JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
MG
(Brasil)
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Os Espíritos existem
antes dos corpos ou os
maus já são criados maus
A Bíblia e as teologias,
sem o fenômeno da
reencarnação, ficam
insustentáveis. Não sou
dono da verdade e
ninguém o é, mas falo
com uma experiência,
pois estudei para padre
Redentorista e venho
estudando esse assunto
durante toda a minha
vida. Ademais, não tenho
compromisso com nenhuma
doutrina que não aceita
a reencarnação.
A Universidade de
Oxford, a pedido da
Igreja Anglicana, no ano
de 2000, fez uma
pesquisa sobre a
reencarnação em 212
países. E o resultado
foi: mais de dois terços
da população do mundo
aceitam essa doutrina,
que pertenceu ao
cristianismo até o
Concílio Ecumênico de
Constantinopla (553), o
qual condenou a
preexistência do
espírito com relação à
concepção do feto, e sem
essa preexistência, não
há reencarnação. Essa
condenação da
preexistência do
espírito em relação à
concepção do feto é
contrária à Bíblia. E,
apesar de os teólogos e
tradutores terem mexido
muito e continuarem
mexendo nos textos
bíblicos para ocultarem
a ideia da reencarnação,
eles deixaram escapar
alguns que sugestionam e
confirmam mesmo,
claramente, essa
doutrina.
Esses teólogos e
intérpretes da Bíblia
contrários às vidas
sucessivas, à única
doutrina que hoje tem o
respaldo de vários
segmentos da Ciência,
fazem realmente
verdadeiros malabarismos
exegéticos e alegóricos
para mudarem os
significados dos textos
bíblicos favoráveis à
reencarnação. Mas
acredite nesses
malabaristas da teologia
quem quiser! E eles
mesmos até oram pedindo
a Deus para que aumente
a sua frágil fé em
determinadas doutrinas
deles, estranhas à
Bíblia, dentre elas a da
teimosa negação do
fenômeno da
reencarnação. Mas a
maioria deles está
perdendo o fôlego, e
eles até já evitam
condenar esse fenômeno
tão bíblico em toda a
acepção da palavra, pois
eles sabem que os fiéis
já não acreditam mais
tanto no que eles falam,
apesar de a maioria
ficar em silêncio!
E vejamos um exemplo de
que a Bíblia ensina a
preexistência da alma
antes da concepção:
“Antes que eu te
formasse no ventre
materno, eu te conheci,
e antes que saísses da
madre, te consagrei e te
constituí profeta para
as nações” (Jeremias
1:5).
Eis três textos bíblicos
favoráveis à
reencarnação: “Tu
reduzes o homem ao pó, e
dizes: Tornai, filhos
dos homens” (Salmo
90:3); “Morrendo o
homem, porventura
tornará a viver? Todos
os dias da minha vida
esperaria até que fosse
substituído” (Jó 14:14);
e “Porque nós somos de
ontem e nada sabemos” (Jó
8:9).
E, se acreditarmos mesmo
que a misericórdia de
Deus é infinita, ou
seja, que nunca deixará
de dar novas chances de
regeneração a todos os
seus filhos, não podemos
duvidar de que a
reencarnação seja uma
realidade, pois, sem
ela, a misericórdia
infinita de Deus seria
uma piada!
Ademais, os nossos erros
ou pecados estavam no
plano de Deus, pois, com
o livre-arbítrio, Ele
nos deu liberdade para
errar. E não é Deus que
sofre com os nossos
pecados, mas o nosso
semelhante e, por
consequência, também nós
próprios: “Se pecas, que
mal lhe causas tu?” (Jó
35:6).
Durante toda a História
do Cristianismo, sempre
houve grandes
personalidades
católicas, ortodoxas,
protestantes e
evangélicas
reencarnacionistas.
Enfim, conclui-se que,
se os Espíritos fossem
criados junto com seus
corpos, ou seja, “zero
quilômetro”, os que são
maus já seriam criados
maus diretamente pelo
próprio Deus, o que
seria um absurdo!