Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno
de Miranda
(Parte 13)
Damos sequência
ao estudo metódico
e sequencial do
livro Sexo e Obsessão,
obra de
autoria de
Manoel Philomeno
de Miranda,
psicografada por
Divaldo P.
Franco
e publicada originalmente em 2002.
Questões
preliminares
A. Ao se
inteirar da
gravidade dos
fatos e da
infeliz condição
moral do
sacerdote, qual
foi a reação da
diretora do
Educandário?
Ela ficou
extremamente
sensibilizada e
com os olhos
cheios de
lágrimas.
Contudo, forrada
pelos
sentimentos de
sua fé
religiosa, podia
compreender que
ao pecador se
deve conceder a
bênção da
reparação, antes
mesmo da punição
impiedosa que
não edifica, mas
às vezes piora e
ultraja ainda
mais o infeliz.
Ela, então,
levantou-se,
impulsionada por
um sentimento de
lídima
fraternidade,
acercou-se de
Mauro e,
tomando-lhe as
mãos, falou-lhe
que buscaria
providências
cautelosas
conforme as
diretrizes que
lhe foram
oferecidas. O
jovem não se
pôde conter e
abraçou-a com
sincera
fraternidade e
gratidão.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 7:
Programações
abençoadas.)
B. Ao
dirigir-se, na
sequência da
reunião, ao
padre Mauro, que
palavras o
Mentor lhe
disse?
Eis um trecho do
que o Mentor
disse ao
sacerdote: “Não
ignoras a
extensão do teu
erro, e desde há
muito vens
tentando
cicatrizar a
chaga moral que
te dilacera
interiormente,
fazendo-te
decompor em
espírito.
Reconheces que
se trata de um
crime grave, no
qual ocultavas
as tuas
aflições,
justificadas
pelo que a ti
mesmo acontecera
na infância...
As raízes,
porém, desses
erros, agora
sabes que estão
no teu passado
espiritual,
assinalado pelo
deboche e pelo
desrespeito a
outras vidas.
Ninguém atinge
esse patamar de
miséria sem que
não haja
transitado pelos
pântanos das
paixões sórdidas
e asfixiantes.
Agora, no
entanto,
importam-nos os
novos rumos que
deverás imprimir
à tua
existência.
Necessitas de
tratamento
especializado e
de um expressivo
afastamento das
tuas obrigações
sacerdotais,
demorado estudo
de ti mesmo e
reeducação dos
hábitos,
começando pelos
mentais”. Dito
isso, Anacleto
acrescentou:
“Somente o bem
incessante te
constituirá
refúgio e
garantia de
saúde moral sob
as bênçãos de
Jesus, o Herói
silencioso de
todos os
momentos. Não
temas, nem te
permitas novos
pesadelos de
horror”. (Sexo
e Obsessão,
capítulo 7:
Programações
abençoadas.)
C. A ideia de
não punir, mas
simplesmente
transferir o
padre para outra
localidade e
afastá-lo do
sacerdócio, não
seria um ato de
impunidade
incabível em
casos assim?
Essa questão foi
proposta ao
Mentor pela
diretora do
Educandário. O
padre, então,
ficaria impune?
Anacleto
respondeu:
“Ninguém foge
das Leis de Deus
que vigem em
toda parte e que
estão escritas
na consciência
de todos nós. O
nosso irmão não
fugirá de si
mesmo, das cenas
escabrosas que
se permitiu, do
remorso que o
dominará por
largo período.
Isso, porém,
somente sucederá
mais tarde,
quando, desperto
e disposto ao
resgate, começar
o período de
refazimento. A
punição divina
ao pecado mortal
nunca se faz de
maneira
destrutiva do
pecador, mas de
forma que o
edifique,
convidando-o a
reparar todos os
danos
perpetrados,
mediante ações
dignificantes e
restauradoras do
equilíbrio. Por
isso mesmo,
é-nos a todos
muito difícil o
julgamento
correto, por
desconhecimento
das causas
profundas e a
modesta
percepção do
todo no
acontecimento,
que somente a
Consciência
Cósmica penetra.
