negativamente. Informou
a lúcida expositora que
entidades que não
desejam o crescimento do
Espiritismo, estudam a
Doutrina Espírita para
melhor se posicionarem,
procurando destruir o
Espiritismo a partir de
seu interior, agindo
direta ou indiretamente
sobre os seus
colaboradores e
estudantes, perturbando
pessoas e Instituições
Espíritas. Por outro
lado, os benfeitores
espirituais se esforçam
para oportunizar
melhores condições e
auxílio,
incentivando-nos ao
estudo, ao trabalho, ao
amor, à caridade e à
fraternidade.
Desenvolvendo o tema, a
dedicada servidora
explanou o caso, em
detalhes, apresentando
as tendências díspares
de duas irmãs, Carolina
e Cenira, dirigentes de
uma Instituição Espírita
que se encontrava sob
violento assédio, bem
como os desdobramentos
sob a ação dos
benfeitores espirituais,
narrado na obra
Perturbações Espirituais,
de Manoel Philomeno de
Miranda, psicografada
por Divaldo Franco.
Suely frisou que as
ações nefastas dos
inimigos do Cristo e do
Espiritismo, contidas na
obra acima referenciada,
ocorrem com frequência
na vida de qualquer um e
nas Instituições
Espíritas de todos os
portes, pela fragilidade
que apresentam, pessoas
e instituições. Pela sua
larga experiência, e
militando no dia a dia
de uma casa espírita,
Suely narrou outros
fatos similares que tem
vivenciado, salientando
que não há arrastamentos
irresistíveis e que cada
um pode ou não aceitar
os argumentos de
convencimento. Pessoas
em condições vulneráveis
são utilizadas para
provocar cisões,
perturbações, causando
desânimo e dificuldades
de toda ordem, direta ou
indiretamente.
As perguntas que se
sucederam demonstraram o
grau de interesse e o
desejo de aprofundamento
sobre as perturbações de
ordem pessoal ou
institucional. É
fundamental aprender a
amar os adversários, a
trabalhar em equipe, a
ouvir a opinião alheia,
aprendendo a viver em
equipe, sabendo
assimilar a derrota no
campo das ideias. As
questiúnculas, disse
Suely, provêm de causas
materiais, terrenas; as
verdades são de origem
espiritual. Agregando
histórias de sua própria
vivência, ou de seu
conhecimento, a
escritora e
conferencista de Juiz de
Fora esclareceu e
destacou que não há
pessoas ou instituições
que estejam imunes ao
assédio das entidades
que se encontram a
serviço das sombras.
Finalizando o profícuo
encontro, Suely
apresentou o projeto 3D
que uma entidade
obsessora explanou em
uma reunião de
atendimento espiritual.
Trata-se de incutir na
pessoa visada o
desânimo, a decepção e a
desilusão, acrescentando
a entidade que o
conjunto dos 3D conduz,
quase sempre, a um
quarto D, a depressão.
Em gratidão e
reconhecimento, o
público postou-se de pé
e aplaudiu calorosamente
a conferencista mineira.
Todos colhemos vigorosos
ensinamentos ,
capacitando-nos para os
embates da vida,
escudados no saber.
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Notas do autor:
As fotos desta
reportagem são de
autoria de Jorge Moehlecke.
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