O Além e a Sobrevivência
do Ser
Léon
Denis
(Parte 16)
Continuamos nesta edição
a apresentar o
estudo do livro
O Além e a Sobrevivência
do Ser, de
autoria de Léon Denis,
com base na 8ª edição
publicada em português
pela Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Em que consiste,
segundo Léon Denis, o
supremo alvo da vida?
O supremo alvo da vida,
a meta a que todos
estamos destinados, é a
conquista da beleza, da
liberdade, da bondade.
Beleza da forma
fluídica, do corpo
etéreo que se
transforma, ilumina e
expande, à medida que o
Espírito se aclara,
purifica e eleva, e
beleza da alma que se
enriquece de qualidades
morais, de forças e de
faculdades novas. Para
conquistá-lo, os meios
são o trabalho, o
esforço, o estudo, o
sofrimento e a lenta
educação da alma através
de todas as condições da
vida social, que nos
cumpre suportar
alternativamente. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
B. Basta-nos o esforço
pelo próprio
aprimoramento
espiritual?
Não. Essa é a missão a
desempenhar, mas não
basta. Trabalhando para
nós mesmos, corre-nos o
dever de trabalhar para
os outros, para a
elevação de todos, para
a marcha progressiva das
Humanidades, para a
unificação dos
pensamentos, das
crenças, das aspirações.
Orientando-se para
um ideal grandioso de
progresso moral e de
luz, na vida sempre
renovada, pela qual
todos os seres se
encontram unidos numa
íntima solidariedade,
numa comunhão de verdade
e de amor, o homem
chegará a melhor
conhecer, a melhor
compreender, a melhor
servir a Deus. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
C. Onde se localizam o
purgatório e o inferno
que muitos tanto temem?
O purgatório e o inferno
se encontram nas
amarguradas existências
terrenas, por meio das
quais resgatamos um
passado de culpas,
purificamos nossas
consciências, aliviamos
nossas almas e nos
preparamos para novas
ascensões. Com efeito,
só a dor pode consumir e
destruir os germens
impuros, os fluidos
grosseiros que tornam
pesado o ser psíquico e
lhe retardam a elevação.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
Texto para leitura
191. Essa meta – o
supremo alvo da vida - é
a liberação pelo
trabalho, pelo esforço,
pelo estudo, pelo
sofrimento, pela lenta
educação da alma através
de todas as condições da
vida social, que lhe
cumpre suportar
alternativamente; a
liberação do mal, do
erro, da paixão, da
ignorância; é a arte de
aprender a pensar por si
mesmo, de julgar, de
compreender todas as
harmonias, todas as leis
do sublime Universo. É a
conquista da beleza, da
liberdade, da bondade: a
beleza da forma
fluídica, do corpo
etéreo que se
transforma, ilumina e
expande, à medida que o
espírito se aclara,
purifica e eleva; a
beleza da alma que se
enriquece de qualidades
morais, de forças e de
faculdades novas. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
192. Assim, de ascensão
em ascensão, de mundo em
mundo a princípio,
depois de sol em sol, no
ciclo imenso de sua
evolução, a alma vê
aumentar seu poder de
irradiação, sua
luminosidade. (O Além
e a Sobrevivência do
Ser.)
193. Pela elevação
gradual de seus
pensamentos e pela
pureza de seus atos
chega a pôr em harmonia
suas próprias vibrações
com as vibrações do
pensamento divino e daí
lhe decorre uma fonte
abundante de sensações,
de percepções, de gozos,
que a palavra humana é
impotente para
descrever. (O Além e
a Sobrevivência do Ser.)
194. Tal a missão a
desempenhar! Mas isto
ainda não basta.
Trabalhando para si
mesma, corre-lhe o dever
de trabalhar para os
outros, para a elevação
de todos, para a marcha
progressiva das
Humanidades, para a
unificação dos
pensamentos, das
crenças, das aspirações.
(O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
195. Orientando-se para
um ideal grandioso de
progresso moral, de luz,
na vida sempre renovada,
pela qual todos os seres
se encontram unidos numa
íntima solidariedade,
numa comunhão de verdade
e de amor, o homem
chegará a melhor
conhecer, a melhor
compreender, a melhor
servir a Deus. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
196. Aos que percorrerem
estas páginas direi,
terminando: nos momentos
difíceis da vida, na
hora das provações,
quando perderdes um ente
amado, ou quando
esperanças de há muito
acariciadas vierem a
desfazer-se, quando
ficardes sem saúde e
sentirdes que a vida se
vai enfraquecendo aos
poucos e aproximando-se
o derradeiro minuto,
aquele em que tereis de
deixar a Terra; se,
nesses instantes, a
incerteza ou a angústia
vos constrangerem o
coração, lembrai-vos da
voz que hoje vos clama:
Sim, há um Além! sim, há
outras vidas! Dos nossos
sofrimentos, trabalhos e
lágrimas nada se perde.
Nenhuma provação é
inútil, nenhum labor sem
proveito, nenhuma dor
sem compensação... Tende
confiança em vós mesmos,
confiança nas forças
interiores que possuís,
confiança no futuro
sem-fim que vos está
reservado. Tende a
certeza de que há no
Universo uma Potência
soberana e paternal, que
tudo dispôs com ordem,
justiça, sabedoria e
amor. (O Além e a
Sobrevivência do Ser.)
197. Essas ideias vos
inspirarão mais
segurança na vida, mais
coragem na prova, mais
fé em vossos destinos. E
avançareis como passo
firme pela estrada
infinita que se abre
diante de vós. (O
Além e a Sobrevivência
do Ser.)
198. A doutrina da
reencarnação ou das
vidas sucessivas é a
única que aclara com uma
luz viva o problema do
destino humano. Sem ela
a vida se nos apresenta
como um tecido de
contradições, de
incertezas, de travas.
Só ela explica a
variedade infinita dos
caracteres, das
aptidões, das condições.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
199. Assim como a glande
encerra, no estado de
gérmen, o carvalho
soberbo em seu majestoso
desenvolvimento; assim
como a semente minúscula
representa a flor na
expansão da sua beleza e
de seus perfumes, assim
a alma humana, por muito
inferior que seja,
possui, em estado
latente, os elementos de
sua grandeza, de seu
poder, de sua felicidade
futura, todas as forças
do pensamento, todos os
recursos do gênio.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
200. Cumpre-lhe
desenvolvê-los na série
das vidas inumeráveis,
nas suas encarnações
tempo em fora, através
dos mundos, pelo
trabalho, pelo estudo,
pela alegria, pela dor.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
201. A própria alma
constrói seu destino. A
cada renascimento traz,
dos seus trabalhos
anteriores, o fruto, que
se revela pelas
aptidões, pelas
faculdades de
assimilação, pelas
tendências, pelos
gostos. Traz também o
capital moral que suas
vidas passadas
acumularam.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
202. Conforme seus
méritos ou deméritos,
conforme o bem ou o mal
praticado, a nova vida
lhe será feliz ou
desgraçada, dominada
pela fortuna ou pelo
revés. Tudo o que
fazemos recai sobre nós
pelo tempo adiante em
felicidade ou em dores.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
203. O purgatório e o
inferno se encontram nas
amarguradas existências
terrenas, por meio das
quais resgatamos um
passado de culpas,
purificamos nossas
consciências, aliviamos
nossas almas e nos
preparamos para novas
ascensões.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
204. Só a dor,
efetivamente, pode
consumir e destruir os
germens impuros, os
fluidos grosseiros que
tornam pesado o ser
psíquico e lhe retardam
a elevação.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
205. Considerada deste
ponto de vista, a
doutrina das
reencarnações
restabelece a justiça e
a harmonia no mundo
moral. (Estudo
sobre a Reencarnação ou
as Vidas Sucessivas.
Resposta ao inquérito
aberto pela revista
Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
206. Sendo, como é, o
mundo físico regido por
leis ordenadoras, pode
dar-se que no mundo
psíquico só haja
desordem e confusão,
conforme ressalta da
crença numa vida única
para cada um de nós? A
filosofia das vidas
sucessivas vem
restabelecer o
equilíbrio e mostrar-nos
que a mesma ordem
admirável se verifica
nas duas faces do
universo e da vida, que
se reúnem e fundem numa
unidade perfeita.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
207. Fácil é
reconhecer-se que, tanto
sob o ponto de vista
moral como sob o aspecto
social, imensos são os
resultados dessa
doutrina. Graças a ela,
o homem adquire uma
noção mais exata do seu
valor, das forças
adormecidas dentro de
si, uma ideia mais
elevada de suas
responsabilidades e do
seu dever.
208. A lei segundo a
qual a consequência dos
atos recai sobre aquele
que os pratica é a mais
sólida sanção que se
possa oferecer à moral e
a sua demonstração está
no espetáculo dos males
e das provações que
assaltam a Humanidade.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
(Continua no próximo
número.)
|