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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 486 - 9 de Outubro de 2016

ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA
vianapaula@uol.com.br
Itapetininga, SP(Brasil)

 


A conduta do cristão neste momento histórico do Brasil


Inegavelmente, vivemos no Brasil um momento de decisões históricas, conforme acentuou o confrade Divaldo Pereira Franco, ao conceder uma entrevista sobre as manifestações públicas da atualidade, que foi veiculada pelas redes sociais.

Na obra “Justiça e Amor”, ditado pelo Espírito Camilo, através da mediunidade de José Raul Teixeira, há também uma importante orientação que merece maiores reflexões (capítulo VI – “Jesus e a violência”).

Diz o referido Espírito que: “São tempos difíceis e definidores, esses tempos atuais. São oportunidades para que as almas encarnadas na Terra possam escolher de que lado anelam ficar, se na luz, se nas sombras”.

De fato, são tempos difíceis, no qual muitas almas ainda vinculadas ao desvio moral, à falta de ética, ao egoísmo e às paixões angustiantes não desejam abandonar esses velhos hábitos, proporcionando danos individuais e coletivos, utilizando-se do mecanismo da negação ou da transferência para fugir das respectivas responsabilidades.

Tais ocorrências confirmam que a Terra ainda é um mundo de provas e expiações, por conta da imperfeição moral de seus habitantes, mas há uma grande parte desses habitantes que, não obstante ainda tenham limites morais, já não suportam mais o mal, a violência, a corrupção, o crime etc.

Por isso, estamos vivendo a era da transição planetária, porque essas pessoas de bem almejam um mundo melhor, mas necessitamos construir, hoje, o mundo regenerado do porvir.

Dessa forma, os homens de bem devem agir nesta hora grave da nossa nação, colaborando com Ismael, o benfeitor do Brasil, e com outros Espíritos que trabalham pela renovação moral da pátria brasileira.

Não podemos mais adotar a indiferença, a passividade, o silêncio diante de tanta hipocrisia e falta de ética, de forma que, se for da nossa simpatia, poderemos participar das manifestações pacíficas e públicas que discordam da corrupção e da mentira.

Na citada entrevista de Divaldo Franco, ele aduz que já foi a época em que o cristão fugia do mundo para servir a Deus, mas hoje compreendemos que o Pai Celestial está em toda parte, de tal sorte que estamos sendo convidados a “mostrar a outra face”, a face do amor, do bem, da verdade e da ética cristã, que está acima das acirradas discussões ideológicas partidárias.  

A nossa conduta não se limitará às passeatas públicas, mas será dinâmica, porque abrangerá ainda as questões mais locais, como o Município e o Estado em que residimos.

Em nossa cidade, sermos voluntários nas Associações de Bairro, nos Conselhos Municipais, fiscalizarmos os gastos com as verbas públicas, promovermos manifestações públicas, pacíficas e sem ideologias políticas e religiosas, denunciar irregularidades ao Ministério Público etc., portanto, não é hora de se acovardar diante das injustiças, mas de agir, com coragem, para a construção do mundo moralizado. 

Por essa razão, o Espírito Camilo, na aludida obra, disse que é um momento de definição, cabendo-nos a escolha de trilhar pela sombra ou pela luz.

Qualquer omissão neste momento histórico e especial, não só do Brasil, mas também do Orbe Terrestre, nos situará nas faixas da sombra, porque, repita-se, o amor não pactua com a indiferença.

Os espíritas em particular, porque têm acesso às informações e revelações que vertem da Espiritualidade Superior, devem conservar o otimismo, porque sabem de toda a ação dos Espíritos, sob a égide do Cristo, para a instalação da era nova.

Devem, ainda, orar pela nossa nação, emitindo boas vibrações a colaborar pela efetiva mudança moral, bem como para entrar em sintonia com as energias sublimes da vida, a fim de se fortalecer para este momento histórico.

Não deverá guardar qualquer ódio ou rancor das pessoas corruptas, pois exercitará a compaixão recomendada por Jesus, entendendo que são almas momentaneamente enfermas e que as leis divinas se encarregarão de educá-las.

Repetindo a proposta de Paulo de Tarso, temos que ser “cartas vivas do evangelho”, não nos omitindo diante das responsabilidades cristãs, que são bem definidas, e plenificam as nossas almas à medida que vamos cristianizando-nos.

Em virtude da consciência que temos da transição planetária e da missão que nos cabe nesta hora tão difícil e definidora, oremos a Deus, rogando forças para que possamos empreender o “bom combate”, e libertos do egoísmo e do orgulho, empenhemo-nos para amoldar as nossas ações às diretrizes do Evangelho, optando conscientemente pelo lado da luz, pois, assim procedendo, estaremos colaborando para a cristianização do mundo, inclusive da nossa amada nação.       



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita