WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 489 - 30 de Outubro de 2016

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Salvador, BA
(Brasil)

 


Onde está nossa verdadeira pátria? No Além ou na Terra?


É muito comum escutar que estamos aqui na Terra de passagem e que a vida verdadeira é no mundo dos Espíritos.

Lá, alguns dizem, é nossa verdadeira pátria. Lá, sim, a vida é de verdade, repleta dos melhores amigos e sentimentos. Aqui é apenas um ensaio...

Entretanto, não é bem assim.

No atual estágio evolutivo ainda estamos sujeitos às rodas da reencarnação, ou seja, voltaremos à matéria incontáveis vezes, de modo que, ainda viajantes, não podemos afirmar que lá, no mundo dos Espíritos, é nossa morada verdadeira.

Será um dia, mas ainda não é. 

Por que abordo esta questão?

Pela razão de que tenho percebido muita gente ignorando a importância da vida material para o progresso do Espírito, a tratar a matéria como algo que, a grosso modo expressando, não é lá uma coisa muito boa, num dualismo injustificado, do tipo: Espírito x Matéria.

Ora, imaginam: Se a vida verdadeira é lá, esta aqui, então, é mera ilusão. Por qual razão devo dar-lhe importância, já que o que ocorre de real está tudo do lado de lá?

Para Deus, porém, não há diferenças. Somos todos, indubitavelmente, seus filhos, portanto, para a Inteligência Suprema tanto faz estarmos encarnados ou desencarnados.

Tudo é vida; para Deus, tudo pulsa, vibra, vive...

A vida material é fundamental à ascensão do Espírito. Há, na literatura espírita, vasto material que comprova isto.

Vejamos o diálogo que Kardec estabelece com o Espírito de Verdade em Obras Póstumas:

Kardec indaga:

 - Disseste que serás para mim um guia, que me ajudarás e protegerás. Compreendo essa proteção e o seu objetivo, dentro de certa ordem de coisas; mas, poderias dizer-me se essa proteção também alcança as coisas materiais da vida?

Eis a resposta:

R – Nesse mundo, a vida material é muito de ter-se em conta; não te ajudar a viver seria não te amar.

Percebam a preocupação do codificador em saber sobre a vida material, e a resposta do benfeitor é clara no que tange à existência física.

O diálogo prossegue e é muito interessante, deixo, pois, a critério do leitor, a pesquisa.

Mas não paramos por aqui.

Na questão de número 132 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec assim ensina:

“A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Deus, porém, na Sua sabedoria, quis que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar Dele. Deste modo, por uma admirável lei da Providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza”.

Perceba que o codificador coloca a ação do ser encarnado como necessária para que a marcha do Universo se cumpra.

Ou seja, a vida aqui na matéria é, sim, fundamental à evolução do Espírito, portanto, repleta de importância e valor.

O que faz o codificador é convidar-nos a viver bem onde estivermos. Estou reencarnado, viverei bem, produzirei, trabalharei para que tudo transcorra em harmonia; arregaçarei as mangas e colaborarei para que as coisas aconteçam. Não serei um peso, mas alguém que, definitivamente, colabora com Deus.

Caso esteja desencarnado, a mesma situação, trabalharei, produzirei, estudarei, enfim, acenderei em mim a luz da Verdade, porquanto, conforme assinala Jesus, ela é libertadora.

Seja aqui, seja no Além, que façamos de nossa vida uma verdade; que transformemos este exato momento em um instante verdadeiro e sem grandes preocupações de onde está a nossa verdadeira vida, nossa real morada, porque ela, em suma, reside em nosso coração.

Enfim, a verdadeira vida não está no local geográfico em que nos encontramos, mas no mundo íntimo.

E como diz o poeta:

Que seja, nossa vida, eterna enquanto dure...

Que seja verdadeira, intensa e, sobretudo, permeada por reflexões e ações no campo do bem.

Pensemos nisto.




 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita