De uma amiga e colaboradora
desta revista, recebemos a
seguinte pergunta:
Temos aqui uma questão que
preciso esclarecer. Diz
respeito aos centros vitais,
ou de força. Cada um deles
está ligado a um plexo ou a
uma glândula específica ou
um órgão. No caso de
extirpação do órgão, como o
baço, ou no caso de
histerectomia, ou seja,
ablação do útero, por
exemplo, a qual órgão vai se
ligar o centro vital
correspondente? Há fusão de
centros vitais? Que acontece
nesses casos?
A questão proposta não
foi examinada nas obras de
Allan Kardec e, pelo que
sabemos, apenas um autor, no
âmbito espírita, dela
tratou. Referimo-nos a André
Luiz. O que se vai ler em
resposta à pergunta de nossa
colaboradora é, portanto,
uma informação singular, que
pode estar ou não correta.
É evidente que não temos
motivos para discordar de
André, mas é importante
ressalvar que outros
Espíritos, valendo-se de
médiuns que não se conhecem,
jamais trataram do assunto –
pelo menos foi o que
apuramos.
A respeito das chamadas
revelações singulares e da
importância da concordância
nos ensinos espíritas,
lembremos o que Allan Kardec
escreveu:
“A concordância no que
ensinem os Espíritos é,
pois, a melhor comprovação.
Importa, no entanto, que ela
se dê em determinadas
condições. A mais fraca de
todas ocorre quando um
médium, a sós, interroga
muitos Espíritos acerca de
um ponto duvidoso. É
evidente que, se ele estiver
sob o império de uma
obsessão, ou lidando com um
Espírito mistificador, este
lhe pode dizer a mesma coisa
sob diferentes nomes.
Tampouco garantia alguma
suficiente haverá na
conformidade que apresente o
que se possa obter por
diversos médiuns, num mesmo
centro, porque podem estar
todos sob a mesma
influência.
Uma só garantia séria existe para o
ensino dos Espíritos: a
concordância que haja entre
as revelações que eles façam
espontaneamente, servindo-se
de grande número de médiuns
estranhos uns aos outros e
em vários lugares.
Vê-se bem que não se trata
aqui das comunicações
referentes a interesses
secundários, mas do que
respeita aos princípios
mesmos da doutrina. Prova a
experiência que, quando um
princípio novo tem de ser
enunciado, isso se dá
espontaneamente em diversos
pontos ao mesmo tempo e de
modo idêntico, senão quanto
à forma, quanto ao fundo.”
(O Evangelho segundo o
Espiritismo, Introdução,
II.)
Dito isso, respondendo
diretamente à pergunta de
nossa amiga, lembramos que
André Luiz examinou parte do
que nos foi perguntado no
seu livro Evolução em
Dois Mundos, obra
psicografada pelos médiuns
Francisco Cândido Xavier e
Waldo Vieira.
Eis o trecho do livro em
que o assunto é tratado:
– Qual a importância da relação
existente entre o baço e o
centro esplênico, se o baço
pode ser extirpado sem
maiores prejuízos à
continuação da existência do
encarnado?
Compreendamos que a
extirpação do baço em sua
expressão física, no corpo
carnal, não significa a
anulação desse órgão no
corpo espiritual e que,
interligado a outras fontes
de formação sanguínea no
sistema hematopoético,
prossegue funcionando,
embora imperfeitamente, no
campo somático, atento às
articulações do binário
mente-corpo.
(Evolução em Dois Mundos,
Segunda Parte – cap. 3 -
Corpo espiritual e volitação.)
Com a informação acima,
vê-se que, embora extirpado
o baço físico, permanece o
baço do corpo espiritual ou
perispírito e o centro vital
correspondente ajusta-se aos
poucos aos outros centros
hematopoéticos – produtores
de sangue e de substâncias
protetoras da nossa defesa
imunológica – especialmente
o fígado e a medula óssea.
Para o leitor não afeito
aos termos citados na
resposta acima, lembramos
que a palavra hematopoético
diz respeito à hematopoese:
processo orgânico de
formação dos glóbulos
sanguíneos.
Centro esplênico é o
centro de força vital, no
perispírito, relacionado com
o plexo mesentérico e o baço
físico, que regula a
distribuição e a circulação
dos recursos vitais, e a
formação e reposição das
defesas orgânicas através do
sangue. O plexo mesentérico
é o entrelaçamento de
ramificações nervosas
localizadas na região do
baço.
Quanto ao baço, trata-se
de uma glândula vascular
sanguínea situada no
hipocôndrio esquerdo (parte
lateral do abdome), que tem
por função armazenar o
excesso de glóbulos
vermelhos produzidos pela
medula óssea (tutano),
desintegrar os glóbulos
vermelhos velhos e liberar
hemoglobina (substância
proteica dos glóbulos
vermelhos, a qual contém
ferro, e é o elemento que
leva o oxigênio aos tecidos,
deles trazendo o gás
carbônico).
Sugerimos aos
interessados que leiam
também o texto que
publicamos na edição 275
desta revista, pertinente ao
estudo sequencial do livro
Evolução em Dois Mundos,
acima citado. Eis o link:
http://www.oconsolador.com.br/ano6/275/estudandoaserieandreluiz.html
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