O Além e a Sobrevivência
do Ser
Léon
Denis
(Parte 12)
Continuamos nesta edição
a apresentar o
estudo do livro
O Além e a Sobrevivência
do Ser, de
autoria de Léon Denis,
com base na 8ª edição
publicada em português
pela Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Com o objetivo de
evitar fraudes, que
providências foram
adotadas pelos sábios
que investigaram as
manifestações espíritas?
Em quase todos os
fenômenos de efeitos
físicos citados neste
livro – aparições,
materializações de
Espíritos etc. – os
médiuns trabalharam
atados, amarrados às
cadeiras em que se
sentavam, e muitas vezes
os experimentadores
foram até ao extremo de
lhes segurarem os pés e
as mãos. De algumas
feitas chegaram mesmo a
ser encerrados em
gaiolas, especialmente
preparadas para esse
fim, fechadas a chave,
ficando esta em poder
dos operadores, que por
seu turno cercavam o
médium. Foi em tais
condições que numerosas
materializações de
fantasmas se produziram.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
B. O trabalho de
investigação que eles
fizeram exigiu deles
muitas horas de
trabalho?
Sim. Os sábios que
formularam conclusões
afirmativas e cujos
nomes Léon Denis
menciona neste livro
estudaram a questão
durante anos e anos. Não
se contentaram com o
assistir a algumas
sessões mais ou menos
bem dirigidas e com o
auxílio de bons médiuns.
Deram-se ao trabalho de
pesquisar os fatos, de
os classificar e
analisar; desceram ao
fundo das coisas. O bom
êxito, por isso, lhes
coroou a perseverança e
o método de investigação
que puseram em prática
se pode apontar como
exemplo a todos os
investigadores sérios.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
C. Dentre as teorias
engendradas pelos
adversários do
Espiritismo para
explicar os fenômenos
espíritas, qual é a que
sempre ocupou um lugar
saliente?
A teoria da alucinação,
que perde, contudo, toda
a sua razão de ser
diante das fotografias
de Espíritos obtidas por
Aksakof, Crookes, Volpi,
Ochorowicz, W. Stead e
tantos outros. Não se
fotografam alucinações!
Os Invisíveis
impressionam não só as
chapas fotográficas, mas
também instrumentos de
precisão, como os
registradores Marey;
suspendem, decompõem e
compõem objetos
materiais; deixam marcas
na parafina quente. Tudo
isso são outras tantas
provas contra a teoria
da alucinação, quer
individual, quer
coletiva. (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
Texto para leitura
132. Tendo passado em
revista os principais
fenômenos que servem de
base ao moderno
espiritualismo,
deixaríamos incompleto o
nosso resumo se não
disséssemos alguma coisa
acerca das objeções
apresentadas e das
teorias contrárias, com
o auxílio das quais se
há tentado explicar os
mesmos fenômenos. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
133. O Espiritismo,
dizem, não é mais do que
um conjunto de fraudes e
de embustes. Todos os
fatos extraordinários
que lhe servem de apoio
são simulados. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
134. É exato que alguns
impostores têm procurado
imitar os fenômenos;
porém, suas artimanhas
hão sido facilmente
descobertas e os
espíritas os primeiros a
assinalá-las. Em quase
todos os casos citados
acima – aparições,
materializações de
Espíritos – os médiuns
trabalharam atados,
amarrados às cadeiras em
que se sentavam; muitas
vezes os
experimentadores foram
até ao extremo de lhes
segurarem os pés e as
mãos. (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
135. De algumas feitas
chegaram mesmo a ser
encerrados em gaiolas,
especialmente preparadas
para esse fim, fechadas
a chave, ficando esta em
poder dos operadores,
que por seu turno
cercavam o médium. É em
tais condições que
numerosas
materializações de
fantasmas se produziram.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
136. Em suma, as
imposturas quase nunca
deixaram de ser
desmascaradas e muitos
dos fenômenos jamais
foram imitados pela
razão de que escapam a
toda e qualquer
possibilidade de
imitação. (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
137. Os fenômenos
espíritas têm sido
observados, verificados,
fiscalizados por sábios
cépticos, que hão
percorrido todos os
graus da incredulidade e
cujo convencimento só
pouco a pouco se operou,
sob a pressão contínua
dos fatos. (O Além e
a Sobrevivência do Ser.)
138. Esses sábios eram
homens de gabinete,
físicos e químicos
experimentados, médicos
e magistrados. Tinham
todos os requisitos,
toda a competência
necessária para
desmascarar as mais
hábeis fraudes e
desfazer as tramas mais
bem urdidas. Seus nomes
figuram entre os que a
Humanidade inteira
respeita e venera. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
139. Ao lado de tantos
homens ilustres, todos
os que se têm dado a um
estudo paciente,
consciencioso e
perseverante dos
fenômenos espíritas lhes
afirmam a realidade,
enquanto que a crítica e
a negação vêm de pessoas
cuja opinião, baseada em
noções insuficientes,
não pode deixar de ser
superficial. (O Além
e a Sobrevivência do
Ser.)