Mas ninguém se
libera da culpa
sem padecer-lhe
os efeitos
danosos e
cruéis...”. Em
seguida,
explicou como o
processo de
expiação e
reparação se
faria. (Sexo
e Obsessão,
capítulo 7:
Programações
abençoadas.)
Texto para
leitura
61. A
diretora do
Educandário se
emociona e chora
– Quando o
mentor
silenciou, a
senhora tinha
lágrimas nos
olhos, não
ocultando a
surpresa e o
sofrimento que
tudo aquilo lhe
causava. No
entanto, forrada
pelos
sentimentos da
sua fé
religiosa, podia
compreender que
ao pecador se
deve conceder a
bênção da
reparação, antes
mesmo da punição
impiedosa que
não edifica, às
vezes piorando e
ultrajando mais
o infeliz. Ela
levantou-se,
impulsionada por
um sentimento de
lídima
fraternidade,
acercou-se de
Mauro e,
tomando-lhe as
mãos, falou-lhe
que buscaria
providências
cautelosas
conforme as
diretrizes que
lhe foram
oferecidas. O
jovem não se
pôde conter e
abraçou-a com
sincera
fraternidade e
gratidão.
Retornando ao
seu lugar, a
mestra
permaneceu
quieta, quando o
Mentor deu
continuidade à
reunião, agora
dirigindo-se a
Mauro: “Não
ignoras a
extensão do teu
erro, e desde há
muito vens
tentando
cicatrizar a
chaga moral que
te dilacera
interiormente,
fazendo-te
decompor em
espírito.
Reconheces que
se trata de um
crime grave, no
qual ocultavas
as tuas
aflições,
justificadas
pelo que a ti
mesmo acontecera
na infância...
As raízes,
porém, desses
erros, agora
sabes que estão
no teu passado
espiritual,
assinalado pelo
deboche e pelo
desrespeito a
outras vidas.
Ninguém atinge
esse patamar de
miséria sem que
não haja
transitado pelos
pântanos das
paixões sórdidas
e asfixiantes.
Agora, no
entanto,
importam-nos os
novos rumos que
deverás imprimir
à tua
existência.
Necessitas de
tratamento
especializado e
de um expressivo
afastamento das
tuas obrigações
sacerdotais,
demorado estudo
de ti mesmo e
reeducação dos
hábitos,
começando pelos
mentais. Os
devaneios que
vitalizas
através das
imagens que
intercambias sob
pseudônimo com
outros doentes
morais devem ser
imediatamente
interrompidos,
pois que eles
trazem uma alta
carga de
sensações
perturbadoras
que se te fixam
nos painéis da
mente, mais
atordoando-te,
mais
excitando-te.
Severas medidas
disciplinantes
deverás
impor-te, para
que possas
reparar as vidas
dilaceradas
mediante as que,
futuramente,
serão
dignificadas”.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 7:
Programações
abençoadas.)
62. O
obsessor se
revolta com a
proposta do
Mentor –
Anacleto disse
ao padre Mauro
que ele teria,
ao despertar,
uma nítida
lembrança,
quanto possível,
dos
acontecimentos
de que então
participava, de
modo que um novo
programa lhe
será delineado e
deverá segui-lo
com os olhos
postos no amanhã
feliz. “Somente
o bem incessante
te constituirá
refúgio e
garantia de
saúde moral sob
as bênçãos de
Jesus, o Herói
silencioso de
todos os
momentos. Não
temas, nem te
permitas novos
pesadelos de
horror”,
acrescentou o
mentor. Quando
silenciou, o
mentor foi
interrompido
pelos gritos e
impropérios de
Jean-Michel, que
indagava: “Como?
O infeliz não
pagará pelos
crimes
perpetrados? Que
justiça é essa?
