Na romagem do
mundo
Na romagem do
mundo, não te
algemes à
ilusão.
Tudo na vida se
renova.
A erva de hoje
amanhã será
tronco robusto.
A água da fonte
humilde que te
afaga os pés
agora,
confundida
depois no rio
imenso, é
suscetível de
afogar-te.
A lâmina que
afias é capaz de
ferir-te.
O perigo que não
corriges
ameaça-te o
caminho.
O companheiro
que hoje
concorda
contigo, em
certos aspectos
da luta humana,
provavelmente,
mais tarde, será
opositor dos
teus pontos de
vista, noutros
ângulos da
jornada
terrestre.
A juventude
dirige-se para a
madureza.
O vinho, em
muitas
circunstâncias,
converte-se em
vinagre.
A flor sublime,
por vezes,
faz-se o ninho
de vermes
destruidores.
Certamente,
ninguém
conseguirá viver
sem alegria,
entre o
pessimismo e a
indecisão.
A confiança é
filha da fé. Mas
nossa fé precisa
respirar sempre
mais alto, no
clima de valores
imutáveis do
espírito.
Faze do Bem o
tema central da
própria vida.
Nem desespero,
nem violência.
Auxilia e passa
adiante,
plantando a
fraternidade que
ilumina e
consola. E, sem
prender os
outros nas telas
da própria
dominação, a fim
de que outros te
não prendam, nos
círculos
acanhados do
egoísmo que lhes
é próprio,
seguirás para a
frente, ao
encontro do Amor
Divino, em cuja
grandeza brilha
a luz da
felicidade
imortal.
Do livro
Cartas do
Coração,
obra mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.
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