O Além e a Sobrevivência
do Ser
Léon
Denis
(Parte 17)
Continuamos nesta edição
a apresentar o
estudo do livro
O Além e a Sobrevivência
do Ser, de
autoria de Léon Denis,
com base na 8ª edição
publicada em português
pela Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. O amor e o ódio são
forças atrativas?
Sim. Segundo Léon Denis,
fios misteriosos ligam
todos os seres e todas
as coisas. O amor e o
ódio são forças
atrativas. Todos os que
se hão amado, todos os
que se hão odiado se
reencontrarão cedo ou
tarde, a fim de que a
afeição que une os
primeiros aumente ainda
e se apure e que a
aversão que separa os
outros seja vencida por
melhores relações e
mútuos serviços.
Finalmente, libertos de
suas paixões materiais,
todos se acharão
reunidos na existência
superior e
bem-aventurada.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
B. Por meio da regressão
da memória é possível
ter conhecimento de
nossas existências
anteriores?
Sim. Diz Léon Denis que
ele mesmo fez com muitos
pacientes experiências
nesse sentido.
Adormecidos, quer por
ele, quer por Entidades
invisíveis, os pacientes
reproduziram cenas de
suas existências
precedentes, cenas
pungentes ou trágicas,
que nenhum deles teria
podido ou sabido
inventar, por muitas
razões. Algumas
particularidades dessas
vidas se puderam
examinar e foram
reconhecidas como
verdadeiras. O coronel
De Rochas fez, seguindo
a mesma ordem de
estudos, experiências
que Denis relatou em seu
livro O Problema do
Ser, do Destino e da Dor,
acrescentando-lhes
outros testemunhos
provindos dos príncipes
Galitzin e Wiszniewsky,
além de muitos
experimentadores
espanhóis. (Estudo
sobre a Reencarnação ou
as Vidas Sucessivas –
Parte II.)
C. Somente a regressão
da memória pode
facultar-nos o
conhecimento do nosso
passado?
Não. Além das revelações
feitas pelos Espíritos,
podemos acrescentar, com
relação ao assunto, as
reminiscências
espontâneas de homens e
de crianças. Grande
número de casos desses
foram citados por Léon
Denis em seu livro O
Problema do Ser,
cap. XV. Poderiam ainda
ser aditados os casos de
muitas crianças que se
lembraram de suas vidas
anteriores, casos que
não se explicam nem pela
imaginação, nem pela
influência do meio,
porquanto os pais, na
sua maioria, eram hostis
à ideia de reencarnação.
Infelizmente,
semelhantes fenômenos
desaparecem com o
crescimento da criança,
quando a consciência
profunda, de alguma
forma sepultada sob o
invólucro carnal, deixa
de vibrar. (Estudo
sobre a Reencarnação ou
as Vidas Sucessivas –
Parte II.)
Texto
para leitura
209. A liberdade e a
responsabilidade do ser,
muito restritas no
início da sua carreira,
aumentam e crescem à
medida que ele sobe na
escala da evolução, até
que, chegado às supremas
alturas, lhe é dado
colaborar e participar
cada vez mais da obra e
da vida divinas.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
210. Ao mesmo tempo, o
homem se sente
intimamente ligado aos
seus semelhantes,
peregrinos, com ele, da
grande viagem eterna e
aos quais irá
encontrando nos
diferentes planos do
caminho. Sabendo que lhe
é preciso passar por
todas as condições para
perfazer a educação da
alma, sabendo também que
o devotamento, o
espírito de sacrifício,
de abnegação e de
solidariedade são os
meios mais eficazes para
progredir, ele se
sentirá com melhores
disposições para aceitar
as disciplinas sociais e
para trabalhar pela
coletividade. (Estudo
sobre a Reencarnação ou
as Vidas Sucessivas.
Resposta ao inquérito
aberto pela revista
Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
211. Por esse modo, a
maior parte dos abusos,
dos excessos, dos crimes
que afligem a sociedade
atual, se atenuarão e
dissiparão pouco a
pouco. A educação se
transformará com o ideal
e o objetivo essencial
da vida, e o homem
aprenderá a adaptar
melhor suas forças
interiores aos
verdadeiros fins a que é
chamado a atingir.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
212. Fios misteriosos
ligam todos os seres e
todas as coisas. O amor
e o ódio são forças
atrativas. Todos os que
se hão amado, todos os
que se hão odiado se
reencontrarão cedo ou
tarde, a fim de que a
afeição que une os
primeiros aumente ainda
e se apure e que a
aversão que separa os
outros seja vencida por
melhores relações e
mútuos serviços.
Finalmente, libertos de
suas paixões materiais,
todos se acharão
reunidos na existência
superior e
bem-aventurada.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
213. Assim, a doutrina
das vidas sucessivas
constitui um estimulante
poderoso para o bem, uma
consolação e um
reconforto na desgraça.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas. Resposta ao
inquérito aberto pela
revista Internacional "La
Philosophie de la
Science”, setembro de
1912.)