Onde o reto
cumprimento dos
deveres e das
Leis? Como é
possível
acobertar tanta
miséria, através
de artifícios
piegas de
compaixão e de
terapias de
mentira? Ele é
um criminoso
consciente e
terá que
responder
publicamente
pelos desvios
que se tem
permitido e pelo
mal que vem
praticando
contra a pobre
infância...”. As
últimas palavras
não escondiam a
alta dose de
ironia e o
conjunto não
ocultava a
perfídia de que
o obsessor se
utilizava, a fim
de gerar
conflitos e
dúvidas. Sem
perder a
serenidade que
lhe era
habitual, o
Mentor
respondeu-lhe
com bondade e
energia:
“Surpreendo-me
com as tuas
palavras,
porquanto, se
considerarmos a
questão do crime
no caso em
discussão, o
responsável não
é somente aquele
que transita no
corpo físico,
mas também o
nosso astuto
amigo, que sabe
imprecar e
proclamar a
necessidade de
justiça. A qual
justiça te
referes? Àquela
da cidade do
deboche, do paul
da depravação,
onde os seres
humanos se
tornaram
escravos das
próprias
abjeções? Com
que autoridade
reclamas
justiça, tu que
tens sido o
execrando
comparsa do
exausto
hospedeiro das
tuas vis
sensações?
Acreditas que os
teus sofismas
perturbem a
claridade do
nosso
raciocínio?
Enganas-te,
porquanto, antes
das conjecturas
aqui
apresentadas,
estamos
habituados a
lidar com
vítimas e
algozes, com
psicopatas
aferrados ao
sexo em
desalinho, desde
o período em que
nos
encontrávamos na
Terra... Logo
mais, será o
momento de
dialogarmos
contigo, e por
enquanto
silencia e
ouve...”.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 7:
Programações
abençoadas.)
63.
Ninguém foge das
leis de Deus
– A atitude
imediata,
enérgica e
clara, assumida
pelo Orientador,
fez o
perturbador
aquietar-se
embaraçado. O
nobre Anacleto
deixara claro
que, desde os
dias do corpo
físico no mundo,
se houvera
dedicado à
sexologia, de
cuja tarefa se
desincumbira com
elevada folha de
serviços
prestados aos
enfermos e a
outros
portadores de
distúrbio na
área genésica.
Por isso mesmo,
prosseguia
afeiçoado ao
mister de
atendimento aos
infelizes que
tombaram nas
paixões mais
grosseiras do
sexo enfermo,
havendo sido
designado por
Estância
Superior para a
tarefa na qual
nos
encontrávamos
investidos.
Dando
prosseguimento
às instruções,
volveu a dona
Eutímia e
explicou: “Face
à magnitude do
evento infeliz,
é de bom alvitre
que, no primeiro
momento, a
dedicada
diretora elucide
ao esposo a
ocorrência e com
ele busque um
contato com Sua
Eminência, o
senhor Bispo,
pondo-o a par de
tudo, de modo
que se possam
tomar
providências sem
as escabrosas
contribuições da
mídia que se
compraz no lixo
das misérias
humanas. É certo
que há uma outra
mídia honesta,
que narra os
fatos conforme
acontecem,
divulgando-os e
esclarecendo as
pessoas, o que
nem sempre
acontece com a
correção que
seria
necessária,
antes exaltando
o mal, sem o
erradicar ou
apresentar
saudáveis
soluções para o
mesmo”. Dona
Eutímia, depois
de ouvi-lo,
perguntou:
“Perante as Leis
de Deus, um
sacerdote que
jura ser fiel à
verdade,
trabalhar pelo
bem da
comunidade, ser
pastor de
ovelhas que se
lhe entregam
confiantes, e
defrauda o
compromisso
através de
conduta
execrável,
ficará impune?
Não são pecados
mortais os atos
infames que o
padre Mauro vem
praticando com
insistência? E
as suas vítimas
como ficarão?”
