Uma leitora e também
participante ativa dos
trabalhos realizados na Casa
Espírita, depois de
assistir, no YouTube, a uma
palestra do professor e
historiador Leandro Karnal,
da Universidade Estadual de
Campinas, fez-nos um
interessante questionamento
pertinente à conduta dos
espíritas.
Segundo sua percepção, tem
havido nos últimos anos uma
certa indisciplina em regras
e valores por parte dos
próprios espíritas. Daí a
pergunta que nos propôs:
- Será que o espírita não
sente temor algum das
consequências advindas dos
seus atos, em conformidade
com a Lei de causa e efeito
ensinada pelo Espiritismo?
A pergunta formulada é
acompanhada de uma sugestão,
a saber, que seja incluída
nos eventos espíritas do
tipo semana espírita a
discussão do tema “A Conduta
Ética no Meio Espírita”.
A palestra por ela
mencionada pode ser acessada
a partir deste link:
https://www.youtube.com/watch?v=SnxeqOpMPC4
Nela, o professor Karnal
analisa diversos assuntos,
como por exemplo a questão
da corrupção no Brasil, tema
que tem estado em moda em
nosso país, sobretudo por
causa dos desdobramentos da
Operação Lava Jato.
Karnal lembra-nos, em sua
fala, que é ilusão imaginar
que a corrupção em nossa
pátria se circunscreve aos
políticos, aos partidos ou
aos governantes, visto que
ela está presente no dia a
dia dos brasileiros, como
nas vendas sem nota, no
atestado médico falso, no
suborno do guarda de
trânsito, no recibo cujo
valor é majorado, no colega
que assina a lista de
presença no lugar do amigo,
no estacionamento em lugar
proibido, na omissão de
rendimentos na declaração do
imposto de renda... e por aí
vai.
Nas situações mencionadas,
nem mesmo os que se dizem
espíritas agem – conforme
afirma a leitora – de forma
diferente. E é por isso que
ela nos propôs a pergunta a
que nos referimos.
Não devemos jamais
generalizar, mas é evidente
que, senão todos, muitos
espíritas agem realmente
assim, ignorando por certo
que tais atitudes compõem
também a tão lamentada
estrutura de corrupção que
se registra no Brasil e,
como se sabe, não apenas nas
terras descobertas por Pedro
Álvares Cabral, mas no mundo
todo.
O assunto provocado pela
leitora evoca uma questão
importante pertinente ao
grau evolutivo dos
habitantes da Terra.
Em 1948, ano em que escreveu
o livro Voltei, obra
psicografada por Chico
Xavier, disse Frederico
Figner (verdadeiro nome de
Irmão Jacob, autor do livro)
que dos dois bilhões de
encarnados que viviam então
no planeta mais da metade
era constituída por
Espíritos semicivilizados ou
bárbaros e que as pessoas
aptas à espiritualidade
superior não passavam de 30%
da população global,
distribuídas pelos
diferentes continentes.
Há 46 anos, no livro Vida
e Sexo, obra escrita em
1970, Emmanuel informou que
há no planeta um grupo
numeroso de homens e
mulheres psiquicamente não
muito distantes da selva,
remanescentes próximos da
convivência com os brutos.
Vê-se, pois, à vista das
obras citadas, que nosso
orbe é um mundo ainda muito
atrasado e distante da
perfeição, o que explica as
imperfeições morais
mencionadas pela leitora,
das quais não se excluem,
obviamente, os espiritistas,
que deveriam ter uma noção
mais perfeita, graças aos
ensinamentos espíritas, da
responsabilidade que
assumimos perante a Lei em
decorrência de nossas ações
e omissões, de que teremos
de prestar contas, finda a
nossa passagem por aqui.
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