140. A algumas delas
sucedeu já o que costuma
suceder aos observadores
inconstantes. Não
obtiveram mais do que
resultados
insignificantes, não
raro até negativos e, em
consequência, se
tornaram ainda mais
cépticos. Não quiseram
levar em conta uma
cláusula essencial: que
o fenômeno espírita está
sujeito a condições que
cumpre sejam conhecidas
e observadas. Muito
depressa se lhes cansou
a paciência. (O Além
e a Sobrevivência do
Ser.)
141. As provas que
exigem não podem ser
obtidas em poucos dias.
Os sábios que formularam
conclusões afirmativas e
cujos nomes já muitas
vezes declinamos,
estudaram a questão
durante anos e anos. Não
se contentaram com o
assistir a algumas
sessões mais ou menos
bem dirigidas e com o
auxílio de bons médiuns.
Deram-se ao trabalho de
pesquisar os fatos, de
os classificar e
analisar; desceram ao
fundo das coisas. O bom
êxito, por isso, lhes
coroou a perseverança e
o método de investigação
que puseram em prática
se pode apontar como
exemplo a todos os
investigadores sérios.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
142. Entre as teorias
engendradas para
explicar os fenômenos
espíritas, a da
alucinação ocupa sempre
lugar saliente. Ela
perdem, porém, toda a
sua razão de ser diante
das fotografias de
Espíritos obtidas por
Aksakof, Crookes, Volpi,
Ochorowicz, W. Stead e
tantos outros. Não se
fotografam alucinações!
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
143. Os Invisíveis
impressionam não só as
chapas fotográficas, mas
também instrumentos de
precisão, como os
registradores Marey;
suspendem, decompõem e
compõem objetos
materiais; deixam marcas
na parafina quente. Tudo
isso são outras tantas
provas contra a teoria
da alucinação, quer
individual, quer
coletiva. (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
144. Alguns críticos
veem nos fenômenos
espíritas vulgaridade,
grosseria, trivialidade
e os consideram
ridículos. Essas
apreciações demonstram a
incompetência de tais
críticos. As
manifestações não podem
ser diversas do que
seriam se fossem
produzidas pelo mesmo
Espírito, quando em vida
na Terra. A morte não
nos muda e, no Além,
somos apenas o que nos
tornamos neste mundo.
Daí a inferioridade de
tantos seres
desencarnados. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
145. Por outro lado, as
manifestações triviais e
grosseiras têm sua
utilidade: são as que
melhor revelam a
identidade do Espírito.
Graças a elas, grande
número de
experimentadores se
convenceram da realidade
da sobrevivência e foram
levados a pouco e pouco
a observar, a estudar
fenômenos de ordem mais
elevada, por isso que,
como temos visto, os
fatos se encadeiam e se
ligam numa ordem
graduada, em virtude de
um plano que parece
indicar a ação de uma
potência, de uma vontade
superior, que procura
arrancar a Humanidade da
indiferença e impeli-la
à indagação e ao estudo
de seus destinos. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
146. Os fenômenos
físicos – mesas
falantes, casas
assombradas – eram
necessários para atrair
a atenção dos homens,
mas neles não se deve
ver mais do que meios
preliminares, um
encaminhamento para
domínios mais elevados
do saber. (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
147. Em cada século, a
História retifica seus
juízos. O que parecia
grande se amesquinha, o
que parecia pequeno se
engrandece. Já hoje se
começa a compreender que
o Espiritismo é um dos
mais consideráveis
acontecimentos dos
tempos modernos, uma das
mais notáveis formas da
evolução do pensamento,
o gérmen de uma das
maiores revoluções
morais de quantas o
mundo haja conhecido.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
148. Pelo que respeita
ao estudo das
manifestações psíquicas,
os espíritas sabem que
se acham em boa
companhia. Os nomes
ilustres de Russel
Wallace, de Crookes, de
Robert Hare, de Wagner,
de Flammarion, de Myers,
de Lombroso são citados.
Veem-se também sábios
como o professor Barlett,
Hyslop, Morselli,
Botazzi, William James,
Lodge, Richet, o coronel
de Rochas e outros, que
não consideram esses
estudos indignos da sua
atenção. (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
149. Que pensar, depois
disso, das pechas de
ridículo e de loucura?
Que provam elas senão
uma coisa contristadora:
que o reino da rotina
cega persiste em muitos
meios? (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
150. O homem propende
muitas vezes a julgar os
fatos segundo o
horizonte acanhado de
seus preconceitos e
conhecimentos.
Cumpre-lhe levantar
mais, dirigir mais longe
o seu olhar e medir a
sua fraqueza em face do
universo. Desse modo
aprenderá a ser modesto,
a nada rejeitar nem
condenar sem exame.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
(Continua no próximo
número.)
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