Com a mesma
sinceridade, o
Benfeitor
respondeu:
“Ninguém foge
das Leis de Deus
que vigem em
toda parte e que
estão escritas
na consciência
de todos nós. O
nosso irmão não
fugirá de si
mesmo, das cenas
escabrosas que
se permitiu, do
remorso que o
dominará por
largo período.
Isso, porém,
somente sucederá
mais tarde,
quando, desperto
e disposto ao
resgate, começar
o período de
refazimento. A
punição divina
ao pecado mortal
nunca se faz de
maneira
destrutiva do
pecador, mas de
forma que o
edifique,
convidando-o a
reparar todos os
danos
perpetrados,
mediante ações
dignificantes e
restauradoras do
equilíbrio. Por
isso mesmo,
é-nos a todos
muito difícil o
julgamento
correto, por
desconhecimento
das causas
profundas e a
modesta
percepção do
todo no
acontecimento,
que somente a
Consciência
Cósmica penetra.
Mas ninguém se
libera da culpa
sem padecer-lhe
os efeitos
danosos e
cruéis...”.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 7:
Programações
abençoadas.)
64. Como
se dará a
reabilitação do
padre Mauro
– Anacleto
interrompeu a
explicação por
um pouco, a fim
de permitir que
todos
assimilassem o
seu conteúdo
profundo, e
continuou: “Pelo
que nos é dado
perceber, a
renovação de
Mauro já
começou, a
partir do
instante em que
se deu conta da
própria loucura.
Por sua vez, a
Misericórdia do
Pai, em nome de
Sua Justiça,
facultar-lhe-á
um longo período
de isolamento,
possivelmente em
uma Clínica onde
se irá reajustar
aos padrões de
comportamento
saudável,
inspirando-o a
cuidar de
crianças
enfermas,
portadoras de
alienações
mentais e
distúrbios
nervosos, assim
resguardando-se
da prática de
atos
indecorosos,
assistindo-as,
socorrendo-as,
amando-as, sendo
repudiado,
maltratado,
agredido... As
Entidades
perversas que as
obsidiarem,
sabendo do
passado do então
futuro devotado
benfeitor,
agirão
agressivamente
tentando
desanimá-lo,
provocando-o
para que se
afaste do
bem-fazer e
tombe novamente
nos escuros
abismos da
loucura...
Nesses momentos
porém, luzirá o
amor do Pai
inspirando-o a
prosseguir, e
sua mãezinha
desencarnada,
que o vem
ajudando a sair
do fosso,
ser-lhe-á o anjo
da guarda,
insistindo pela
sua renovação e
felicidade.
Igualmente não
faltarão outros
socorros, porque
o bem é a coroa
da vida e jamais
segue a sós, sem
amparo na
retaguarda e com
atração na
vanguarda. As
criancinhas
danificadas
emocionalmente
receberão
igualmente o
melhor conforto
moral e
espiritual, ao
invés de, após o
escândalo,
receber polpudas
indenizações,
expostas ao
ridículo, aos
conflitos
públicos e ao
escárnio
daqueles mesmos
que aplaudem as
eclosões das
cenas estúpidas
e escabrosas.
Aprisioná-lo em
um cárcere
infecto,
colocá-lo entre
bandidos outros
que poderão
assassiná-lo
como vem
ocorrendo no
mundo, de
maneira alguma
fará deter a
eclosão de
episódios de
pedofilia que se
multiplicam em
razão do deboche
que desgoverna
as criaturas.
Antes
estimularão
outros enfermos
a serem mais
hábeis, a
investirem mais
no turismo
sexual, em
grande voga, que
rende fortunas
incalculáveis
aos seus
exploradores e
aos veículos de
informação que
os divulgam com
dubiedade, sem o
caráter sério de
deter o fluxo
destruidor”.
(Sexo e
Obsessão,
capítulo 7:
Programações
abençoadas.)
(Continua no
próximo número.)