214. O valor científico
desta doutrina não é
menos considerável do
que o seu valor moral e
social. Com efeito,
incitando-nos a procurar
as provas experimentais
que lhe servem de apoio,
ela nos coloca em
presença dos aspectos
mais profundos e mais
ignorados da natureza
humana. (Estudo sobre
a Reencarnação ou as
Vidas Sucessivas – Parte
II.)
215. Pelo que me
concerne pessoalmente,
já pude colher algumas
provas de minhas vidas
anteriores. Consistem
essas provas diferentes,
por meio de médiuns que
se não conheciam e que
jamais tiveram relação
entre si. Tais
revelações são concordes
e idênticas. Além disso,
logrei verificar-lhes a
exatidão pela
introspecção, isto é,
por um estudo analítico
e atento do meu caráter
e da minha natureza
psíquica. (Estudo
sobre a Reencarnação ou
as Vidas Sucessivas –
Parte II.)
216. Este exame me fez
descobrir, muito
acentuados em mim, os
dois principais tipos de
homem que realizei no
curso das idades e que
dominam todo o meu
passado: o monge
estudioso e o guerreiro.
Ser-me-ia possível
ajuntar numerosas
impressões e sensações
que me permitiram
reconhecer, nesta vida,
seres já encontrados
anteriormente.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas – Parte II.)
217. Creio que muitos
homens, observando-se
com atenção,
conseguiriam constituir
seu passado
pré-natalício, senão nas
minúcias, pelo menos nas
grandes linhas. Mas é
sobretudo pela hipnose,
pelo transe, pelo
desprendimento da alma
que o passado pode
ressurgir e reviver.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas – Parte II.)
218. Fiz com muitos
pacientes experiências
nesse sentido.
Adormecidos, quer por
mim, quer por Entidades
invisíveis, eles
reproduziam cenas de
suas existências
precedentes, cenas
pungentes ou trágicas,
que nenhum teria podido
ou sabido inventar, por
muitas razões.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas – Parte II.)
219. Algumas
particularidades dessas
vidas se puderam
examinar e foram
reconhecidas como
verdadeiras.
Infelizmente, a natureza
toda íntima dos fatos
não me consente
entregá-los à
publicidade. (Estudo
sobre a Reencarnação ou
as Vidas Sucessivas –
Parte II.)
220. O coronel de Rochas
fez, seguindo a mesma
ordem de estudos,
experiências que relatei
e resumi em meu livro
O Problema do Ser, do
Destino e da Dor,
cap. XIV.
Acrescentei-lhes outros
testemunhos provindos
dos príncipes Galitzin e
Wiszniewsky, além de
muitos experimentadores
espanhóis. (Estudo
sobre a Reencarnação ou
as Vidas Sucessivas –
Parte II.)
221. Em resumo, todos
esses fatos demonstram
que a nossa
personalidade é muito
mais ampla do que até
hoje se acreditou. Nossa
consciência e nossa
memória têm profundezas
que se conservam mudas
enquanto nos achamos
despertos, mas que, no
sono hipnótico e no
estado de
desprendimento, se
revelam e entram em
ação. Aí repousa um
mundo de conhecimentos,
de lembranças, de
impressões acumuladas
por nossas vidas
antecedentes e que o véu
da carne ocultou ao
renascermos. É a isso
que alguns
experimentadores e
críticos chamam
consciência subliminal,
subconsciência superior
ou o Ser subconsciente.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas – Parte II.)
222. Na realidade, não
há aí mais do que um
estado do ser que
constitui a consciência
integral, a plenitude do
eu. Quanto mais profundo
é o sono, mais o
desprendimento da alma
se acentua e as camadas
veladas da memória
começam a vibrar: o
passado ressuscita e
revive. O ser pode então
recompor as cenas
longínquas, os quadros
da sua própria história.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas – Parte II.)
223. Essa ordem de
pesquisas constitui uma
psicologia nova e
amplificada, cujo estudo
atento, junto a uma
observação rigorosa,
revolucionará a ciência
da alma e ocasionará uma
renovação completa da
filosofia e da religião.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas – Parte II.)
224. Às experiências
indicadas acima convém
acrescentar as
reminiscências de homens
e de crianças. Grande
número de casos desses
citei em O Problema
do Ser, cap. XV.
Poderia aditar os de
muitas crianças que se
lembraram de suas vidas
anteriores, casos que
não se explicam nem pela
imaginação, nem pela
influência do meio,
porquanto os pais, na
sua maioria, são hostis
à ideia de reencarnação.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas – Parte II.)
225. Semelhantes
fenômenos desaparecem
com o crescimento,
quando a consciência
profunda, de alguma
forma sepultada sob o
invólucro carnal, deixa
de vibrar. As
reminiscências de homens
célebres se explicam
pelo grau de evolução e
o apuramento dos
sentidos psíquicos.
(Estudo sobre a
Reencarnação ou as Vidas
Sucessivas – Parte II.)
(Continua no próximo
número.)
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