Iniciação
mediúnica
Assinalas
contigo o
fenômeno
mediúnico e ante
as emoções
diferentes que
te invadem o
mundo íntimo,
experimentas a
perturbação e a
dor...
Em vista disso,
rogas orientação
e socorro. Não
olvides, porém,
que o problema
reside em ti
mesmo e que não
te reajustarás
sem a própria
cooperação.
O médico poderá
ser competente e
caritativo,
entretanto não
dispõe de
recursos para
salvar o enfermo
que não deseja
curar-se.
Se pretendes
equilíbrio e
segurança, antes
de tudo, através
da oração,
solicita à
Divina
Providência te
auxilie a
policiar a
própria mente,
sustentando o
bem a teu
próprio favor.
Em seguida,
trabalha na
extensão desse
mesmo bem,
quanto estiver
ao teu alcance,
porque todos os
processos de
obsessão, quase
sempre nascidos
da força
mediúnica
inconsciente,
crescem na
medida de tuas
horas inúteis.
Assim sendo,
ainda mesmo com
sacrifício
cumpre teus
deveres no lar
ou no círculo de
trabalho em que
o Senhor te
situou a
existência,
empregando o
cérebro e o
coração naquilo
que possas
realizar de
melhor. E, além
das obrigações
naturais que te
enriquecem a
luta, refugia-te
no estudo nobre
e na caridade
incansável,
alavancas
seguras de tua
libertação.
O livro
edificante opera
o saneamento da
alma,
descerrando-te
os mais elevados
caminhos da
Terra e o
serviço prestado
desinteressadamente
ao próximo
ampara-te com os
valores da
simpatia,
angariando-te as
bênçãos do Céu.
O doente a quem
ajudas será
remédio em tuas
feridas e o
desesperado a
quem reconfortas
será consolo em
teu coração.
Não reclames do
Cristo o milagre
de teu reajuste.
Pede ao Mestre
Divino te
conceda serviço
e entendimento,
para que
restaures a ti
próprio,
enfileirando-te
entre os
servidores leais
da luz.
Não te queixes
dos adversários
e perseguidores
desencarnados.
Eles são nossos
próprios
companheiros,
afetos do nosso
“ontem”, que
deixamos à
retaguarda, em
muitas
circunstâncias,
envenenados por
nossas próprias
ações
destrutivas.
Se aguardamos
proteção e
carinho dos
benfeitores que
se erguem na
Altura, acima de
nós, como fugir
ao concurso aos
nossos irmãos
menos felizes,
que sofrem,
dementados,
entre a
delinquência e a
miséria, para
que se retirem
do tenebroso
vale das
sombras, ao
qual, muitas
vezes, se
arrojaram com o
impensado
impulso de
nossas mãos?
Oferece-lhes,
assim, o teu
exemplo vivo na
paciência e na
abnegação, na fé
e na caridade,
na tolerância e
no dever
dignamente
cumprido, para
que leiam em tua
vida a cartilha
da própria
transformação.
Não basta, pois,
desenvolver a
mediunidade que
trazes, latente.
É indispensável
te aprimores,
através do
trabalho e da
prece, com bases
na fraternidade
e no estudo,
para que te
faças operário
do Cristo com
que o Cristo
possa contar.
Não percas
tempo, entre o
anestésico do
desânimo e o fel
da lamentação.
Devotemo-nos ao
bem de todos,
aprendendo e
auxiliando,
amando e
servindo sempre.
Ser “médium”
significa ser
“medianeiro”.
Não vale, desse
modo, apenas
guardar o
título. É
imprescindível a
nossa expansão
no discernimento
e no mérito, na
compreensão e na
bondade, com
utilidade para
os outros e
aperfeiçoamento
de nós mesmos,
que nos
habilitem a ser
devotados
artífices do
amor e fiéis
mensageiros da
luz.
Do livro
Temas da Vida,
obra mediúnica
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.
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